Tudo se passa na África oriental. Uma revolução. Imagens de crueldade e personagens ridiculos. Um armênio que só pensa em negociatas. O novo rei, que por ter estudado em Oxford pensa ser um homem muito acima da média. O povo do país, que tem hábitos como os de comer carne de brancos e fazer filhos sem parar. O embaixador da França, que vê tramóias da Inglaterra em tudo. O general do exército do país, um mercenário irlandês bêbado, casado com uma mulher da África, mulher esta que tem por nome "Black Bitch". E no meio de tudo, os ingleses.
Na embaixada inglesa todos se preocupam com o que é "civilizado". O chá, os cavalos, o correio, os jogos e o jardim. Isso é importante, não essas tais de revoluções, ou guerras ou seja lá o que for... Assim, o embaixador passa o tempo se escondendo do trabalho. A esposa cuida das rosas e a filha pensa em sexo, em homens e em...mais sexo. Enquanto isso, na Inglaterra, um jovem sujo e sexy, aproveitador falido cansado de pegar dinheiro emprestado da mãe e de ir em festas que duram três dias, resolve ir para a África. E vai.
O novo rei logo o faz seu ministro, o ministro da modernização. O rei baixa novas leis todo dia: proibe o uso de saias para os homens, inaugura um museu, faz uma estrada de ferro, pensa em metrô, proibe a matança de animais, obriga o uso de botas...Explode uma nova revolução. O povo não aceita a obrigatoriedade de se usar camisinha.
O livro é mirabolante, enfeitiçante e politicamente incorretíssimo. Voce dá gargalhadas com esse mundo duro, absurdo e muito real ( infelizmente ), lugar em que o terceiro mundo se obriga a crescer e a se civilizar, onde reis vaidosos dão titulos de condes e duques a canibais mentirosos. Mundo onde os europeus pouco se importam com o que acontece desde que sejam deixados com suas festas e seus palácios. E não precisem se misturar aos selvagens. Nada é sério e tudo é fatal. Os africanos nada compreendem dessas coisas como democracia, educação ou bons modos brancos; e os brancos nada querem com os africanos. Vivem no país como em sonho.
Como o livro termina? O que posso falar é que um deles é comido e um outro nada aprende com a história.
Uma lição que fica: a Inglaterra, como todo império, deveu sua grandeza a algumas gerações de ousados aventureiros e espertos homens de dinheiro; no começo de seu final, uma casta de mimados sem iniciativa e sem ideias passa a dirigir o país. Que funciona ainda graças aos dividendos da riquesa acumulada pelos heróicos primeiros anos. Sempre é assim na história de todo império, seja EUA ou seja Roma, e este livro exibe essa casta em toda sua mediocridade.
Waugh era uma víbora.
Na embaixada inglesa todos se preocupam com o que é "civilizado". O chá, os cavalos, o correio, os jogos e o jardim. Isso é importante, não essas tais de revoluções, ou guerras ou seja lá o que for... Assim, o embaixador passa o tempo se escondendo do trabalho. A esposa cuida das rosas e a filha pensa em sexo, em homens e em...mais sexo. Enquanto isso, na Inglaterra, um jovem sujo e sexy, aproveitador falido cansado de pegar dinheiro emprestado da mãe e de ir em festas que duram três dias, resolve ir para a África. E vai.
O novo rei logo o faz seu ministro, o ministro da modernização. O rei baixa novas leis todo dia: proibe o uso de saias para os homens, inaugura um museu, faz uma estrada de ferro, pensa em metrô, proibe a matança de animais, obriga o uso de botas...Explode uma nova revolução. O povo não aceita a obrigatoriedade de se usar camisinha.
O livro é mirabolante, enfeitiçante e politicamente incorretíssimo. Voce dá gargalhadas com esse mundo duro, absurdo e muito real ( infelizmente ), lugar em que o terceiro mundo se obriga a crescer e a se civilizar, onde reis vaidosos dão titulos de condes e duques a canibais mentirosos. Mundo onde os europeus pouco se importam com o que acontece desde que sejam deixados com suas festas e seus palácios. E não precisem se misturar aos selvagens. Nada é sério e tudo é fatal. Os africanos nada compreendem dessas coisas como democracia, educação ou bons modos brancos; e os brancos nada querem com os africanos. Vivem no país como em sonho.
Como o livro termina? O que posso falar é que um deles é comido e um outro nada aprende com a história.
Uma lição que fica: a Inglaterra, como todo império, deveu sua grandeza a algumas gerações de ousados aventureiros e espertos homens de dinheiro; no começo de seu final, uma casta de mimados sem iniciativa e sem ideias passa a dirigir o país. Que funciona ainda graças aos dividendos da riquesa acumulada pelos heróicos primeiros anos. Sempre é assim na história de todo império, seja EUA ou seja Roma, e este livro exibe essa casta em toda sua mediocridade.
Waugh era uma víbora.