Temos livre-arbítrio. Segundo Aldous Huxley, a cada avanço científico temos a escolha, saber se aquilo vale a pena ou não. Isso porque tudo na vida tem um preço ( e este é um fato que tudo no mundo moderno tenta nos fazer esquecer ). Cada ato tem sua contrapartida. Sempre. Portanto a descoberta da energia nuclear cobra o preço da bomba, a opção pela gasolina tem um preço, e por aí vai. Caberia ao homem decidir se o preço é alto demais.
Mas existe também o juro, que é cobrado de forma imprevisível. A droga parecia ter como único preço a possibilidade do vicio. Mas ela acaba cobrando o juro da criminalidade. Criminalidade como jamais poderia ter sido imaginada. Huxley diz que a opção pelo progresso foi assumida no século XVIII. Progresso que tomou o lugar da permanência. Desde então, queiramos ou não, somos obrigados a arcar com o custo dessa opção. Pior que isso, como na pior época da igreja dogmática, somos obrigados a acreditar que o progresso é não só desejável como biológico. A teoria da evolução nada mais é que a "legitimização" biológica, inescapável, de que o progresso está inscrito em nossos gens. Se antes Deus nos obrigava a Lhe obedecer, hoje o progresso nos obriga a "progredir".
Há um preço. A arte ao se mecanizar perde o poder de se comunicar com o sublime. E a religião, ao se tornar materialista e humana, perde qualquer possibilidade de sagrado.
Desde sempre tivemos duas opções: ser o jardineiro do planeta, ou ser seu fungo. Não há meio termo. Ou trabalhamos para o planeta, com a humildade de entendermos sermos parte de algo incompreensível; ou exploramos o ambiente, esgotamos tudo, e sonhamos com novas possibilidades em outros mundos. A escolha foi feita por volta de 1740. Não preciso dizer qual.
Um batalhão de assassinos, armados de um arsenal hiper-sofisticado, está dizimando todos os elefantes da África. Em 2011 foram 4000 elefantes assassinados. Os guardas florestais não têem como enfrentar tanto armamento. Os chineses, que ficaram ricos, amam o marfim, e nunca na história do mundo o marfim foi tão caro. Um quilo vale 500 dólares. Um tipo de projétil com granada explode a cabeça do elefante. Os corpos apodrecem no chão. O dinheiro mata o elefante. O dinheiro é deus. Optaram por isso. Não temos mais outra escolha. Os próprios conservacionistas sabem que os elefantes não têem mais como se salvar. O dinheiro decidiu por seu fim.
Não quero e não posso viver num mundo sem elefantes. O mundo que está sendo construído não é o meu.
Mas existe também o juro, que é cobrado de forma imprevisível. A droga parecia ter como único preço a possibilidade do vicio. Mas ela acaba cobrando o juro da criminalidade. Criminalidade como jamais poderia ter sido imaginada. Huxley diz que a opção pelo progresso foi assumida no século XVIII. Progresso que tomou o lugar da permanência. Desde então, queiramos ou não, somos obrigados a arcar com o custo dessa opção. Pior que isso, como na pior época da igreja dogmática, somos obrigados a acreditar que o progresso é não só desejável como biológico. A teoria da evolução nada mais é que a "legitimização" biológica, inescapável, de que o progresso está inscrito em nossos gens. Se antes Deus nos obrigava a Lhe obedecer, hoje o progresso nos obriga a "progredir".
Há um preço. A arte ao se mecanizar perde o poder de se comunicar com o sublime. E a religião, ao se tornar materialista e humana, perde qualquer possibilidade de sagrado.
Desde sempre tivemos duas opções: ser o jardineiro do planeta, ou ser seu fungo. Não há meio termo. Ou trabalhamos para o planeta, com a humildade de entendermos sermos parte de algo incompreensível; ou exploramos o ambiente, esgotamos tudo, e sonhamos com novas possibilidades em outros mundos. A escolha foi feita por volta de 1740. Não preciso dizer qual.
Um batalhão de assassinos, armados de um arsenal hiper-sofisticado, está dizimando todos os elefantes da África. Em 2011 foram 4000 elefantes assassinados. Os guardas florestais não têem como enfrentar tanto armamento. Os chineses, que ficaram ricos, amam o marfim, e nunca na história do mundo o marfim foi tão caro. Um quilo vale 500 dólares. Um tipo de projétil com granada explode a cabeça do elefante. Os corpos apodrecem no chão. O dinheiro mata o elefante. O dinheiro é deus. Optaram por isso. Não temos mais outra escolha. Os próprios conservacionistas sabem que os elefantes não têem mais como se salvar. O dinheiro decidiu por seu fim.
Não quero e não posso viver num mundo sem elefantes. O mundo que está sendo construído não é o meu.