Conheço quem vá às manifestações de chauffeur. Eu juro que é verdade! Só não cito o nome. Assim como vários outros que nunca pegaram um busão na vida. OK, voce pode dizer, isso é uma bela solidariedade. Não é preciso ser gay para ser solidário com os gays e não é preciso ser pobre para pensar na pobreza. Sei não. Esses caras que conheço jamais moveram uma palha para ajudar um velho sem remédio ou protestaram contra a violência ou a roubalheira. Então o que rola? Bom, o mundo internético tá cheio de imagens de maio de 68 e dos protestos mundo afora. De repente a galerinha percebeu que faz parte de seu mundo ir à rua e botar a boca no trombone. É parte de ser jovem-antenado. Nada tenho contra. Não sou tão conservador e medroso assim. Mas falta uma coisa fundamental para esse povo: Imaginação.
Vivemos um momento em que a imaginação mingua, consequência natural do excesso de informação. É óbvio, mente cheia de "coisas" e de "fatos" cria pouco. Criação depende de ócio e de vazio. Olhe a seu redor e repare que tudo é um mix de citações. Nesse caldo de "coisas pegadas aqui e ali", a politica se torna um nada absoluto, onde tudo se faz e nada se modifica. O protesto é isso: Se protesta contra o nada que se faz. Se propõe um nada que nunca se fará.
Pequenos grupos organizados tomando um busão de assalto, na conversa e na boa, e levando os passageiros de graça para seu destino. Pintar os ônibus com frases de guerra. Cercar a prefeitura e acampar lá, ninguém sai, ninguém entra. Deitar no chão à aproximação da polícia, sem reagir. Ir aos locais da copa das confederações e não deixá-la acontecer. Fazer happenings hilários nas avenidas satirizando e esculachando os poderes. São ideias ruins? Provávelmente sim, mas são ideias para se discutir. Ir a rua e parar o trânsito apenas irrita o povão e se a policia fosse menos burra deixaria os manifestantes à vontade para fazer o que desejam. Pixar, gritar e chamar a atenção. Apenas isso. Deixe-os desfilar e eles perdem o motivo de lá estar. Precisam da policia para dar uma razão a coisa.
Maio de 68 criou slogans. O melhor: A Imaginação no Poder. Diziam claramente o que desejavam. Mudar TUDO. E inventavam de invadir Tvs, rádios...agiram. Sem exitação. E sempre com humor e alegria, condimentos básicos da criatividade.
Ah sim...e orgulhosamente mostravam a cara. Sem máscaras, please!
Fogo na rua, pixar paredes e parar a Paulista. Caraca! Voces podem fazer melhor, podem não?
Vivemos um momento em que a imaginação mingua, consequência natural do excesso de informação. É óbvio, mente cheia de "coisas" e de "fatos" cria pouco. Criação depende de ócio e de vazio. Olhe a seu redor e repare que tudo é um mix de citações. Nesse caldo de "coisas pegadas aqui e ali", a politica se torna um nada absoluto, onde tudo se faz e nada se modifica. O protesto é isso: Se protesta contra o nada que se faz. Se propõe um nada que nunca se fará.
Pequenos grupos organizados tomando um busão de assalto, na conversa e na boa, e levando os passageiros de graça para seu destino. Pintar os ônibus com frases de guerra. Cercar a prefeitura e acampar lá, ninguém sai, ninguém entra. Deitar no chão à aproximação da polícia, sem reagir. Ir aos locais da copa das confederações e não deixá-la acontecer. Fazer happenings hilários nas avenidas satirizando e esculachando os poderes. São ideias ruins? Provávelmente sim, mas são ideias para se discutir. Ir a rua e parar o trânsito apenas irrita o povão e se a policia fosse menos burra deixaria os manifestantes à vontade para fazer o que desejam. Pixar, gritar e chamar a atenção. Apenas isso. Deixe-os desfilar e eles perdem o motivo de lá estar. Precisam da policia para dar uma razão a coisa.
Maio de 68 criou slogans. O melhor: A Imaginação no Poder. Diziam claramente o que desejavam. Mudar TUDO. E inventavam de invadir Tvs, rádios...agiram. Sem exitação. E sempre com humor e alegria, condimentos básicos da criatividade.
Ah sim...e orgulhosamente mostravam a cara. Sem máscaras, please!
Fogo na rua, pixar paredes e parar a Paulista. Caraca! Voces podem fazer melhor, podem não?