Este filme funciona muito bem porque retrata de um modo não caricato, de um modo confiante, o mais cool dos períodos históricos, aquele entre 1959-1965. O tempo da guerra fria e do medo da bomba, mas também o tempo de Dior, St.Laurent, BB e do cool jazz.
O AGENTE DA UNCLE foi uma série inglesa que meu pai adorava. Lembro muito vagamente da TV ligada à noite, eu brincando no tapete e os adultos assistindo aquela coisa barulhenta e que eu já percebia ser muito cool e muito sexy ( eu juro que aos 6 anos eu sentia as vibrações daquele momento especial ). A série fez enorme sucesso e depois virou cult. Robert Vaughn e seu personagem Napoleon Solo se tornaram nomes tão icônicos daquele tempo como James Bond ou Inspetor Clouseau. E havia ainda David McCallun no papel de Ilya, o russo do bem ( mais ou menos do bem ).
As pessoas compram a ideia de que a TV está agora em seu auge. A TV SEMPRE vende a ideia de estar em seu auge. Ela se vende, isso é normal. No tempo de UNCLE havia Missão Impossível e Star Trek, A Feiticeira e Hawaii 5.0...nada mal. Besteira também dizer que o cinema pega hoje atores da TV. Em 1964 Clint Eastwood era um ator de TV e só da TV. Well....
Guy Ritchie é um bom diretor. Ele tem senso visual, ritmo, e aqui ele consegue ir mais devagar, quase no ritmo de 1964. O filme não é só ação, aliás seus melhores momentos são todos em diálogos. E surpreendentemente os jovens atores se saem muito bem. São bonitos sem parecer bonecos e sabem ser elegantes sem parecer meninos usando as roupas dos pais. O filme tem ainda uma boa trilha sonora que usa despudoradamente os climas que John Barry, Lalo Schiffrin e Qincy Jones punham nas cenas de então. Mas o melhor é mesmo o visual, a doce beleza moderna das roupas, a alegria suave dos objetos, a ousadia otimista dos cenários. Vemos de novo a Roma rica de Fellini e a Berlin cinza dos filmes de espionagem. A diversão se garante. É um filme para a geração que ama MAD MEN e 007.
Existem falhas, e como em todos os filmes de Ritchie, há uma momento em que o excesso de exuberância cansa. Mas a coisa anda e na verdade já estamos ganhos faz muito.
Guy é o cara.
O AGENTE DA UNCLE foi uma série inglesa que meu pai adorava. Lembro muito vagamente da TV ligada à noite, eu brincando no tapete e os adultos assistindo aquela coisa barulhenta e que eu já percebia ser muito cool e muito sexy ( eu juro que aos 6 anos eu sentia as vibrações daquele momento especial ). A série fez enorme sucesso e depois virou cult. Robert Vaughn e seu personagem Napoleon Solo se tornaram nomes tão icônicos daquele tempo como James Bond ou Inspetor Clouseau. E havia ainda David McCallun no papel de Ilya, o russo do bem ( mais ou menos do bem ).
As pessoas compram a ideia de que a TV está agora em seu auge. A TV SEMPRE vende a ideia de estar em seu auge. Ela se vende, isso é normal. No tempo de UNCLE havia Missão Impossível e Star Trek, A Feiticeira e Hawaii 5.0...nada mal. Besteira também dizer que o cinema pega hoje atores da TV. Em 1964 Clint Eastwood era um ator de TV e só da TV. Well....
Guy Ritchie é um bom diretor. Ele tem senso visual, ritmo, e aqui ele consegue ir mais devagar, quase no ritmo de 1964. O filme não é só ação, aliás seus melhores momentos são todos em diálogos. E surpreendentemente os jovens atores se saem muito bem. São bonitos sem parecer bonecos e sabem ser elegantes sem parecer meninos usando as roupas dos pais. O filme tem ainda uma boa trilha sonora que usa despudoradamente os climas que John Barry, Lalo Schiffrin e Qincy Jones punham nas cenas de então. Mas o melhor é mesmo o visual, a doce beleza moderna das roupas, a alegria suave dos objetos, a ousadia otimista dos cenários. Vemos de novo a Roma rica de Fellini e a Berlin cinza dos filmes de espionagem. A diversão se garante. É um filme para a geração que ama MAD MEN e 007.
Existem falhas, e como em todos os filmes de Ritchie, há uma momento em que o excesso de exuberância cansa. Mas a coisa anda e na verdade já estamos ganhos faz muito.
Guy é o cara.