Quantas cabeças de criancinhas indefesas David Bowie literalmente "fodeu" nos anos 70 ? Eu estava lá e eu vi. E tem um monte de filmes sendo feitos agora sobre isso. Posso citar CRAZY, e também PLUTÃO de Jordan, e ainda ( bem mais velho ) VELVET de Haynes. Penso que na verdade o rock se divide em antes e depois de Bowie. ( Quem discordar depois eu explico porque ). E este filme, este surpreendente filme ( que nada tem de artístico ) tem uma cena linda : Dakota Fanning ( excelente atriz ) fazendo Cherie Lunghi ( vocalista das Runaways ) dublando Lady Grinning Soul num breguérrimo show de escola. Pintada de Bowie aos 13 anos. Uma criança perdida no mundo de Ziggy Stardust. No filme ela usa umas camisetas de David que eu daria minha coleção de dvds para as ter !!!!
Bem.... é preciso dizer, eu lembro meninos e meninas, de quando as Runaways surgiram. E eu recordo que ninguém as levou a sério. Foram, como os New York Dolls, o tipo de banda que se torna famosa antes de gravar e é esquecida após o fiasco do primeiro disco. ( Menos no Japão, que as adorava ). Elas nada mais eram que um tipo de Glitter made in USA. Suzi Quatro para yankees. Mas não dá pra negar, foram pioneiras num tipo de atitude que é dominante hoje, em 2010. Os olhos de Joan Jett e o cabelo de Cherie é moda entre adolescentes rocknroll com 15 anos em todo o planeta. Elas riram por último.
Se Cherie é uma comovente caipira americana tentando ser Bowie, Joan Jett é Iggy Pop. ( E quantos filmes usam música de Iggy nesta década ??? Um ziggylhão ??? ) Kristen Stewart também dá um show e tem cena em banheira que é atestado de boa atriz. Rebelde radical, perdida em sua agressividade, se torna um tipo de heroína rocker, uma Keith Richards com vagina.
Mas o filme ainda tem Michael Shannon fazendo Kim Fowley. Para os mocinhos nascidos recentemente cabe explicar: Fowley era uma estrela. Naquele tempo, auge de vendas de discos, produtores se tornaram estrelas. Tempo de Bob Ezrin, de Chris Thomas, Tony Visconti, Eno, Gus Dudgeon, Guy Stevens e de Kim Fowley, um tipo de flamboyant hiper pop com acentos rocker. O retrato dele é exato. Ego cruel e estranhamente amador. Era o tempo em que todos comiam na mão das gravadoras.
Mas eu testemunhei a ascenção ( que nunca houve ) e a queda ( melancólica ) das meninas. Sumiram sem deixar um só traço em meio aos punks, que cumpriram tudo o que elas insinuavam. E fui pego de surpresa com o sucesso de Joan Jett em 1981, ironicamente usando o caminho aberto por Chrissie Hynde. Eu vi crianças.... eu tava lá.
O filme não mente. As meninas são trituradas. E o balão bolado por Kim Fowley murcha antes de subir. O filme, excelente, respira pelas atuações irretocáveis e pelo retrato do aturdimento de vida ansiada e detestada. Para quem gosta de rock é obrigatório !
Estranho é ver as Runaways, hoje, como um tipo de grupo cult. Estaremos em fase tão ruim assim ?
Bem.... é preciso dizer, eu lembro meninos e meninas, de quando as Runaways surgiram. E eu recordo que ninguém as levou a sério. Foram, como os New York Dolls, o tipo de banda que se torna famosa antes de gravar e é esquecida após o fiasco do primeiro disco. ( Menos no Japão, que as adorava ). Elas nada mais eram que um tipo de Glitter made in USA. Suzi Quatro para yankees. Mas não dá pra negar, foram pioneiras num tipo de atitude que é dominante hoje, em 2010. Os olhos de Joan Jett e o cabelo de Cherie é moda entre adolescentes rocknroll com 15 anos em todo o planeta. Elas riram por último.
Se Cherie é uma comovente caipira americana tentando ser Bowie, Joan Jett é Iggy Pop. ( E quantos filmes usam música de Iggy nesta década ??? Um ziggylhão ??? ) Kristen Stewart também dá um show e tem cena em banheira que é atestado de boa atriz. Rebelde radical, perdida em sua agressividade, se torna um tipo de heroína rocker, uma Keith Richards com vagina.
Mas o filme ainda tem Michael Shannon fazendo Kim Fowley. Para os mocinhos nascidos recentemente cabe explicar: Fowley era uma estrela. Naquele tempo, auge de vendas de discos, produtores se tornaram estrelas. Tempo de Bob Ezrin, de Chris Thomas, Tony Visconti, Eno, Gus Dudgeon, Guy Stevens e de Kim Fowley, um tipo de flamboyant hiper pop com acentos rocker. O retrato dele é exato. Ego cruel e estranhamente amador. Era o tempo em que todos comiam na mão das gravadoras.
Mas eu testemunhei a ascenção ( que nunca houve ) e a queda ( melancólica ) das meninas. Sumiram sem deixar um só traço em meio aos punks, que cumpriram tudo o que elas insinuavam. E fui pego de surpresa com o sucesso de Joan Jett em 1981, ironicamente usando o caminho aberto por Chrissie Hynde. Eu vi crianças.... eu tava lá.
O filme não mente. As meninas são trituradas. E o balão bolado por Kim Fowley murcha antes de subir. O filme, excelente, respira pelas atuações irretocáveis e pelo retrato do aturdimento de vida ansiada e detestada. Para quem gosta de rock é obrigatório !
Estranho é ver as Runaways, hoje, como um tipo de grupo cult. Estaremos em fase tão ruim assim ?