ÁRABES

Pessoas atéias nunca entendem o mundo completamente. Elas deixam de fora a religião, a força social da relgião, e por isso suas análises são sempre vazias. Erram previsões e narram o passado de um modo raso. Quando dão o braço a torcer e tocam no assunto "Deus", encaram a fé como nada mais que uma das muitas superstições do homem. Não estou aqui dizendo se Ele existe ou não, o que afirmo, com toda certeza, é que relgiões moldam o mundo. Mais que o dinheiro. ------------------- Para essas pessoas é impossível sequer passar perto de compreender o mundo árabe. Tentam explicar tudo em termos de "colonialismo ocidental", mas nunca entendem porque esse colonialismo irrita tanto o universo árabe. Para eles, os mouros, nõs somos infieis. E para eles, isso é imperdoável, ou no mínimo, risível. ------------- Na USP tive um ótimo professor que disse uma vez que o planeta é dividido, até hoje, entre a cultura de Aristóteles e a de Platão. Na Europa, e por consequência nas Américas, somos todos aristotélicos. Acreditamos na experiência e nos sentidos. No mundo árabe, todos são platônicos, o mundo real é o mundo ideal, onde Deus mora. O mundo dos homens é uma ilusão passageira. ----------------------- Um árabe rico pode ter carros de ouro, edifícios no centro de Londres, iates em Ibiza. Ele pode até se divertir com tudo isso. Mas para ele, de um modo como jamais iremos entender, tudo isso é ilusão. Esse príncipe árabe sabe que sua única verdade é Allah e que ele só é real, um homem real, quando em oração. Para ele, a verdade JÁ FOI ATINGIDA, é o Alcorão. Para ele não há a ideia de progresso moral ou espiritual, pois Maomé é o máximo que um homem pode ser e ninguém jamais será mais perfeito que ele. O futuro mora no ano de 500 DC, o tempo de Maomé. Para esse príncipe, somente o mundo da matéria-ilusório muda. E a própria mudança é um mal. O bem é estático, imutável, Allah. -------------- Quando ele nos olha vê o que? Um povo que não para de se mover a esmo. Que muda sempre para pior. E que se deixa capturar por todas as ilusões do mundo. Somos quase animais. Quase sem alma. --------------- Porque em meu mundo, em nosso mundo, tudo se move e tudo está além. Caminhamos para frente, não importa para onde. E somos enfeitiçados pelas coisas que vemos e tocamos. Cremos nos olhos. O progresso moral e espiritual nos guia, a certeza de que TEMOS DE criar e descobrir coisas novas. Ideias essas considerados de atroz tolice pelos árabes. Para eles o máximo de progresso real já aconteceu. E esse cume é sua civilização, aquela de Bagdá, Meca, Medina e de Riad. ----------------------- Deu pra entender? -------------- Por isso sua lei é sempre a lei de Deus, e sua moral é a mesma de 500 DC. Mudar isso seria abrir mão de seu mundo inteiro. Pois nesse mundo não pode haver uma mudança interna, ou seja, mudar aquilo que é real de fato: a alma. Ele pode brincar com videos games, usar roupas ocidentais, até mesmo deixar sua mulher trabalhar, mas ele tem a certeza que tudo isso é NADA, TOLICES. Pois ele-mesmo é exatamente igual a seus antepassados. Para sempre. Mesma fé. Mesmo ritual. Mesmas certezas. Mesmo modo de se comportar. Mesma LEI. Sem dúvida alguma. Sem questionar. Sem chance para se modificar. ---------------- Essa filosofia nos nega radicalmente. É como se nós, cristãos ou ateus, fossemos seres de um mundo que gira e rodopia sem parar, e eles, árabes, vivessem no mundo sólido, forte, cheio de raiz. Mal nos percebem. Podem nos aceitar, e a maioria o faz, mas seremos sempre uma espécie de crianças vadias. Tontos que dão cabeçadas e não percebem a verdade. ------------- Analisar o mundo do oriente sem levar em conta isso, é ser mais criança tonta que toda criança tonta pode ser.