GLASTONBURY E O MUNDO É DAS MULHERES ( E SERÁ QUE ELAS GOSTAM DISSO ? )

   Imagens de Glastonbury em 1971. É o segundo ano da coisa. O "dono" do festival, agora, em 2013, ainda é o mesmo. Mas tudo mudou. Pra pior? Pra melhor? Sei lá.
   Vejo as imagens. Fato primeiro, as pessoas com 18 anos pareciam mais velhas. Ninguém tem cara de "vitaminado" ou de "malhado". São pessoas feias. Sujas. Os corpos parecem flácidos, mal cuidados. Os cabelos são imundos.
   Fato segundo. Voce não vê duas pessoas parecidas. Rostos e roupas possuem uma variedade absoluta. Isso choca e é um dos fatos que mais me deixa abilolado nas escolas onde vou: em 2013 todo mundo se parece. Existem cerca de quatro "tipos" e todos se encaixam nesse padrão. Tem o barbudo boa gente, o tímido de óculos, o delicado de camisa e o black descolado. As variações dentro desse padrão são mínimas. A tendência é a coisa ficar cada vez mais igual. Na minha escola temos só dois tipos!!!! O moreno magrinho de boné, do funk, e o cabelinho empastado, de preto, do rock. E é só. Até gays, que eram hiper criativos hoje seguem um tipo padrão. Puá!!!!
   Fato três. Glastonbury era menos show e mais experiência. O centro do evento era a "celebração do solstício de verão". Toda a coisa girava ao redor de mitologias celtas, bruxarias exóticas e as tais "expansões da mente, dude". Na verdade o palco era secundário. A banda fazia a trilha sonora para a "coisa". Hoje Glastonbury é apenas mais um festival de rock. Onde até velhos milionários tocam.
   Fato quatro. Nessa coisa dionisíaca o som ia pra onde desse na telha. Toda banda tinha de saber improvisar. O músico sentia o "astral" e ia nessa direção. E quem ditava o astral era a platéia. Hoje a banda dirige o povo. Ela cria o astral que é sempre uma festa de teens. Não existe perigo algum. Tá tudo dominado.
   Fato cinco. A Tv transmite ao vivo. Sem chance de alguma coisa fora da programação.
   Fato final. As bandas tocam bem agora. E são profissionais. E bonitinhos. So cute and so cool. Do bem, sempre. Viva!
   PS: Em 1971 mamãe teve medo. Hoje mamãe me leva lá.
   Sobre as mulheres.
   Toda banda é para as meninas. Fora o metal mais radical, tudo hoje tem por alvo as meninas. São letras com emoções femininas e que falam coisas gracinha. Ecologia, neuroses, amor, medo, esperança, dor. Há uma ausência de temas "machistas". Carros, estradas, velocidade, bebidas e mulheres fáceis. No rock? Por isso que adoro rap. O rock virou som de castratti.
   OK, tou sendo bobo e radical. Tem excessões. Claro que tem! Mas 90% é só um cara "sensível" chorando suas mágoas. Elton John hoje seria considerado um cara feliz e Donovan seria viril.
   O mundo se feminilizou, estava falando sobre isso com um cara que tem uma banda. E no fundo as mulheres morrem de ansiedade. Não encontram mais homens-homens ( não sou esse cara ). Ficam com barbudinhos sensíveis ou bebedores de cerveja compreensivos. Elas namoram esses caras. Gozam?
   Vi um Chevy 1971 na rua. Em 1971 todo carro parecia ser carro de malandro. Transpiravam sexo. Liberdade. O carro era fálico. Hoje eles são redondinhos como bundinhas de bebê. Carros de familia.
   Né não?