ALGUNS CONTOS DE MÉRIMÉE
Um prazer imenso ler estes contos escritos no meio do século XIX. Mérimée, um viajante que tinha a literatura como atividade secundária, consegue fazer com que nos sintamos dentro do enredo e mais que isso, podemos até mesmo aspirar o ar que envolve o ambiente. Mateo Falcone fala da rigidez dos costumes corsos, a aridez penetra em cada palavra. O Vaso Etrusco é pura ironia. Vemos o amor ser destruído por ciúmes, por mal entendido. A Partida de Gamão joga com a ideia de inevitabilidade. A Vênus de Ille é uma pequena obra prima, um conto gótico que nos arrepia a espinha. O Quarto Azul é uma bela história e por fim temos Loki, uma narrativa quase surrealista. São todos contos curtos, simples, e que por isso nos surpreendem ainda mais em seu poder concentrado.