Nada mais comum na música de 2014 que essas meninas de franjinha e óculos cantando folk com seu violão doce azedo. E caras de barbinha cantando sobre a solidão. Esse estilo, tão século XXI, era a coisa mais quente nos EUA de 1962. O filme dos irmãos Coen retrata esse tempo não através de um vencedor, mas acompanhando um grande desajeitado. O que dói na história do filme é que o cara quase que poderia estourar, bastava uma dose de sorte e outra de flexibilidade. E o filme dos Coen, que não é dos seus melhores, mas que mesmo assim é bom, poderia se ótimo se eles relaxassem e se deixassem levar pelo seu criativo estilo Coen. Mas não, eles se retraem, querem fazer algo que não se pareça estilo Coen. Eu acho uma pena, mas não deixa de ser corajoso.
Llewelyn perambula pelas ruas de NY. Não tem onde morar e usa sofás de amigos. Talvez tenha um filho, talvez . Paga aborto para amiga cantora. Viaja com dois loucos pela neve ( melhor parte do filme e a mais Coen style de todas ). E fracassa sempre. O filme não é choroso. Ele é uma figura de comédia. Mas o filme insiste em não ser engraçado.
A última cena do filme tem Bob Dylan, aos 20 anos, se apresentando no buteco onde Llewelyn sempre tocou. Ele ignora Dylan e sai pra rua. Bob Dylan seria a salvação do folk e seu carrasco. Seria o herói de toda essa galera durante 3 anos e em 1965 seria o traidor que matou e cuspiu no folk. Isso porque ele usaria o rock, misturando rock com folk e criando o som preponderante da década. Hoje isso parece banal, mas seria como se o Arcade Fire passasse a usar rap de Miami ou Michael Stipe lançasse um disco solo de funk. Funk do Rio.
Esse folk sempre foi chato. Joan Baez, Judy Collins, Pete Seeger, Peter Paul and Mary foram varridos pelos Beach Boys, Byrds e depois pelos Beatles e etc. O que havia de bom virou rock, Dylan, Paul Simon, Roger McGuinn...
Mesmo que voce odeie folk, meu caso, o filme vale ser visto. As canções não atrapalham, são todas originais e passam depressa. Creio que os Coen foram fãs de folk no college e aqui retratam sua ingenuidade dos 18 anos. É um filme carinhoso.
Llewelyn perambula pelas ruas de NY. Não tem onde morar e usa sofás de amigos. Talvez tenha um filho, talvez . Paga aborto para amiga cantora. Viaja com dois loucos pela neve ( melhor parte do filme e a mais Coen style de todas ). E fracassa sempre. O filme não é choroso. Ele é uma figura de comédia. Mas o filme insiste em não ser engraçado.
A última cena do filme tem Bob Dylan, aos 20 anos, se apresentando no buteco onde Llewelyn sempre tocou. Ele ignora Dylan e sai pra rua. Bob Dylan seria a salvação do folk e seu carrasco. Seria o herói de toda essa galera durante 3 anos e em 1965 seria o traidor que matou e cuspiu no folk. Isso porque ele usaria o rock, misturando rock com folk e criando o som preponderante da década. Hoje isso parece banal, mas seria como se o Arcade Fire passasse a usar rap de Miami ou Michael Stipe lançasse um disco solo de funk. Funk do Rio.
Esse folk sempre foi chato. Joan Baez, Judy Collins, Pete Seeger, Peter Paul and Mary foram varridos pelos Beach Boys, Byrds e depois pelos Beatles e etc. O que havia de bom virou rock, Dylan, Paul Simon, Roger McGuinn...
Mesmo que voce odeie folk, meu caso, o filme vale ser visto. As canções não atrapalham, são todas originais e passam depressa. Creio que os Coen foram fãs de folk no college e aqui retratam sua ingenuidade dos 18 anos. É um filme carinhoso.