Conheço críticos que nos anos 80 e 90 diziam que o grande mal da arte brasileira era a subserviência à Caetano Velloso e sua corte. Eles bufavam dizendo que todo novo cantor, banda ou escritor, tinha como ambição máxima receber as bênçãos de Cae e Gil. Diziam que aqui não havia ruptura, fim de ciclo. Que tudo girava em torno da corte baiana.
Hoje esses mesmos críticos estão alinhados com a corte.
Este não é um texto a favor ou contra. Juro que tento apenas olhar e descrever. Alguém tem de abrir um olho. Vamos a descrição.
Quero entender o motivo de tanto ódio. Por que um povo que ignorava Sarney, hoje quer ver morto Bolsonaro. Há algo de psicológico nisso. Há uma doença social. E eu sei, que pelo fato de 99% dos psicólogos sociais serem de esquerda, eles estão analisando a doença de ser Bolsonaro, e ignoram o ódio irracional ao presidente.
Não digo que ele seja bom. Talvez seja menos que razoável. O que me causa espanto é o tamanho do ódio. Eu vi os governos Figueiredo, Sarney, Collor e todos os demais. Nem Collor foi tão odiado. Por que?
Dizem que Bolsonaro é machista. Diria antes hetero ostensivo. Não o vi bater em mulher. Não o vi caçar algum direito feminino. Não o vi em orgias com 5 mulheres pagas. Sarney, Collor e Lula pareciam tão heteros quanto ele. O que seria então?
Dizem que ele é ignorante. Não vai ao teatro e não lê bons livros. Lula não lia nada. Não foi visto em museu ou teatro. Collor só frequentava festas de playboy. Itamar era alegremente bronco. Então onde Bolsonaro peca?
Já ficou claro não é? Ele cometeu o pecado de não beijar a mão de Caetano e Chico. Claro que estou usando símbolos. Collor e Figueiredo não fizeram isso. Mas o bronco Lula era amado porque foi prestar homenagens a eles. Mesmo não sabendo uma letra de Milton de cor.
Quem mais odeia Bolsonaro é quem não suporta o fato novo que acontece aqui e agora: a morte do formador de opinião. Quem o detesta são as pessoas que se vêm ameaçadas pela perda de sua importância intelectual. " Como esse bronco ousa me ignorar?"
O problema não é ele não ler. É ele ignorar quem escreve livros. Lula dava prêmios. Fazia festivais. Artistas são baratos. E Lula é esperto.
Bolsonaro foi eleito, como Trump, sem o apoio de formadores de opinião. E eles, assustados, não o perdoam por isso. Ele jogou na cara deles o quanto hoje eles são irrelevantes. E eles não podem suportar essa novidade.
O Brasil sempre teve duas elites que mandaram como reis e duques: Os ricos e os "letrados". Em terra de miseráveis, quem tem dois tostões é nobre e quem leu Jorge Amado se acha especial. Tanto o rico como o letrado têm na ponta da língua a frase: "Voce sabe com quem está falando? Voce não tem nível para me contradizer".
Bolsonaro e seus eleitores ignoraram os leitores de Chauí. Nem sequer a atacam. Ignoram sua existência. E vivem bem sem ela. Ela então grita.
Para o ego dos formadores de opinião, isso é insuportável.
A Globo ataca frontalmente, e na minha opinião se suicida com isso, ao governo não só por uma questão fiscal. Ela sabe que ele põe a perigo seu trono dourado. Mostra que ela já não dita regras. Lula foi ao Fantástico no dia da eleição. Foi dar uma exclusiva para a rainha do país. Bolsonaro rezou. Numa transmissão mambembe, ele transmitiu uma reza. Foi feio. Tosco. Foi Brasil.
Bolsonaro joga na cara desse povo, os classe média bem educados, esquerdistas no molde Partido Democrata da California, o que é o Brasil. Muito mais que Lula ou Itamar, ele é o tiozão caminhoneiro, o taxista, o guarda no sinal, o empreiteiro, o dono do açougue, o feirante. Lula era o homem do povo para uso de intelectuais culpados, Bolsonaro é o homem do povo que pouco se importa com intelectuais. Ele é absurdamente sincero.
O ódio a Bolsonaro é revelador. Mostra o preconceito das classes educadas, esnobes, egocêntricas, europeizadas e americanizadas , contra o homem comum, banal, simplório. Ele fala o que pensa e se atrapalha porque fala demais. Ele fala de um modo sujo, mal articulado, feio. Isso é motivo para tanto ódio? Não. Se ele pagasse tributo à realeza seria motivo apenas para risos. Como era o caso de Sarney ou de Itamar. O ódio é aquele do ego ferido. É insuportável para quem o sente.
Ele revela que seu curso de sociologia pode nada significar. Que suas leituras sobre Heidegger podem ser apenas masturbação. Que o mundo real pouco se importa com voce.
É claro que eu adoro livros etc etc etc. Mas por Deus! Como é possível tanta crueldade a alguém cujo único pecado é ser um bronco?
Esse ódio é possível a partir do momento em que ele ameaça seu senso de auto importância.
A partir do momento em que ele se elege contra todos os seus palpites.
E expõe, de forma humilhante, que voce não sabe prever, não influi mais e talvez esteja deixando de ser um "nobre leitor" e se tornando apenas mais um na multidão.
Bem Vindo ao mundo real.
Hoje esses mesmos críticos estão alinhados com a corte.
Este não é um texto a favor ou contra. Juro que tento apenas olhar e descrever. Alguém tem de abrir um olho. Vamos a descrição.
Quero entender o motivo de tanto ódio. Por que um povo que ignorava Sarney, hoje quer ver morto Bolsonaro. Há algo de psicológico nisso. Há uma doença social. E eu sei, que pelo fato de 99% dos psicólogos sociais serem de esquerda, eles estão analisando a doença de ser Bolsonaro, e ignoram o ódio irracional ao presidente.
Não digo que ele seja bom. Talvez seja menos que razoável. O que me causa espanto é o tamanho do ódio. Eu vi os governos Figueiredo, Sarney, Collor e todos os demais. Nem Collor foi tão odiado. Por que?
Dizem que Bolsonaro é machista. Diria antes hetero ostensivo. Não o vi bater em mulher. Não o vi caçar algum direito feminino. Não o vi em orgias com 5 mulheres pagas. Sarney, Collor e Lula pareciam tão heteros quanto ele. O que seria então?
Dizem que ele é ignorante. Não vai ao teatro e não lê bons livros. Lula não lia nada. Não foi visto em museu ou teatro. Collor só frequentava festas de playboy. Itamar era alegremente bronco. Então onde Bolsonaro peca?
Já ficou claro não é? Ele cometeu o pecado de não beijar a mão de Caetano e Chico. Claro que estou usando símbolos. Collor e Figueiredo não fizeram isso. Mas o bronco Lula era amado porque foi prestar homenagens a eles. Mesmo não sabendo uma letra de Milton de cor.
Quem mais odeia Bolsonaro é quem não suporta o fato novo que acontece aqui e agora: a morte do formador de opinião. Quem o detesta são as pessoas que se vêm ameaçadas pela perda de sua importância intelectual. " Como esse bronco ousa me ignorar?"
O problema não é ele não ler. É ele ignorar quem escreve livros. Lula dava prêmios. Fazia festivais. Artistas são baratos. E Lula é esperto.
Bolsonaro foi eleito, como Trump, sem o apoio de formadores de opinião. E eles, assustados, não o perdoam por isso. Ele jogou na cara deles o quanto hoje eles são irrelevantes. E eles não podem suportar essa novidade.
O Brasil sempre teve duas elites que mandaram como reis e duques: Os ricos e os "letrados". Em terra de miseráveis, quem tem dois tostões é nobre e quem leu Jorge Amado se acha especial. Tanto o rico como o letrado têm na ponta da língua a frase: "Voce sabe com quem está falando? Voce não tem nível para me contradizer".
Bolsonaro e seus eleitores ignoraram os leitores de Chauí. Nem sequer a atacam. Ignoram sua existência. E vivem bem sem ela. Ela então grita.
Para o ego dos formadores de opinião, isso é insuportável.
A Globo ataca frontalmente, e na minha opinião se suicida com isso, ao governo não só por uma questão fiscal. Ela sabe que ele põe a perigo seu trono dourado. Mostra que ela já não dita regras. Lula foi ao Fantástico no dia da eleição. Foi dar uma exclusiva para a rainha do país. Bolsonaro rezou. Numa transmissão mambembe, ele transmitiu uma reza. Foi feio. Tosco. Foi Brasil.
Bolsonaro joga na cara desse povo, os classe média bem educados, esquerdistas no molde Partido Democrata da California, o que é o Brasil. Muito mais que Lula ou Itamar, ele é o tiozão caminhoneiro, o taxista, o guarda no sinal, o empreiteiro, o dono do açougue, o feirante. Lula era o homem do povo para uso de intelectuais culpados, Bolsonaro é o homem do povo que pouco se importa com intelectuais. Ele é absurdamente sincero.
O ódio a Bolsonaro é revelador. Mostra o preconceito das classes educadas, esnobes, egocêntricas, europeizadas e americanizadas , contra o homem comum, banal, simplório. Ele fala o que pensa e se atrapalha porque fala demais. Ele fala de um modo sujo, mal articulado, feio. Isso é motivo para tanto ódio? Não. Se ele pagasse tributo à realeza seria motivo apenas para risos. Como era o caso de Sarney ou de Itamar. O ódio é aquele do ego ferido. É insuportável para quem o sente.
Ele revela que seu curso de sociologia pode nada significar. Que suas leituras sobre Heidegger podem ser apenas masturbação. Que o mundo real pouco se importa com voce.
É claro que eu adoro livros etc etc etc. Mas por Deus! Como é possível tanta crueldade a alguém cujo único pecado é ser um bronco?
Esse ódio é possível a partir do momento em que ele ameaça seu senso de auto importância.
A partir do momento em que ele se elege contra todos os seus palpites.
E expõe, de forma humilhante, que voce não sabe prever, não influi mais e talvez esteja deixando de ser um "nobre leitor" e se tornando apenas mais um na multidão.
Bem Vindo ao mundo real.