Para os gregos o tempo nada modificava. Você nascia corajoso ou covarde, inteligente ou um asno, e nada no transcorrer da vida poderia mudar isso. Daí sua alegria inenarrável. Você nascia feito, pronto, como parte da Terra, como árvore ou rocha, você era o que era, nada para ser construído, destino pronto que seria cumprido. Em casa.
Ao morrer todos iam para o mesmo lugar, o Hades, reino do sub-solo, seja herói ou não.
Com o judaísmo/cristianismo institui-se o tempo como o conhecemos. E é por isso que digo que quem ignora a religião é uma mula. Você, mesmo sendo tão científico, não consegue perceber que a própria ciência vive numa realidade criada pela tradição religiosa do ocidente. Well... nessa tradição criada pelas tribos de judá, o tempo tudo modifica. Existimos em fluxo contínuo, e nesse "espaço temporal" , somos postos à prova. Temos o livre arbítrio, podemos optar pelo bem ou pelo mal, pela fé ou pela descrença, pela verdade ou pela mentira. O tempo passa a ser o centro da vida. E ao contrário das lendas gregas, todos os personagens bíblicos se modificam em sua saga. As histórias da Biblia são sempre histórias de mudança. De vidas no tempo.
Henri Bergson aprova a visão do ocidente. Ele não nega a existência do tempo e a modificação constante da vida. Mas ele faz um acréscimo radical. A de que essas mudanças são criativas, inesperadas e não previsíveis. Mais, a vida não é o ir de lá para cá, a vida é um fluir de constante e inapreensível mudança. Inapreensível pela razão, pois a intuição consegue captar o que seja a vida.
A vida na ciência, que é a vida que hoje vivemos, é uma vida no tempo, mas é um tempo previsível. Para a razão é insuportável a vida em imprevisibilidade. A ciência então, sempre irá nos dizer que "isto mais aquilo será isso". Ela aceita o tempo, mas crê em que tudo será o que deverá ser. A evolução foi desse modo, o mundo caminha para um destino x, se você fizer assim será assado. Regras e mais regras, inescapáveis regras, verdades e mais verdades, previsibilidade. Eis o mundo entediado e deprimido da ciência, tédio nascido da não-surpresa, depressão advinda desse "mecanismo inescapável".
Para Bergson essa não é a realidade.
A vida da ciência é a vida da razão, apenas uma das possibilidades do real.
Se o tempo é a vida, ele é imprevisível, criativo e sensível. É impossível prever a vida. A história só pode ser estudada após acontecer, a ciência só pode conhecer coisas mortas, coisas capturadas, MOMENTOS CONGELADOS E DIVIDIDOS. Mas a vida é movimento, é fluxo que não se captura, é tempo que não se detém. Estudar ou crer apenas num momento ou numa partícula é ver apenas uma fração e jamais o todo. A união de vários átomos pode formar uma molécula, mas a vida desse átomo, sua transformação no tempo é incompreensível na razão e em nossos sentidos.
A mitologia grega erra ao crer que a origem da vida é construída pelos deuses. Ignora o que vem antes desses deuses.
A religião ocidental ( assim como a ciência ), crê que antes da vida houvesse o nada. Constatação óbvia: do nada só pode nascer o nada. Como nascer algo daquilo que não é? Bergson resgata a filosofia humanística ao se propor esse estudo. Seu interesse é a existência, o tempo.
Berson acredita que estamos em evolução. Que a intuição será cada vez mais presente e que todas as virtualidades se farão presentes...
Virtualidade, intuição.... mais detalhes em breve.
Ao morrer todos iam para o mesmo lugar, o Hades, reino do sub-solo, seja herói ou não.
Com o judaísmo/cristianismo institui-se o tempo como o conhecemos. E é por isso que digo que quem ignora a religião é uma mula. Você, mesmo sendo tão científico, não consegue perceber que a própria ciência vive numa realidade criada pela tradição religiosa do ocidente. Well... nessa tradição criada pelas tribos de judá, o tempo tudo modifica. Existimos em fluxo contínuo, e nesse "espaço temporal" , somos postos à prova. Temos o livre arbítrio, podemos optar pelo bem ou pelo mal, pela fé ou pela descrença, pela verdade ou pela mentira. O tempo passa a ser o centro da vida. E ao contrário das lendas gregas, todos os personagens bíblicos se modificam em sua saga. As histórias da Biblia são sempre histórias de mudança. De vidas no tempo.
Henri Bergson aprova a visão do ocidente. Ele não nega a existência do tempo e a modificação constante da vida. Mas ele faz um acréscimo radical. A de que essas mudanças são criativas, inesperadas e não previsíveis. Mais, a vida não é o ir de lá para cá, a vida é um fluir de constante e inapreensível mudança. Inapreensível pela razão, pois a intuição consegue captar o que seja a vida.
A vida na ciência, que é a vida que hoje vivemos, é uma vida no tempo, mas é um tempo previsível. Para a razão é insuportável a vida em imprevisibilidade. A ciência então, sempre irá nos dizer que "isto mais aquilo será isso". Ela aceita o tempo, mas crê em que tudo será o que deverá ser. A evolução foi desse modo, o mundo caminha para um destino x, se você fizer assim será assado. Regras e mais regras, inescapáveis regras, verdades e mais verdades, previsibilidade. Eis o mundo entediado e deprimido da ciência, tédio nascido da não-surpresa, depressão advinda desse "mecanismo inescapável".
Para Bergson essa não é a realidade.
A vida da ciência é a vida da razão, apenas uma das possibilidades do real.
Se o tempo é a vida, ele é imprevisível, criativo e sensível. É impossível prever a vida. A história só pode ser estudada após acontecer, a ciência só pode conhecer coisas mortas, coisas capturadas, MOMENTOS CONGELADOS E DIVIDIDOS. Mas a vida é movimento, é fluxo que não se captura, é tempo que não se detém. Estudar ou crer apenas num momento ou numa partícula é ver apenas uma fração e jamais o todo. A união de vários átomos pode formar uma molécula, mas a vida desse átomo, sua transformação no tempo é incompreensível na razão e em nossos sentidos.
A mitologia grega erra ao crer que a origem da vida é construída pelos deuses. Ignora o que vem antes desses deuses.
A religião ocidental ( assim como a ciência ), crê que antes da vida houvesse o nada. Constatação óbvia: do nada só pode nascer o nada. Como nascer algo daquilo que não é? Bergson resgata a filosofia humanística ao se propor esse estudo. Seu interesse é a existência, o tempo.
Berson acredita que estamos em evolução. Que a intuição será cada vez mais presente e que todas as virtualidades se farão presentes...
Virtualidade, intuição.... mais detalhes em breve.