UP! / JULIE E JULIA/ SIMPLESMENTE COMPLICADO/ DEAD END

GIMME SHELTER dos Irmãos Maysles
O inferno. E uma aula sobre o excesso dionisíaco. Dá pena dos Stones. Parecem bodes indo ao sacrifício. O documentário é exemplar : mostra tudo e entretém. Chance de ver os FLYING BURRITOS detonarem. O mundo enlouqueceu em 1968 ? Nota 9.
UP, ALTAS AVENTURAS
Um problema básico : o garoto é insuportável. Será que hoje todo menino de desenho tem de ser gordo e nerd ? Que saco ! O tema é legal, mas o desenho é chato. Nota 4.
THE ENFORCER de James Fargo com Clint Eastwood e Tyne Daly
Terceiro filme da série. Tem um problema, a auto-ironia. É quase uma comédia. Outro problema é a saída de Lalo Schifrin da trilha sonora. É um policial ok, mas é bem pior que os dois primeiros. Nota 6.
A CONVERSAÇÃO de Francis Ford Coppolla com Gene Hackman, John Cazale e Teri Garr
Feito logo após o Chefão, é um fracasso de bilheteria e um enorme sucesso de crítica. Há quem o considere melhor que os dois Chefões. Absurdo, o filme é chato pacas!!!!!! Acompanhamos Hackman ( grande atuação ) que é um tipo de detetive que coloca escutas para flagrar casais adúlteros. Ele é árido, um homem que não se envolve com nada. Assistimos sua derrocada. O filme é muito inteligente, mas é exibido demais, metido demais, passa do ponto. Nota 4.
DEAD END de William Wyler com Joel McCrea, Sylvia Sidney e Humphrey Bogart
Que cenário é este???? Absolutamente fascinante!!!!! Ruelas, becos, córregos, fachadas de cortiços, mansões. Um labirinto de sombras e pedra, água e luz suja. Fantástico!!!! O filme se centra em bando de meninos de rua, pequenos ladrões violentos e um gangster que foi como eles. O elenco é soberbo e é impressionante como Bogey já nos hipnotiza, mesmo ainda em papel coadjuvante. Um monstro. Roteiro esquerdista de Lilian Hellman e a direção de Wyler, o mais premiado diretor da América. Um filme perfeito para quem deseja começar a entender o cinema dos anos 30. ( o final feliz é meio forçado e evita que este filme seja uma obra-prima ). Nota 8.
JULIE E JULIA de Nora Ephron com Meryl Streep, Amy Adams, Stanley Tucci.
Um show de Meryl. Deve levar seu Oscar. Que figuraça ela cria aqui ! É caricata sim, mas e daí ? Essa atriz magnífica nos dá prazer, muito prazer. Sem ela este filme seria totalmente banal. Ephron sabe fazer comédias femininas, desde Harry e Sally ( que ela só escreveu ). Neste filme vemos o mundo de blogs e dureza de um jovem casal de hoje e a Paris dos anos 40/50 de Meryl e Tucci ( surpreendentemente bem ), uma cidade feita de beleza, prazer e muita comida ( o filme vai te dar muita fome ). Se assiste este filme com facilidade, nada nele ofende o gosto ou irrita a inteligência. Mas Meryl impressiona. Há alguma atriz nos últimos cinco anos com mais e melhores papéis que ela ? Nota 7.
SIMPLESMENTE COMPLICADO de Nancy Meyers com Meryl Streep, Alec Baldwin e Steve Martin
É um perfeito filme de Shopping Center. Você entra na sala com suas sacolas de compras, sua garota e suas pipocas. O filme vai exibir a casa que voce quer ter, o carro que voce precisa e as amigas de sua mulher. É um filme muito feminino. Indicado para patricinhas com mais de 35 anos. Ele é todo bonito, luxuosinho, romântico e engraçadinho. Os homens vão se irritar com tanta peruíce. Mas há algo de muito bom nele : Alec Baldwin. Incrível ! Ele está hilário. Domina o filme, torcemos por ele e é absurdo o que Meryl faz. Quanto a Steve Martin, ele morreu como ator. Foi atacado pela síndrome de Nicole Kidman. Seu rosto se parece com uma cara de boneco velho. Todo inchado, esticado, retocado. Ele está incapaz de ter qualquer tipo de expressão. Rosto congelado. Uma pena, ele era fantástico. O filme termina e voce e sua mulher ( que amou o filme ) vão jantar na noite de domingo. O filme é isso. Ah... tem uma cena com maconha que é muito boa ! Acho que ainda não estreou por aqui. Vai fazer sucesso. A diretora fez aquele filme com Diane Keaton e Jack Nicholson ( ALGUÉM TEM DE CEDER ). Nota 6.
SERÁ QUE ELE É? de Frank Oz com Kevin Kline, Matt Dillon e Tom Selleck
Um show de Kevin Kline ( num cinema ideal ele filmaria mais comédias ). E mais uma comédia maravilhosa de Oz. O cara sabe fazer rir sem apelar nunca. A história de um professor que vai se casar e numa cerimônia do Oscar vê um ex-aluno revelar para todo o mundo seu passado gay. O que rola depois disso é absolutamente hilário. E melhor, ficamos todo o tempo sem saber se Kline é realmente gay. Uma festa !!!!!!!!! Nota 8.