Acredito que as coisas acontecem na hora em que amadurecem. E também, se não for assim eu jamais vou ter como saber. A gente ama na hora em que tudo nos preparou para isso. E eu descobri Avalon, a canção, no momento exato. Era uma tarde fria, cinza, e eu estava sózinho no quarto vendo um programa de video-clips. Em meio ao abundante lixo da época ( Journey, Reo Speedwagon, Styx, Pat Benatar ), eis que algo alienígena aparece: Roxy Music com Avalon.
Eu conhecia o Roxy de outros carnavais. Até então, eles eram pra mim uma banda esquisita, indefinida, que me lembrava meus 15 anos de idade. Nem sabia deles, o que eu ouvia muito naquele tempo era Prince, Bowie e Reggae. Mas desde o momento em que escutei aqueles acordes suaves de teclado, uma percussão latina meio sei lá o que, e o vocal que falava de bossa-nova e de samba... as coisas se encaixaram. A melodia e a letra falavam o que eu vivia naquele instante exato. Acabara de entrar na faculdade e estava fascinado pelas pessoas, pelas festas e começando a me apaixonar. E paixão pra mim sempre foi assim: eu sinto a paixão sem saber direito qual a menina que a despertou. Depois eu descubro...
O segredo da fase final do Roxy ( e dos melhores momentos de Bryan solo ), é o fato de ser uma das poucas coisas do pop que casa bem com o universo adulto de Sinatra e Gershwin. O som nada tem a ver, Bryan seria um garoto pouco viril ao lado de Frank, mas há um clima de paixão sábia, de sofisticação em arranjos e timbres, um cuidado elegante e principalmente, uma tentativa de sair dos excessos emocionais do rocknroll. Avalon é essa tentativa de cool, de elegancia e de maturidade.
E sempre recordo de uma amiga me dizendo ao ver Bryan: "Que estranho... esse cara não parece ser do rock... ele parece...um homem."
Avalon é sobre tudo isso.
Eu conhecia o Roxy de outros carnavais. Até então, eles eram pra mim uma banda esquisita, indefinida, que me lembrava meus 15 anos de idade. Nem sabia deles, o que eu ouvia muito naquele tempo era Prince, Bowie e Reggae. Mas desde o momento em que escutei aqueles acordes suaves de teclado, uma percussão latina meio sei lá o que, e o vocal que falava de bossa-nova e de samba... as coisas se encaixaram. A melodia e a letra falavam o que eu vivia naquele instante exato. Acabara de entrar na faculdade e estava fascinado pelas pessoas, pelas festas e começando a me apaixonar. E paixão pra mim sempre foi assim: eu sinto a paixão sem saber direito qual a menina que a despertou. Depois eu descubro...
O segredo da fase final do Roxy ( e dos melhores momentos de Bryan solo ), é o fato de ser uma das poucas coisas do pop que casa bem com o universo adulto de Sinatra e Gershwin. O som nada tem a ver, Bryan seria um garoto pouco viril ao lado de Frank, mas há um clima de paixão sábia, de sofisticação em arranjos e timbres, um cuidado elegante e principalmente, uma tentativa de sair dos excessos emocionais do rocknroll. Avalon é essa tentativa de cool, de elegancia e de maturidade.
E sempre recordo de uma amiga me dizendo ao ver Bryan: "Que estranho... esse cara não parece ser do rock... ele parece...um homem."
Avalon é sobre tudo isso.