Um livro raso. Mas por já ter lido outros 3 grandes livros deste holandês irriquieto, penso se toda essa superficialidade não será proposital.
São 3 partes. Na primeira um homem se suicida em 1963. Indiferente a revolução dos costumes que se processa na Amsterdã de então, ele se enforca por ter sido deixado por sua esposa. Mas sobrevive. E resolve encarar a vida, uma vida vazia, sem interesses, oca.
Em 1953 ele conheceu um homem recluso. Um vaidoso existencialista. Esse homem cita Sartre todo o tempo. Ateu militante. Sua única conexão com a vida é seu cão. O bicho irá morrer de velhice e ele rumará as montanhas onde morrerá congelado.
Em 1973 esse mesmo personagem conhece o filho do existencialista. Mestiço, ele ignora a cidade onde vale tudo da época. Mestre Zen, vive recluso em negação de tudo. Se suicida após realizar a mais perfeita cerimônia do chá.
Árido, seco, o livro é um retrato impiedoso de certa fauna que nos cerca, seja em 53, 63, 73 ou 2013. O homem sem paixões, sem fé, sem vínculos com nada. O texto evita toda forma de poesia, de simbolismo, de transcendência. Pode-se dizer que ele parece ter sido escrito por um desses personagens.
Nooteboom então alcança seu objetivo.
Mas é seu único livro chato.
São 3 partes. Na primeira um homem se suicida em 1963. Indiferente a revolução dos costumes que se processa na Amsterdã de então, ele se enforca por ter sido deixado por sua esposa. Mas sobrevive. E resolve encarar a vida, uma vida vazia, sem interesses, oca.
Em 1953 ele conheceu um homem recluso. Um vaidoso existencialista. Esse homem cita Sartre todo o tempo. Ateu militante. Sua única conexão com a vida é seu cão. O bicho irá morrer de velhice e ele rumará as montanhas onde morrerá congelado.
Em 1973 esse mesmo personagem conhece o filho do existencialista. Mestiço, ele ignora a cidade onde vale tudo da época. Mestre Zen, vive recluso em negação de tudo. Se suicida após realizar a mais perfeita cerimônia do chá.
Árido, seco, o livro é um retrato impiedoso de certa fauna que nos cerca, seja em 53, 63, 73 ou 2013. O homem sem paixões, sem fé, sem vínculos com nada. O texto evita toda forma de poesia, de simbolismo, de transcendência. Pode-se dizer que ele parece ter sido escrito por um desses personagens.
Nooteboom então alcança seu objetivo.
Mas é seu único livro chato.