anos 30

Conversando com minha amiga Marília ( grande fã do cinema dos anos 70 ), tomo consciencia do prazer imenso que devo ao cinema dos anos 30. Sim, dos 30! Pois assim como o melhor teatro foi escrito entre os séculos xvi e xvii e a melhor filosofia pelos gregos de séculos antes de Cristo; o cinema mais prazeroso foi feito em sua tenra juventude.
Bastaria dizer que foi nos 30 que se filmou o que vale a pena dos irmãos Marx ( e quem não idolatra Groucho, Chico e Harpo é um cretino ao cubo ). Mas os 30 ainda têm W C Fields, Mae West, Lauel e Hardy e os filmes de horror da Universal.
É a década de Fred Astaire e de Busby Berkeley; das screwball comedies de Hawks, MacCarey e Stevens; da elegância de Cary Grant e Gary Cooper; das loucuras kitsch de Von Sternberg; dos filmes de gangster da Warner com Cagney, Robinson e Raft; do melhor Tarzan; dos mais fortes Lang; dos sofisticados Lubistsch e Mamoulian; do começo sério de John Ford e do Hitchcock inglês; Chaplin faz seus melhores filmes e temos Capra e Clair.
É aqui que a série do Pernalonga nasce e Betty Boop, Disney e Popeye. Um cinema adulto, alegre, vivo, muito inteligente, ágil, inspirador. Tempo de Gable, Harlow, Garbo, James Stewart e Henry Fonda, Bette Davis e Kate, Spencer Tracy, Errol Flynn criando os filmes de piratas, Marlene, William Powell e Barrymore, Myrna Loy, Bogart e tanta gente mais... ou melhor, tantos mitos...pois são os 30 o Olimpo do cinema, o mundo dos ícones, dos modelos eternos, do Forever and Ever...