Prometi e aqui está o texto de Oscar Wilde sobre poesia. Após falar sobre o maravilhoso dom romântico de Yeats, Wilde cita este parágrafo de Walter Pater.... leiam....
"O fim da vida não é ação, é sim a contemplação- ser se diferenciando de fazer- uma certa disposição da mente: isto é, em um aspecto ou outro, o principio de toda a mais alta moralidade. Em poesia em arte, se voce penetra no seu verdadeiro espirito, voce toca rapidamente seus principios que, devido a sua esterilidade, são uma espécie de observador que está aí pelo simples prazer de observar. Tratar da vida no espirito da arte é fazer dela algo cujos significados e fins já são conhecidos: encorajar de fato este tratamento, o verdadeiro significado moral da arte e da poesia. Seus trabalhos não são para dar lições ou criar regras, ou mesmo para nos estimular a nobres fins, mas para remover por um certo tempo os pensamentos do simples mecanismo da vida e prepará-los para as emoções , seja sobre o espetáculo de grandes fatos da existência humana sem qualquer sentimento mecãnico, as grandes e universais paixões do homem, as mais gerais e interessantes de suas ocupações e o complexo mundo da natureza.
Testemunhar esse espetáculo com as emoções apropriadas é a meta de toda cultura, e a poesia é a grande fomentadora e estimuladora dessas emoções. Enxergar a natureza repleto de sentimento e excitação. Observar homens como parte da natureza, excitados, apaixonados, em conexão com a beleza do mundo natural, imagens do sofrimento humano em meio a formas tão poderosas e terríveis".
Observar. O dom da poesia é o dom da observação. Olhar sem fazer, ver e seguir o movimento que é a vida. Não conheço melhor modo de definir poesia. Observar, saber ver sem a conciência de se estar vendo. Integrar o olhar que olha ao objeto que está sendo visto. Fazer do que é observado parte de seu espirito que olha. Olhar passivo, olhar que integra.
A poesia é então uma visão, olho. Ver tudo, o que é e aquilo que deveria ser. O que será e aquilo que era e se torna presente pela visão poética. Saber da complexidade da vida e da natureza. Intuir a linguagem do que se vê ( e não falar ).
A verdade é poesia. Conhecer a vida, saber da vida. Liberar.
Oscar Wilde, que disse que toda arte que merece ser arte deve ser absolutamente inútil, diz então que Pater define o que é a poesia: observar. Ver sendo o ápice da vida, ver contemplando, não julgando e nem pensando em fins ou utilidades. Apenas contemplar.
É um dom raro, dificil, mas é o que dá valor a vida.
"O fim da vida não é ação, é sim a contemplação- ser se diferenciando de fazer- uma certa disposição da mente: isto é, em um aspecto ou outro, o principio de toda a mais alta moralidade. Em poesia em arte, se voce penetra no seu verdadeiro espirito, voce toca rapidamente seus principios que, devido a sua esterilidade, são uma espécie de observador que está aí pelo simples prazer de observar. Tratar da vida no espirito da arte é fazer dela algo cujos significados e fins já são conhecidos: encorajar de fato este tratamento, o verdadeiro significado moral da arte e da poesia. Seus trabalhos não são para dar lições ou criar regras, ou mesmo para nos estimular a nobres fins, mas para remover por um certo tempo os pensamentos do simples mecanismo da vida e prepará-los para as emoções , seja sobre o espetáculo de grandes fatos da existência humana sem qualquer sentimento mecãnico, as grandes e universais paixões do homem, as mais gerais e interessantes de suas ocupações e o complexo mundo da natureza.
Testemunhar esse espetáculo com as emoções apropriadas é a meta de toda cultura, e a poesia é a grande fomentadora e estimuladora dessas emoções. Enxergar a natureza repleto de sentimento e excitação. Observar homens como parte da natureza, excitados, apaixonados, em conexão com a beleza do mundo natural, imagens do sofrimento humano em meio a formas tão poderosas e terríveis".
Observar. O dom da poesia é o dom da observação. Olhar sem fazer, ver e seguir o movimento que é a vida. Não conheço melhor modo de definir poesia. Observar, saber ver sem a conciência de se estar vendo. Integrar o olhar que olha ao objeto que está sendo visto. Fazer do que é observado parte de seu espirito que olha. Olhar passivo, olhar que integra.
A poesia é então uma visão, olho. Ver tudo, o que é e aquilo que deveria ser. O que será e aquilo que era e se torna presente pela visão poética. Saber da complexidade da vida e da natureza. Intuir a linguagem do que se vê ( e não falar ).
A verdade é poesia. Conhecer a vida, saber da vida. Liberar.
Oscar Wilde, que disse que toda arte que merece ser arte deve ser absolutamente inútil, diz então que Pater define o que é a poesia: observar. Ver sendo o ápice da vida, ver contemplando, não julgando e nem pensando em fins ou utilidades. Apenas contemplar.
É um dom raro, dificil, mas é o que dá valor a vida.