MAMMA MIA!/MYRNA LOY/POWELL/PETER WEIR

Freeway de mathew bright
o que leva alguém a fazer tamanho lixo? feito por imbecis e recomendado a retardados.
Pic nic na montanha encantada de peter weir
primeiro filme da digna carreira de weir. e que filme! é de longe seu melhor trabalho e o assistí por recomendação do grande crítico roger ebbert. muita sensualidade ( sem nenhuma nudez ), na história de uma excursão escolar onde 3 alunas desaparecem. a austrália nunca foi filmada de modo mais bonito e mais assustador. o filme tem algo de muito oriental, muito ancestral, muito profundo mas é de uma simplicidade chocante. nota 8.
Ensaio sobre a cegueira de meirelles.
fui raptado e levado ao cinema para assistir esta coisa enfadonha. excelente sonífero de um diretor que se revela um grande chato. cidade de deus foi um acidente ( talvez seus méritos fossem unicamente a fotografia e a edição ). nota zero.
Linha de passe de walter salles.
o cinema de salles é extremamente conservador. ele faz filmes que remetem a de sica e o bunuel do méxico. em seu cinema nada surpreende, todos são bacanas e de coração puro ( mesmo os maus têm pureza ). ele é um disney dos estudantes de sociologia. nota 3.
Longe dela de sarah polley com julie christie.
maravilhoso. polley dirige com maestria este filme de tema tão duro e tratado de maneira sóbria e adulta. podem escrever : assim como previ que keira knightley era a nova meryl streep ( oscars certos no futuro próximo ) e que joe wright é um diretor que construirá uma grande obra; prevejo um futuro brilhante para esta ótima diretora. julie dá show, mas isto é o esperado. nota 7.
Mamma mia!!!! philida lloyd com meryl streep
que delícia! existir um filme como este é um atestado de que as pessoas ainda sabem sorrir. que prazer ver meryl atuar! como ela é maravilhosa, uma atriz que nos deu tanto!!! que bela banda pop o abba foi e que maravilhosa ironia eles serem tão cult enquanto rush, genesis e yes estão totalmente esquecidos. o filme é chacrinha em seus melhores dias. nota 7.
O centro do mundo de wayne wang
gosto muito dos filmes de wang. mas este... insuportávelmente maneiroso. nota 1.
Desejo voce de michael winterbotton com rachel weisz
este diretor tem algum talento, mas para seu mal ele carrega os piores vícios de sua ( minha ) geração: preguiça, pretensão, muita tv e pouco livro. este filme tem os primeiros 30 minutos muito bons, mas ele é tomado pela falta de convicção e naufraga em tédio mortal. nota 4.
Uma leitora particular de michel deville com miou-miou
afetadíssima fita de arte sobre o prazer erótico que há na leitura. nota 2.
Casado com minha noiva de jack conway com jean harlow, spencer tracy, clarck gable e myrna loy.
um jornalista inventa uma história falsa sobre herdeira. temendo o processo, ele faz com que essa falsa notícia se torne verdade. para isso contrata um malandro que deverá seduzir a herdeira. era este tipo de bobagem que roteiristas geniais transformavam em deliciosas comédias nos anos 30. tudo acontece em ritmo de correria, as falas são vomitadas como metralhadoras e os atores fazem aquilo que seus fâs esperam: harlow é bonita e burrinha, spencer é agressivo e frio, powell é fino e levemente alcoolizado e loy é linda e esperta. diversão garantida para quem procura escapismo inteligente. nota 8.
Contos de hoffmann de michael powell.
powell é o diretor que martin scorsese mais admira. e é, ao mesmo tempo, o menos parecido com martin. durante os anos 40/50, powell fez uma série de maravilhosos filmes fantasiosos na inglaterra. filmes caros, luxuosos, metidos a grande arte e que nos anos 60/70 se tornaram símbolo de tudo aquilo que o cinema não deveria ser: gigantesco. Na década de 80, scorsese promoveu uma mostra no moma de seus filmes e nasceu aí a recuperação do nome de michael powell. hoje ele é considerado um dos grandes e o melhor cineasta que a inglaterra já possuiu ( visto que hitchcock é apátrida ). este filme é a transposicção de uma estupenda ópera para a tela. sim! uma ópera. filmado em forma de sonho, com a fotografia maravilhosa que powell sempre apresenta, o filme é um longo poema sobre a dor de amar. nos dá um imenso prazer, uma euforia visual e a sensação de atemporalidade absoluta. lindo, antiquado, datado e arrogantemente metido. soberbo. nota dez.