Ele cospe tabaco. Em cachorros, escorpiões, insetos, mortos. E tem os olhos apertados, olhos que nada mais dizem a não ser ódio. Ele lutou na guerra civil pelo lado perdedor. E não quis se render. A guerra acabou, mas ele continua sendo um perdedor. E é caçado. Do Kansas ao Texas.
Seu nome é Josey Wales e na primeira cena do filme ele ara a terra. Na última ele retorna à terra. Clint Eastwood em 1976, ano do filme, não era levado à sério por crítico nenhum. Era o velho problema que só hoje eu percebo: a crítica era de esquerda e Clint era de direita. Então ele estava fora. Não era mais considerado que Burt Reynolds ou Robert Aldrich. Eram párias perante o povo bem pensante. Estes só tinham olhos para Robert Altman. E Redford. Quando lançado este filme foi visto apenas como mais um western violento para um público bronco. Nada mais.
Em 1990 Clint começou a ser levado à sério porque os ares políticos mudaram. Seu filme de então, Coração de Caçador, pagava tributo à John Huston e os críticos chatos começaram a achar o óbvio: havia muito cérebro em Eastwood. Em 1992 veio os Imperdoáveis e o resto voce sabe. Ele virou Mito. O último Mito do cinema ainda vivo.
Josey Wales dura quase 3 horas, horas que passam em absoluto deslumbramento. Clint dirige com segurança de John Ford e enche o filme de humor misturado à muita raiva e drama. Recheado de personagens fantásticos: a velha, o índio easy going, o garoto, o vendedor de medicina, a índia que sabe fazer tudo, o filme nos hipnotiza a vista. A fotografia de Bruce Surtees é deslumbrante e Jerry Fielding fez uma trilha sonora que nunca invade a ação, ela a conduz. O roteiro, de Philip Kauffman ( diretor de Os Eleitos e de tantos outros filmes ), não se perde jamais. Os acontecimentos não cessam. Há muito de picaresco no filme, Josey é como um desses personagens do século XVI, um Lazarilo em USA.
Um dos mais perfeitos westerns que já vi, este filme é porta de entrada para quem quiser conhecer o gênero. Talvez seja o mais amado dos filmes de Eastwood. Veja. Aproveite este prazer. Dê este presente a si mesmo.
Seu nome é Josey Wales e na primeira cena do filme ele ara a terra. Na última ele retorna à terra. Clint Eastwood em 1976, ano do filme, não era levado à sério por crítico nenhum. Era o velho problema que só hoje eu percebo: a crítica era de esquerda e Clint era de direita. Então ele estava fora. Não era mais considerado que Burt Reynolds ou Robert Aldrich. Eram párias perante o povo bem pensante. Estes só tinham olhos para Robert Altman. E Redford. Quando lançado este filme foi visto apenas como mais um western violento para um público bronco. Nada mais.
Em 1990 Clint começou a ser levado à sério porque os ares políticos mudaram. Seu filme de então, Coração de Caçador, pagava tributo à John Huston e os críticos chatos começaram a achar o óbvio: havia muito cérebro em Eastwood. Em 1992 veio os Imperdoáveis e o resto voce sabe. Ele virou Mito. O último Mito do cinema ainda vivo.
Josey Wales dura quase 3 horas, horas que passam em absoluto deslumbramento. Clint dirige com segurança de John Ford e enche o filme de humor misturado à muita raiva e drama. Recheado de personagens fantásticos: a velha, o índio easy going, o garoto, o vendedor de medicina, a índia que sabe fazer tudo, o filme nos hipnotiza a vista. A fotografia de Bruce Surtees é deslumbrante e Jerry Fielding fez uma trilha sonora que nunca invade a ação, ela a conduz. O roteiro, de Philip Kauffman ( diretor de Os Eleitos e de tantos outros filmes ), não se perde jamais. Os acontecimentos não cessam. Há muito de picaresco no filme, Josey é como um desses personagens do século XVI, um Lazarilo em USA.
Um dos mais perfeitos westerns que já vi, este filme é porta de entrada para quem quiser conhecer o gênero. Talvez seja o mais amado dos filmes de Eastwood. Veja. Aproveite este prazer. Dê este presente a si mesmo.