ALEGRIA : SERENATA PARA CORDAS EM MI MAIOR, DVORAK
Comover pela alegria é um dom que poucos possuem. Nesta obra, composta na juventude do grande tcheco Dvorak, temos música em forma de risos. Ou risos como melodia inspirada. Raymond Leppard e a orquestra inglesa fazem proezas, as cordas voam e as melodias surgem de um modo tão bonito que voce se pega achando a vida bela e que tudo é harmonia no mundo. São 30 minutos de prazer civilizado, como se de repente voce estivesse dentro de algum tipo de casarão branco e azul, cheio de salas onde tudo que ocorresse fosse prazer. É elegante sem ser frio e é alegre sem ser vulgar. Música que pode ser assobiada, mas ao mesmo tempo de uma riqueza absoluta. Aqui é provado que se apaixonar por melodia é possível. Ou talvez o amor seja uma canção que nos captura sem que a escutemos. Doce encontro com o prazer, doce encontro com esta obra. Dvorak voaria mais alto em seu concerto para cello e nas suas sinfonias, mas por Deus, quanta música não há aqui? Sentimos o sorriso do autor e a verdade nas cordas e no maestro. Música é isto que vive aqui.