O mal considera que seus atos são o bem. O bem pode às vezes ter dúvidas, teme que o bem que pratica possa ser o mal. Lewis sabe que o homem verdadeiramente bom duvida sempre de sua bondade. Lewis diz que Deus nos deu o livre arbítrio exatamente para isso: o amor e a bondade só podem ter valor se forem conquistas, e não algo dado. Não há valor algum naquilo que em nós é natural. O homem cristão é aquele que nega o que é natural. ( E só nessa frase já cai por terra todo argumento que diz que o erro dos cristãos é serem não naturais. Ora, essa é a própria razão de ser do cristianismo. Sair do que é natural. )
O homem só pode começar a ser feliz quando abre mão de seus desejos e de suas posses. Essa é mais uma verdade que costuma ser mal lida. Não significa virar escravo ou cair na mendicância. No livro de Eric Clapton isso é bem explicado. É o momento em que reconhecemos que nada sabemos, que não temos mais força, que nada mais podemos fazer. É o momento além do desespero. É quando depomos as armas. Há quem chegue a esse momento de forma gradual, mas os vaidosos costumam chegar apenas após um imenso sofrimento. Foi o caso de Eric. Ele entregou tudo a Deus como forma de dizer: "Chega, nada mais sei e nada mais sou". E então ele iniciou sua caminhada rumo a paz. Imperfeita paz, pois Eric continua sendo humano, claro, mas um humano melhor.
Lewis diz que não é preciso ser cristão para seguir as pegadas de Cristo. Há quem as siga pensando ser budista, ateu ou até mesmo pagão. Como existem fiéis que nada têm de cristão. O grau de comprometimento está no tanto de descompromisso com sua vaidade e seu orgulho. Quanto mais um homem preza seu ego mais ele sofre. Simples assim.
Durante a segunda guerra CS Lewis falava dez minutos por noite, na BBC, sobre o cristianismo. A igreja dele era a inglesa, mas ele sabia que as mensagens do bem são dadas em várias fés. Este livro é um apanhado daquilo que ele falou no rádio. Por isso o texto é simples e conciso.
Lewis explica o mal como um ato de orgulho. Toda maldade tem como raiz esse pecado, o orgulho. O diabo, anjo caído, é aquele que se achou melhor que todos. Toda alma começa a se perder ao se considerar especial, e termina presa na cela da solidão dos vaidosos. Mas não é preciso ser crente para ler este livro. A moral que ele advoga é inatacável. A única derrapada se dá quando ele fala das mulheres. Mas é uma pequena derrapada. Lewis se esforça para suavizar o machismo, e até se sai bem. No resto não há como atacar alguém que crê na bondade, na vida como aprendizado, e na evolução das almas rumo a perfeição.
Penso que todos vocês, mesmo os ateus, deveriam ler este livro. Não pense que ele vai os irritar ou tentar os converter. Talvez vocês se surpreendam ao perceber que desde sempre suas estradas são as mesmas de Lewis.
O homem só pode começar a ser feliz quando abre mão de seus desejos e de suas posses. Essa é mais uma verdade que costuma ser mal lida. Não significa virar escravo ou cair na mendicância. No livro de Eric Clapton isso é bem explicado. É o momento em que reconhecemos que nada sabemos, que não temos mais força, que nada mais podemos fazer. É o momento além do desespero. É quando depomos as armas. Há quem chegue a esse momento de forma gradual, mas os vaidosos costumam chegar apenas após um imenso sofrimento. Foi o caso de Eric. Ele entregou tudo a Deus como forma de dizer: "Chega, nada mais sei e nada mais sou". E então ele iniciou sua caminhada rumo a paz. Imperfeita paz, pois Eric continua sendo humano, claro, mas um humano melhor.
Lewis diz que não é preciso ser cristão para seguir as pegadas de Cristo. Há quem as siga pensando ser budista, ateu ou até mesmo pagão. Como existem fiéis que nada têm de cristão. O grau de comprometimento está no tanto de descompromisso com sua vaidade e seu orgulho. Quanto mais um homem preza seu ego mais ele sofre. Simples assim.
Durante a segunda guerra CS Lewis falava dez minutos por noite, na BBC, sobre o cristianismo. A igreja dele era a inglesa, mas ele sabia que as mensagens do bem são dadas em várias fés. Este livro é um apanhado daquilo que ele falou no rádio. Por isso o texto é simples e conciso.
Lewis explica o mal como um ato de orgulho. Toda maldade tem como raiz esse pecado, o orgulho. O diabo, anjo caído, é aquele que se achou melhor que todos. Toda alma começa a se perder ao se considerar especial, e termina presa na cela da solidão dos vaidosos. Mas não é preciso ser crente para ler este livro. A moral que ele advoga é inatacável. A única derrapada se dá quando ele fala das mulheres. Mas é uma pequena derrapada. Lewis se esforça para suavizar o machismo, e até se sai bem. No resto não há como atacar alguém que crê na bondade, na vida como aprendizado, e na evolução das almas rumo a perfeição.
Penso que todos vocês, mesmo os ateus, deveriam ler este livro. Não pense que ele vai os irritar ou tentar os converter. Talvez vocês se surpreendam ao perceber que desde sempre suas estradas são as mesmas de Lewis.