A infancia termina no dia em que percebemos que ela tem um fim. A vida que é só acordar para brincar e odiar a escola parece sem fim. Nós sempre iremos ter recreios com bolachas e sempre teremos de dormir cedo. No dia em que notamos que nosso pai não é tão perfeito e que nossa casa é menor do que parecia, nosso tempo começa a correr e a infância se vai.
A felicidade só é possível na eternidade. O amor tem de ser eterno. No dia em que voce imaginar que ele pode acabar ( o amor ) ela já se encerrou ( a felicidade ). A matemática é inimiga da alegria : contar é guardar e guardar é temer perder. Quando somamos minutos e diminuimos tempo matamos a felicidade. A cerveja gelada do verão deve sempre parecer eterna, ou não será feliz.
Se realmente os cães não têm noção do tempo, se para eles tudo é um eterno agora, então eles vivem na felicidade plena. A alegre existência onde não se ganha nem se perde nada. Antimatemática.
O mundo da ditadura da ciência, da juventude obrigatória, dos horários controlados, é o mundo da felicidade impossível. Saber do final dos processos naturais, tentar emperrar a roda da vida, ansiar pelo novo mais novo, correr para ter mais tempo livre para correr... não há chance para a idéia de eternidade num mundo como esse. Saber que o amor existe no tempo e espaço é matar o amor.
A felicidade está na Lua. Enquanto crermos ser ela para sempre. Na maré que vem toda noite e no sabiá que sempre canta na minha mangueira. Pois esse sabiá é o de sempre.
Por isso há felicidade em Shakespeare, em Mozart ou Rembrandt. O que deixaram transcende o momento em que foi feito. Alí é possível o além de tudo. A felicidade pode residir neles.
Neste mundo cada vez existem mais coisas que nos fazem alegres. O mundo medieval, onde todo dia havia um enterro na família, era muito mais triste. Mas este mundo alegre é um mundo infeliz porque é feito de uma realidade que nos recorda sempre o fim de tudo. A tristeza medieval tinha a possibilidade de se tornar felicidade por, estranhamente, ser luto eterno. A família era eterna, o casamento era para sempre, a dor era imorredoura, e a esperança também. Deus existia.
Deixe chover e pare de amaldiçoar a chuva. Ela é para sempre como o sol é eterno. Por isso me fazem feliz. Não venha a ciência dizer que o sol vai deixar de brilhar um dia, ou que a chuva secará. O sol precisa ser eterno e a chuva voltar a cair. Ou a felicidade será apenas alegria. Quando a gente lembrava que as férias iam terminar elas perdiam a graça.
A felicidade só é possível na eternidade. O amor tem de ser eterno. No dia em que voce imaginar que ele pode acabar ( o amor ) ela já se encerrou ( a felicidade ). A matemática é inimiga da alegria : contar é guardar e guardar é temer perder. Quando somamos minutos e diminuimos tempo matamos a felicidade. A cerveja gelada do verão deve sempre parecer eterna, ou não será feliz.
Se realmente os cães não têm noção do tempo, se para eles tudo é um eterno agora, então eles vivem na felicidade plena. A alegre existência onde não se ganha nem se perde nada. Antimatemática.
O mundo da ditadura da ciência, da juventude obrigatória, dos horários controlados, é o mundo da felicidade impossível. Saber do final dos processos naturais, tentar emperrar a roda da vida, ansiar pelo novo mais novo, correr para ter mais tempo livre para correr... não há chance para a idéia de eternidade num mundo como esse. Saber que o amor existe no tempo e espaço é matar o amor.
A felicidade está na Lua. Enquanto crermos ser ela para sempre. Na maré que vem toda noite e no sabiá que sempre canta na minha mangueira. Pois esse sabiá é o de sempre.
Por isso há felicidade em Shakespeare, em Mozart ou Rembrandt. O que deixaram transcende o momento em que foi feito. Alí é possível o além de tudo. A felicidade pode residir neles.
Neste mundo cada vez existem mais coisas que nos fazem alegres. O mundo medieval, onde todo dia havia um enterro na família, era muito mais triste. Mas este mundo alegre é um mundo infeliz porque é feito de uma realidade que nos recorda sempre o fim de tudo. A tristeza medieval tinha a possibilidade de se tornar felicidade por, estranhamente, ser luto eterno. A família era eterna, o casamento era para sempre, a dor era imorredoura, e a esperança também. Deus existia.
Deixe chover e pare de amaldiçoar a chuva. Ela é para sempre como o sol é eterno. Por isso me fazem feliz. Não venha a ciência dizer que o sol vai deixar de brilhar um dia, ou que a chuva secará. O sol precisa ser eterno e a chuva voltar a cair. Ou a felicidade será apenas alegria. Quando a gente lembrava que as férias iam terminar elas perdiam a graça.