Assisti a 3 show em dvd recentemente. Sobre os Stones no Hyde Park falo depois. Antes, o Blind Faith, também no Hyde Park.
Blind Faith foi considerado o primeiro super-grupo da história e com eles já se percebe, super-grupo não significa grupo bom. O Blind Faith nunca funcionou.
O único disco deles saiu em 1969 e eu o comprei, em lançamento exclusivo do Museu do Disco, em 1981. Viajei no disco, viajei porque fui sempre fã de Winwood, Clapton e Ginger Baker, mas é um disco decepcionante. E no show a gente vê porque. A banda não se aquece, não solta faísca, parece com sono, sem vontade. Os caras se dão bem, não é inimizade, eles apenas não acontecem.
Steve Winwood, recém saído do Traffic, com apenas 20 anos, parece ficar todo o tempo admirado com a presença de Eric Clapton. Eric, com apenas 25 anos, já era a tempos o deus da guitarra. Toca maravilhosamente bem, mas está sonado. E há Ginger Baker na bateria e ver Ginger tocar é sempre emocionante.
O toque de Ginger é completamente original e até hoje não surgiu alguém que toque como ele. É uma mistura de beat apache, ritmo tribal africano e muito jazz. Uma figuraça! O que faltou? Alguém com fogo, com paixão.
Paixão sobra nos Faces. Show de 1973, ele começa com troupe de garotas dançando can can. O video do tube cortou as moças, no dvd elas ficaram. A banda entra e bota pra capar. É a melhor banda de bar do mundo, um tipo de irmãos Marx do rock inglês.
Rod Stewart começa com uma vaidade quase irritante, mas se esquenta e toma o show no colo. E que voz é essa? Lembro que em 1976 eu e meus bros da escola conversávamos sobre qual a best voz do mundo. Robert Plant vencia, mas Rod era melhor. Ao vivo ele arrasa!
Ron Wood dá uma aula de slide e Ronnie Lane foi um puta contra-baixo. Em The Borstal Boys a banda atinge um pico de fogo. Ian MacLaglen se exibe no teclado e Kenny Jones vira punk estraçalhando a bateria. Ao final, uma canção a capella, a banda em êxtase e os fãs em orgasmos múltiplos.
Tudo o que Blind Faith não conseguiu sobra nos Faces.
Ou melhor, o que falta a 99% das bandas sobra nos Faces.
Enjoy it!
Blind Faith foi considerado o primeiro super-grupo da história e com eles já se percebe, super-grupo não significa grupo bom. O Blind Faith nunca funcionou.
O único disco deles saiu em 1969 e eu o comprei, em lançamento exclusivo do Museu do Disco, em 1981. Viajei no disco, viajei porque fui sempre fã de Winwood, Clapton e Ginger Baker, mas é um disco decepcionante. E no show a gente vê porque. A banda não se aquece, não solta faísca, parece com sono, sem vontade. Os caras se dão bem, não é inimizade, eles apenas não acontecem.
Steve Winwood, recém saído do Traffic, com apenas 20 anos, parece ficar todo o tempo admirado com a presença de Eric Clapton. Eric, com apenas 25 anos, já era a tempos o deus da guitarra. Toca maravilhosamente bem, mas está sonado. E há Ginger Baker na bateria e ver Ginger tocar é sempre emocionante.
O toque de Ginger é completamente original e até hoje não surgiu alguém que toque como ele. É uma mistura de beat apache, ritmo tribal africano e muito jazz. Uma figuraça! O que faltou? Alguém com fogo, com paixão.
Paixão sobra nos Faces. Show de 1973, ele começa com troupe de garotas dançando can can. O video do tube cortou as moças, no dvd elas ficaram. A banda entra e bota pra capar. É a melhor banda de bar do mundo, um tipo de irmãos Marx do rock inglês.
Rod Stewart começa com uma vaidade quase irritante, mas se esquenta e toma o show no colo. E que voz é essa? Lembro que em 1976 eu e meus bros da escola conversávamos sobre qual a best voz do mundo. Robert Plant vencia, mas Rod era melhor. Ao vivo ele arrasa!
Ron Wood dá uma aula de slide e Ronnie Lane foi um puta contra-baixo. Em The Borstal Boys a banda atinge um pico de fogo. Ian MacLaglen se exibe no teclado e Kenny Jones vira punk estraçalhando a bateria. Ao final, uma canção a capella, a banda em êxtase e os fãs em orgasmos múltiplos.
Tudo o que Blind Faith não conseguiu sobra nos Faces.
Ou melhor, o que falta a 99% das bandas sobra nos Faces.
Enjoy it!