No último dia do Rock in Rio tem King Crimson. E a banda é massacrada pelos ditos críticos por ser elitista. Oh God!
Neste tempo de "democracia do gosto" se instaura o "pecado do elitismo". O King é chato. Ok. Mas criticar elitismo? Seria hoje o Velvet Underground chamado de metido à besta? É pecado exigir do público cultura e discernimento?
Postei video do Glenn Gould. Pianista canadense, morto precocemente em 1982. Ele tocava para si mesmo. Pegava Bach e o explorava ao vivo. Reduzia a velocidade, empacava numa nota, mudava timbres. Ia fundo em cada aspecto do compositor. Para ele o público deveria se esforçar para o acompanhar. E essa é a palavra: esforço. Me parece que qualquer pedido de esforço hoje seria elitismo. Parte-se da ideia de que o público é idiota e assim deve ser respeitado em sua folgada idiotia.
Genialidade é sempre desconforto. Há gênios felizes, mas não existe genialidade democrática. O gênio exige aperfeiçoamento. É para poucos. É aristocrático.
Claro que King Crimson não é genial. Mas ele exige um mínimo de concentração. De senso musical. E isso irrita os inconcentráveis sem senso.
A burrice é a fé do século.
Neste tempo de "democracia do gosto" se instaura o "pecado do elitismo". O King é chato. Ok. Mas criticar elitismo? Seria hoje o Velvet Underground chamado de metido à besta? É pecado exigir do público cultura e discernimento?
Postei video do Glenn Gould. Pianista canadense, morto precocemente em 1982. Ele tocava para si mesmo. Pegava Bach e o explorava ao vivo. Reduzia a velocidade, empacava numa nota, mudava timbres. Ia fundo em cada aspecto do compositor. Para ele o público deveria se esforçar para o acompanhar. E essa é a palavra: esforço. Me parece que qualquer pedido de esforço hoje seria elitismo. Parte-se da ideia de que o público é idiota e assim deve ser respeitado em sua folgada idiotia.
Genialidade é sempre desconforto. Há gênios felizes, mas não existe genialidade democrática. O gênio exige aperfeiçoamento. É para poucos. É aristocrático.
Claro que King Crimson não é genial. Mas ele exige um mínimo de concentração. De senso musical. E isso irrita os inconcentráveis sem senso.
A burrice é a fé do século.