ANDRÉ FORASTIERI E O ROXY MUSIC

Jamais eu esperaria que Forastieri tecesse odes aos Roxy. Mas sim!
Lí ontem isso. Ele escreve sobre uma coleção de rock, encartes de jornal com cds, que ele foi incumbido de escrever, e que deu em nada. A foto que ele usa para ilustrar esse texto é do Roxy. Ferry, Eno, Manzanera, MacKay e Thompson em 1973. E André diz: "Uma história do rock sem o Roxy Music é inimaginável. Por isso os coloquei no começo deste post."
André Forastieri no começo dos anos 90 era o cara dos escritos sobre rock. Texto de fã, cultura de jornalista sério. Mas nunca pensei que ele gostasse do Roxy. O que me leva a dizer que existem certas coisas que têm que acontecer. E que qualquer pessoa que realmente ame música pop ou rock vai um dia topar com os caras de lamê e botas espaciais, os Roxy.
Porque tudo que é feito agora é filho pobre do Roxy. Tudo. De Lady Gaga à bandinha mais obscura da Islandia. O rock será pensado em termos de visual/ironia e glamour decadente. E se falará de amor/festa/beleza. E do romantismo caleidoscópico de uma época que tudo oferece e nada doa. Se repetirá aquilo que o RM já dizia e experimentava, tanto tempo atrás....
Mas, o que é o tempo para uma banda que é maior que o contar de dias e noites?
Ferry é o protótipo de todo cantor que se entrega aos fãs com frio sofrimento e alegre distanciamento. E o som da banda é a mistura de soul/rock e eletrônica que é o que existe agora e desde 1979.
Filhos do Roxy Music, eu vos desprezo a todos.
Roxy Music, eu vos amo.