MARY POPPINS, O LIVRO DE P.L.TRAVERS

   Uma bela edição!
   Ronaldo Fraga fez desenhos que foram depois bordados. Esses bordados passados em foto para o livro. Papel grosso, costurado, meio grosseiro, meio chic.
   Travers era uma excêntrica. O filme mostra. Emma Thompson a interpretou bem. O livro é de 1934 e Disney só o filmou 30 anos depois. E bem que ele queria tê-lo feito muito antes. O filme é uma obra-prima, o livro é muito diferente. Poppins é uma linda e muito vaidosa jovem que vai ser babá na casa dos Banks. O livro tem um sabor forte de England 1910, tipo Edward VII. Poppins é egoísta, mandona, muito teimosa, orgulhosa e matreira. Nada simpática! Nada! Ou seja, muito diferente do filme. A simpatia está nos filhos, quatro. Dois bebês e um casal mais velho. O menino é sensível, a menina poética. Mary Poppins os leva ao mundo da imaginação. Coisas fantásticas acontecem. A Inglaterra inventou a infância como a entendemos. Mary é uma de suas mensageiras.
  Travers foi amiga de Yeats. E de George Russell. O livro pode ser lido como alegoria mística. Mas eu prefiro ler como fábula que elogia a invenção. Bacana!!!
   O melhor episódio? As compras de Natal ! Lindamente triste-alegre. 
  Saímos de nosso atraso aqui no Brasil. A literatura imaginativa está tendo seu valor reconhecido. Viva!