Toda a fama, glória e história do futebol brasileiro repousa em duas gerações. A geração de Garrincha, Nilton Santos e Zito, e a geração seguinte, que vai de Pelé até Rivellino. É a geração que venceu 3 copas em 4 disputas. Até ontem o Brasil vivia em sonho, ainda, de que a amarelinha tudo podia. Que bastava vestir a camisa com cinco estrelas e entrar em campo. O resto os deuses dariam.
Nós vencemos em 1994 e 2002. Eu sei. Mas foram vitórias com a herança da fama de 1970. A grife ainda era forte. Ela tem enfraquecido, ano a ano, só não vê quem não quer. Nos USA vencemos com a ajuda do calor, da retranca e do oportunismo de Romário. E mesmo assim, jamais demos show. E em 2002 tivemos apenas sorte. Não nego a classe de Ronaldo e de Rivaldo! Mas a vitória naquela copa nos fez mal, muito mal. Sentamos numa glória morta e pensamos que a arte do futebol voltara. Nada disso! 2002 foi um epitáfio. Uma ilusão. Foram dois bons jogos e um monte de adversários muito fracos. E só.
Agora falam do exemplo alemão. Da retomada dos alemães a partir de 2002. Pouca gente fala que essa retomada se dá com uma reinvenção. Os alemães não estão imitando os espanhóis ou os brasileiros de antigamente. Eles simplesmente recordaram de Beckembauer, Overath, Breitner e Seeler. Adaptaram aos dias de hoje, mais velozes, a classe de toque e passe preciso que sempre tinham tido. Entre 1994 e 2002 eles haviam esquecido disso.
Não sinto pena de um time ruim. Pena sinto de times como a França de 82, a Holanda de 74 e do Brasil de 82. Sentirei pena se a Alemanha não vencer domingo. Como posso sentir pena de um bando de garotos mimados e perdidos?
A recuperação da identidade nacional passa pelo estudo do futebol de 58/70. Adaptado a velocidade de 2014. Quem tem essa coragem?
Nós vencemos em 1994 e 2002. Eu sei. Mas foram vitórias com a herança da fama de 1970. A grife ainda era forte. Ela tem enfraquecido, ano a ano, só não vê quem não quer. Nos USA vencemos com a ajuda do calor, da retranca e do oportunismo de Romário. E mesmo assim, jamais demos show. E em 2002 tivemos apenas sorte. Não nego a classe de Ronaldo e de Rivaldo! Mas a vitória naquela copa nos fez mal, muito mal. Sentamos numa glória morta e pensamos que a arte do futebol voltara. Nada disso! 2002 foi um epitáfio. Uma ilusão. Foram dois bons jogos e um monte de adversários muito fracos. E só.
Agora falam do exemplo alemão. Da retomada dos alemães a partir de 2002. Pouca gente fala que essa retomada se dá com uma reinvenção. Os alemães não estão imitando os espanhóis ou os brasileiros de antigamente. Eles simplesmente recordaram de Beckembauer, Overath, Breitner e Seeler. Adaptaram aos dias de hoje, mais velozes, a classe de toque e passe preciso que sempre tinham tido. Entre 1994 e 2002 eles haviam esquecido disso.
Não sinto pena de um time ruim. Pena sinto de times como a França de 82, a Holanda de 74 e do Brasil de 82. Sentirei pena se a Alemanha não vencer domingo. Como posso sentir pena de um bando de garotos mimados e perdidos?
A recuperação da identidade nacional passa pelo estudo do futebol de 58/70. Adaptado a velocidade de 2014. Quem tem essa coragem?