Vamos deixar de nos enganar, aqui no Brasil roubar não é pecado. Neste país a gente tolera o ladrão, desde que o roubado não seja a gente. E se for, fingimos que não é.
A mentira também não é pecado. Desde que seja uma mentira boa, agradável. Somos amigos dos amigos, os outros, os desconhecidos, que se explodam.
Adoramos uma piada, uma sacanagem, uma boa malandragem. E temos uma atitude omissa perante a vida. Que façam por nós. Esse nosso mote.
Churrasco, cerveja e bunda. Isso é tudo.
A livraria Cultura fechou. Nas prateleiras vazias eu vejo mais um degrau que desce. E na unidade que ainda está aberta, noto uma enorme quantidade de não-lançamentos. Parou tudo.
Nada de novo. Demoramos 300 anos para ter uma biblioteca.
Na escola se joga ao lixo toda uma geração. Nada de novo: gerações são desperdiçadas. Os progressistas são saudosistas: sonham com a volta da bossa-nova, do cinema novo e com o retorno de Fidel. Os liberais são ignorantes. Confundem liberalismo com roubo. Acham que ser liberal é burlar impostos.
Índios morrem, pretos vivem na senzala, roubos nas esquinas, el rey não governa e a rainha é louca. Nada mudou. Nada muda.
O Brasil prova que o tempo é uma bola.
A mentira também não é pecado. Desde que seja uma mentira boa, agradável. Somos amigos dos amigos, os outros, os desconhecidos, que se explodam.
Adoramos uma piada, uma sacanagem, uma boa malandragem. E temos uma atitude omissa perante a vida. Que façam por nós. Esse nosso mote.
Churrasco, cerveja e bunda. Isso é tudo.
A livraria Cultura fechou. Nas prateleiras vazias eu vejo mais um degrau que desce. E na unidade que ainda está aberta, noto uma enorme quantidade de não-lançamentos. Parou tudo.
Nada de novo. Demoramos 300 anos para ter uma biblioteca.
Na escola se joga ao lixo toda uma geração. Nada de novo: gerações são desperdiçadas. Os progressistas são saudosistas: sonham com a volta da bossa-nova, do cinema novo e com o retorno de Fidel. Os liberais são ignorantes. Confundem liberalismo com roubo. Acham que ser liberal é burlar impostos.
Índios morrem, pretos vivem na senzala, roubos nas esquinas, el rey não governa e a rainha é louca. Nada mudou. Nada muda.
O Brasil prova que o tempo é uma bola.