MOUNTOLIVE - LAWRENCE DURRELL

Imagine que vc acabou de entrar na faculdade. E na festa dos calouros, voce vai com Carlos, Leo e Mariana. De volta para casa, voce descreve seu dia antes da festa, após a festa, e durante a festa. E também escreve o perfil de Carlos, Leo e Mariana. Agora imagine Carlos fazendo o mesmo. E também Mariana e Leo. Pense nas diferenças de impressões, nas falsas certezas. É isso que Durrell fez no QUARTETO DE ALEXANDRIA. São quatro volumes. Todos passados no mesmo lugar, com os mesmos persoangens, no mesmo tempo. Mas, cada livro visto sob um ponto de vista. O primeiro é Justine. Depois temos Balthazar e o terceiro é este, Mountolive. Os outros dois descrevi em posts passados, Mountolive, que acabei de ler agora, tem a visão dos fatos vistos por um diplomata inglês, Mountolive. Vemos então os personagens, Nessin, Justine, Clea, Melissa, vistos sob a ótica e o interesse dele. Ou seja, é um enfoque mais inglês, mais político e menos sensual. Dos três livros que li, CLEA será o próximo, é aquele que menos gostei. Ele quase se torna um romance policial não muito interessante. Baltahzar é uma quase obra-prima, este não. ------------- Aqui Nessin, que na visão de Justine era apenas um milionário solitário e apaixonado, se mostra como é de fato: um contrabandista de armas. Sua vida é um drama familiar pesado. Já Mountolive é um fraco. Visto por Balthazar como um silencioso diplomata, se revela um ser hesitante, perdido, sem ação. -------------- Lançado em 1958, terceiro volume de uma série de imenso sucesso, traz descrições brilhantes de Londres, da Russia e de Alexandria, na verdade é a cidade a persoangem central que une todos os livros. Já comecei a ler CLEA. E me parece ser o melhor dos quatro. Veremos.....