Iluminismo? Não me faça rir voce e seu iluminismo! A razão ao fim pode tudo, é nisso que crê a razão, essa a crença iluminista. Maravilhosa razão! O que ela nos deu? Onde nos levou?
Nesta aula não me contenho e digo minha "loucura": Eis: A escola nos destrói. Ela nos castra, nos amordaça, mata tudo aquilo a que fomos destinados. Esquizo condição deste que vos fala: Trabalhar para algo que é condenável. Mas não há volta: A Escola nos destrói mas não existe alternativa a ela e é pior sem ela. Porque o homem natural está morto. Sem a escola não haverá a volta a pureza-verdade-natural.
A natureza foi morta. Animais viraram máquinas ou palhaços. Não podemos ver uma árvore como ela é. O que vemos é a ideia do que seja uma árvore. Eis a maldição da escola e da razão: Não podemos ver o que é. Vemos aquilo que fomos ensinados a ver. Não amamos. Sentimos uma coisa que aprendemos a chamar de amor. Enquadrados, domesticados, vivemos racionalmente. Razão que não existe. Cremos no inexistente. O que chamamos de razão é costume, domesticidade, castração.
Uma criança brinca. E para ela uma maçã é viva. Como viva é a pedra e a floresta que grita. Se a razão nos fala que uma pedra não pode ser viva, uma criança nos recorda que acreditar na vida pressupõe vê-la em tudo. Porque quem está vivo vê a vida ao ver-viver. E vê sem ler. Olha.
Mas nós matamos essa vida e a enquadramos em linhas retas na página de papel. E tudo o que aquela criança via-antes morre nessa linha-agora. E toda a vida que ela brincava cessa ao aprender que a vida é uma coisa.
Quanta coisa no mundo não tem nome!
Quanta vida na vida sem razão!
E o iluminista, vomitando regras e ditando verdades, tudo em nome da razão que ele confunde com liberdade ( que asneira! ), morre seco em suas aspirações ao bom e ao belo. Kant matou todos eles! A razão nada pode saber. Ela só entende aquilo que ela própria constrói. Coisas da razão. Brinquedos de adultos.
O sublime aterroriza a razão e o iluminista. O infinito, o vasto, o desmedido. A morte.
xxxxxxxxxx
Foram aulas sobre esse filme sublime. Onde aprendi a raiz romântica de Herzog. E de Wenders e de Schlondorff.
O ódio, sim, o ódio que eles têm da ordem, da regra, do comum, do burguês.
Anões, anjos, bestas, doentes, velhos, macacos, o fora de lugar, o inutil, a criança. Isso que eles amaram.
Kaspar nasce ao sair do porão. E indaga, brinca, incomoda, não aceita. Parte.
Queres saber do sublime? Eis o filme.
Nesta aula não me contenho e digo minha "loucura": Eis: A escola nos destrói. Ela nos castra, nos amordaça, mata tudo aquilo a que fomos destinados. Esquizo condição deste que vos fala: Trabalhar para algo que é condenável. Mas não há volta: A Escola nos destrói mas não existe alternativa a ela e é pior sem ela. Porque o homem natural está morto. Sem a escola não haverá a volta a pureza-verdade-natural.
A natureza foi morta. Animais viraram máquinas ou palhaços. Não podemos ver uma árvore como ela é. O que vemos é a ideia do que seja uma árvore. Eis a maldição da escola e da razão: Não podemos ver o que é. Vemos aquilo que fomos ensinados a ver. Não amamos. Sentimos uma coisa que aprendemos a chamar de amor. Enquadrados, domesticados, vivemos racionalmente. Razão que não existe. Cremos no inexistente. O que chamamos de razão é costume, domesticidade, castração.
Uma criança brinca. E para ela uma maçã é viva. Como viva é a pedra e a floresta que grita. Se a razão nos fala que uma pedra não pode ser viva, uma criança nos recorda que acreditar na vida pressupõe vê-la em tudo. Porque quem está vivo vê a vida ao ver-viver. E vê sem ler. Olha.
Mas nós matamos essa vida e a enquadramos em linhas retas na página de papel. E tudo o que aquela criança via-antes morre nessa linha-agora. E toda a vida que ela brincava cessa ao aprender que a vida é uma coisa.
Quanta coisa no mundo não tem nome!
Quanta vida na vida sem razão!
E o iluminista, vomitando regras e ditando verdades, tudo em nome da razão que ele confunde com liberdade ( que asneira! ), morre seco em suas aspirações ao bom e ao belo. Kant matou todos eles! A razão nada pode saber. Ela só entende aquilo que ela própria constrói. Coisas da razão. Brinquedos de adultos.
O sublime aterroriza a razão e o iluminista. O infinito, o vasto, o desmedido. A morte.
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Foram aulas sobre esse filme sublime. Onde aprendi a raiz romântica de Herzog. E de Wenders e de Schlondorff.
O ódio, sim, o ódio que eles têm da ordem, da regra, do comum, do burguês.
Anões, anjos, bestas, doentes, velhos, macacos, o fora de lugar, o inutil, a criança. Isso que eles amaram.
Kaspar nasce ao sair do porão. E indaga, brinca, incomoda, não aceita. Parte.
Queres saber do sublime? Eis o filme.