MAIS UMA DESCOBERTA DA CIÊNCIA QUE TODO MUNDO JÁ SABIA DESDE SEMPRE

   Então a ciência descobriu que a cidade nos deixa nervosos? Que puuuuuxa!
   Através de experimentos descobriram que quando olhamos para coisas feitas pelo homem, que tenham a marca da mão humana, nosso cérebro fica excitado. Isso porque tudo que é humano é entendido como desafio e como coisa que deve ser "lida e entendida". A parte mais "para fora" de nosso cérero fica ativada e circuitos se acendem.
   Quando olhamos coisa da natureza, sem o toque humano, nosso cérebro repousa e se volta sobre si-mesmo. Ele entra em camadas mais profundas e passa a funcionar como por instinto e intuição.
   Algo de novo? A única novidade, como sempre, é que agora temos embasamento de algum doutor sobre alguma coisa que todo caipira como eu sempre soube.
   Abomino prédios, avenidas, carros, porque me obrigam a sair de mim, não no sentido egoísta do termo, mas a largar meu lado mais introspectivo, sensível, livre. Passo a ser assediado por apelos ásperos que me levam a ter de ficar alerta, ligado, rápido e superficial, Acordado. Vigilante.
    Para alguém que foi criado cercado por sons naturais ( cantos de pássaros, vento nas folhas, latidos, piados de galinhas, trote de cavalos, cigarras cantando ), sair desse mundo redondo é quase como morrer. Ou deixar morrer um tipo de mundo.
    Óbvio.

JOÃO PEREIRA COUTINHO E O MAL ( HITCHCOCK )

    João Pereira Coutinho escreve na Folha sobre o fascínio da obra-prima Os Pássaros de Hitchcock. Conta que por mais que críticos e psicólogos, filósofos e cinéfilos tenham discutido o filme, nunca ninguém conseguiu dar uma razão para a agressão das aves. Porque elas se tornam más? Coutinho aproveita para escrever sobre o mal. Hitchcock não dá pista alguma, ou melhor, afirma que o mal não tem motivos.
   Seja o "anjo negro", a sombra mal aceita, a pulsão de morte ou o equilíbrio Divino, todas essas pseudo-explicações para o mal nada explicam. São apenas nomes, e como todo nome, é arbitrário. São modos de se tentar pacificar aquilo que nos angustia, a inexplicável ocorrência da maldade. O mal acontece, nasce, domina e se vai. Porque? Matar como vingança não é O Mal, o Mal é matar sem motivo. Atacar sem provocação, e é isso que acontece no filme.
   Coutinho não resiste a dar a explicação mais usada, a de que os pássaros simbolizam a maldade feminina. Hitch, que temia as mulheres, faz deles arautos da mulher ( Tippi Hedren ) que chega a ilha do filme. Mas Coutinho mostra o quanto essa tese é arbitrária, depende de se desejar aceitá-la, ou não.
   Esse o segredo da modernidade eterna de Hitch, do fato dele ser o mais visto dos diretores clássicos. Ele nada explica, não dá motivos. Todos os personagens são neuróticos, todos agem de forma doida, mas nada tem explicação. Ele evita a ciência, evita toda cena explícita. Nada de gente lavando as mãos até sangrar, nada de drogas ou alcóol, o mal surge em meio a normalidade, a rotina é aparentemente normal, mas o mal, O Mal inexplicável sempre está lá, dando sua cor sombria a cada ato.
   Os Pássaros é considerado um Hitch de segundo nível. Não acho. Ele é tão grande quanto Vertigo ou Janela Indiscreta, tão divertido quanto Intriga Internacional ou Os 39 Degraus. Hitchcock é o maior dos mestres por conseguir unir, em doses iguais, a diversão Pop e a alta arte. Agrada ao povão e aos metidos.
   Mais um bom texto de Coutinho.

ROMANCES DE AMOR

   Como fiz vários posts sobre o Amor em música, falo agora de livros, poucos, que trazem memórias de amor.
   O primeiro de minha vida foi Tom Sawyer. Sim, isso mesmo, o amor de Tom e Becky, o primeiro beijo. Incrível mas eu lembro do exato momento em que li sobre esse beijo: aos 9 anos, debaixo de bananeiras no quintal de casa. Muito calor. Antevi aí meu futuro primeiro beijo. Só não pensei que fosse demorar tanto.
   Depois o namoro de Peter Parker e de Gwen Stacy e então os grandes romances.
   David Copperfield com Dora, quando ela morre, a primeira página que me fez chorar ( no quarto, lendo de madrugada ). Em seguida o mais perfeito dos romances sobre o amor, O Morro dos Ventos Uivantes, Heathcliff e Catherine, o amor como maldição, como sina, o amor que é dor para sempre. O máximo do romantismo fatalista, um cataclisma na minha mente e alma. O cenário perfeito ( vento frio em campos pantanosos ) a mulher perfeita e o homem "mal" que esconde sua ferida.
   Tudo que veio depois foi menos forte. Jake e Lady Brett no Heminguay de O Sol Também se Levanta, o amor impotente, amor irrealizável em meio a fiesta da Espanha. Os amores nas obras-primas de Stendhal, O Vermelho e o Negro e A Cartuxa de Parma, amores irônicos, amores que são como atuações que convencem o próprio ator. E escritos com a maestria do maior estilista.
   O amor simples de Kitty e Lievin em Anna Karenina, pois o amor de Anna e Vronsky nunca foi para mim o centro da obra, mas sim o amor de Lievin, que descobre a perfeição na simplicidade de sua mulher. A felicidade nasce após a morte em vida do aturdido Lievin.
   Ofélia e Hamlet...Esse amor continua um enigma, pois é impossível saber quem foi Hamlet e porque Ofélia o amava. O desagradável Hamlet.
   Os amores dos livros de Jane Austen, tímidos, convencionais, trêmulos e hesitantes. A doce alegria de seus finais práticos, finais que na verdade são elogios ao pragmatismo. Ler Austen é amar suas heroínas e admirar os falsos tolos que são na verdade seus heróis.
   Gatsby e sua tragédia. O desajustado que não percebe seu desajuste. O amor como miragem de beleza. Impossível.
   Não posso negar a importãncia de A Insustentável Leveza do Ser. Hoje percebo suas falhas, mas na época, anos 80, Tereza foi musa para mim. Aliás, era esse seu nome? Well...Kundera foi por algum tempo um herói.
   Estranho....poucos livros me marcaram como 'livros de amor". Falar de Henry James como autor amoroso é absurdo. A questão amorosa é centro de suas obras-primas, mas aquilo é mesmo amor? São personagens tão auto-centrados que fica dificil levar aquele sentimento a sério. Amor? Será? Solidão seria mais correto dizer.
   Na verdade meus livros de 'amor" são os poetas. E deles ( Keats, Shelley. Blake, Lorca, Yeats, Rilke ) não vou falar. Estou discorrendo sobre a prosa.
   Então nada de Dante e Beatriz.
   Volto a Tom Sawyer. O beijo e amor por Becky é parte de um todo. Tom faz estrepulias, foge de casa, recupera dinheiro roubado, briga, se perde em mina abandonada. E ama à Becky cada vez mais. Esse é o roteiro ideal de uma boa história de amor. O arcabouço foi criado a mais de 3000 anos, na Grécia. E não se fez até aqui uma base melhor. O herói que ama e parte, prova sua grandesa e retorna ao amor.
   É isso.

POEMAS TRADUZIDOS POR PAULO VIZIOLI, WILLIAM BUTLER YEATS

   " Da briga do homem com outros surge a retórica, da briga dele consigo mesmo surge a poesia".
   A briga entre o sonho e a realidade. A briga entre a aristocracia e a democracia. A briga entre a eternidade e o tempo. Os temas de Yeats são esses. Ele parte da fantasia pura e chega ao realismo do banal. E então consegue a síntese.
   " O talento percebe as diferenças. O gênio vê a unidade."
   Yeats une a democracia a aristocracia e a fantasia a realidade. Consegue nos exibir a verdade da imaginação e a magia da banalidade. Aristocratas se fazem os homens do povo e democratas os nobres e os mitos. O poeta chegou onde sempre quis. "A síntese feita a marteladas".
    Tradução maravilhosa de Paulo Vizioli.

OS PUNS DE ANITTA

   Amigos no Facebook comentam indignados a matéria do Faustão sobre Anitta em que ela se revela a rainha do "Pun na Van".
   Eu já falei tanto sobre isso....vamos lá again!
   Em 1977 a Globo exibia na faixa nobre das 21 horas óperas de Wagner e peças de Gogol. Porque?
   O Brasil era então um país tão pobre, tão injusto, que a TV só mirava a elite. Simples assim.
   ( Otimistas gostam de dizer que a TV de qualidade se encontra em canais a cabo. Eu pergunto: Quais? O que vejo são séries banais, draminhas óbvios e muita violência. Downtown Abbey, que é legal, se comparada a Brideshead Revisited perde de lavada. Os canis HBO ou Fox não são absurdos como a Rede TV, mas estão longe de O Capote ou O Navio Fantasma ).
   Hoje TUDO é voltado a classe C e D. E mesmo o cinema americano se voltou para chicanos e o povo da China e India. Ah, mas há o cinema "de classe", aquele de Woody Allen, Scorsese, PT Anderson e fora dos EUA aquele de Von Trier ou de Almodóvar. Weeeellll....
   Woody Allen se vulgarizou. Seu último filme "adulto" foi Desconstruindo Harry. Depois ele só fez filmes Pop para teens. Alguns bons, como Todos Dizem Eu Te Amo ou Barcelona, mas nada com os riscos e a ousadia de Manhattan ou Hannah. Idem para Scorsese e nem preciso falar de Almodovar. Von Trier faz filmes "de arte" para jovens impressionáveis do cursinho pré-USP. Os títulos são peças de marketing planejado e tudo é cópia de alguma cópia copiada de outra cópia. Vazio de ideias, vazio de sutileza: Jeca.
   Anderson tenta bravamente, mas quem o vê?
   O público C e D quer filmes tipo Marvel, comédias com puns e mais 007.  Nem para comédias românticas eles possuem sensibilidade. Quanto ao outro público, no qual me incluo, temos filmes saudosistas ou filmes de "arte" sem arte nenhuma. Arte sem novidade, sem ousadia formal ou relevânca histórica. Veja a encruzilhada: como surgir uma nova geração original, se o público nada quer saber de história, de arte ou daquilo a que não está acostumado?
   Teremos cada vez mais puns e Anittas. O sensacionalismo de corpos dilacerados, frases sobre o vazio e cenas cheias de "dor e sofrimento". TV e Cinema que nos educam, nos educam para a vida como ela é: cruel e chata. ( Ela não é cruel e chata, mas fizeram dela essa chatice sangrenta ).
   Estou sendo amargo? Não, pois ainda me divirto, e muito, com um monte desse lixo. A sanidade está em não se deixar enganar. Distanciamento irônico. Adoro O Rei dos Patos, Downtown Abbey, Ronnie Von ou Kitchens Nightmare. Mas sei o que são: passatempos irrelevantes. O perigo está em formadores de opinião encantados com o lixo e o chamando de "arte". Pura babaquice.
   A democracia tem um preço. É bom ver toda a população com seus programas. Mas é esquisito pacas ver gente sem referência de comparação chamando Friends de clássico da nossa cultura ou Dr, House de obra-prima. São ok. Às vezes adoráveis. Mas devemos sempre ter em mente, são pobres e ralos.
   Resistir até onde der. Manter a cabeça fora da bosta. Ironizar. Não aceitar os puns, as cabeças decepadas e as neuroses esfregadas em sua cara. Manter o pudor.
    É isso.

VIOLÊNCIA

   A vida é violenta. Toda vida. Violência que tem sentido, a sobrevivência. O mundo do homem sempre foi violento, mas essa violência, pública ou privada, sempre foi sinal de um sentido. Voce pode discordar da feiticeira queimada em praça pública, pode abominar os cristãos comidos por leões em arenas romanas, mas toda essa dor, todo esse sangue tinha um sentido. Preservar um status quo. Violência que tinha seu ritual, suas regras. Isso se traduzia na guerra. Existia uma coisa chamada Campo de Guerra. Quando Hunos ou Godos ignoravam essas regras de guerra eram imediatamente considerados bárbaros. A guerra tinha um limite, como a violência tinha seu lugar.
   Quando o exército alemão aniquilou a cavalaria polonesa uma regra de ouro foi quebrada. Foram tanques e metralhadoras esmagando cavalos e sabres, uniformes de gala e estandartes. A violência deixa de ter ritual, ética e limite. Não se deseja mais a captura da posição inimiga. Não se deseja mais a captura do inimigo. Deseja-se a aniquilação absoluta.
   Hoje fomos completamente educados para a violência. Ela não nos deixa mais chocados. E pior, ela existe como um fim em si-mesma. Não a utilizamos a contragosto, ela faz parte da coisa. Observe este exemplo...Em filmes antigos a cena violenta só aparece em extrema necessidade. O sangue não precisa ser mostrado, o tiro é quase escondido. A violência está lá, mas nunca é o centro do evento. Hoje o centro é o sangue, a tripa que salta, a dor.
   Tudo então se torna violencia pura. O video-game não pede estratégia, ele apenas quer tiros e reflexo, adrenalina. As ruas têm cenas de violência que já nada produzem de indignação.
   Mudo o texto.
   Na sala ao lado acabo de ouvir que uma certa cantora novata fazia com que seus músicos na van escutassem seus puns. Isso é dito num programa em rede nacional. Isso é a tal violência não percebida. Não o ato da cantora, mas o fato de termos de ouvir tal história. Dessensibilização.
   Volto.
   É isso.

Day After Day (Original Video clip)



leia e escreva já!

The Jesus And Mary Chain - Just Like Honey (Official VIdeo)



leia e escreva já!

ALISON, EVEN FALLEN IN LOVE, JUMP!

Elvis Costello-alison/ Buzzcocks-even fallen in love/ Aztec Camera- jump!/ Caetano Veloso-trilhos urbanos/ Caravan-golf girl/ Box Tops- the letter/ 10CC- i'm not in love/ Boston- more than a feeling/ Tim Buckley- song for a siren/ Badfinger- day after day/ David Bowie- life on mars/ Beach Boys- california girls/ Beatles- something/ Fred Astaire- never gonna dance/ Charles Trénet- la mer/ Joe Cocker- delta lady/ Kate Bush- whutering heights/ Cocteau Twins- ivo/ Jeff Beck Group- morning dew/ Tower of Power- so very hard to go/ Eric Clapton- bell botton blues/ Lloyd Cole- charlotte street/ Crash Test Dummies- the psy/ Creedence Clearwater- long as i can see the light/ Tom Jobim-wave/ Donovan- mellow yellow/ Bob Dylan- lay lady lay/Dave Edmunds- girls talk/ The Faces- debris/ Fairport Convention- man michael/ FourTops- i'll be there/ Fun Boy Three- our lips are sealed/ Dorival Caymmi- marina/ Stevie Wonder- you're the sunshine of my life/ Al Green- belle/ Human League- fascination/ Incredible String Band- queen juanita and her fisherman lover/ Chris Isaak- san francisco days/ Jesus and Mary Chain- just like honey/ Gladys Knight and The Pips- for once in my life/ The Flying \Burrito Brothers- sin city/ Tom Petty- the waiting/ Pretenders- message of love/ Otis Redding- that's how strong my love is/ The Modern Lovers- pablo picasso/ Simons And Garfunkel- bookends/ Smashing Pumpkins- 1979/ Kevin Ayers- may i ? / The Righteous Brothers- unchained melody/ Frank Sinatra- someone to watch over me/ Harry Connick- it had to be you/ Dusty Springfield- the son of a preacher man/ Rod Stewart- mandolin wind/ Stephen Stills- love the one you're with/ Style Council- the paris match/ Temptations- i wish it would rain/

WILLIAM BUTLER YEATS- THE SHADOWY WATERS

   Marinheiros no mar. Querem matar o capitão que está fora de sua razão. O capitão vê pássaros que anunciam amor. Pássaros com cabeça de gente. Um barco para ser pilhado. Atacam.
   O capitão está em outro mundo. Ele procura uma mulher SEM SOMBRA. Do navio trazem uma rainha que prefere morrer a ser tocada. O capitão pensa ser ela a mulher que ele espera. Mas logo vê que ela tem sombra.
   Os espíritos e os pássaros ajudam e ela é enfeitiçada. Ela o deseja. Mas ele sabe que não é ela.
   Essa a peça.
   O capitão fala...Porque sonhamos com o amor perfeito? Se ele não existisse não sentiríamos sua falta. Temos o direito de o procurar. De sonhar com ele.
   Mas o capitão se decepciona, mais uma vez.
   O barco singra mar afora. Os homens querem seu ouro e a rainha, vencida, quer o capitão.
   E ele vê os pássaros que falam com ele. E quer a mulher sem sombra.
   Yeats amou uma mulher que era toda sombra. E depois se casou com uma que era pássaro que sonha. Ele sabia do que falava. Seus versos procuram a luz. Vivem nas sombras. E singram.
   Bela tradução de Paulo Mendes Campos. Livro que é um dos meus tesouros. Seis peças de Yeats. Guardo o livro no peito. Faz parte de mim. Reler.

DREAM WEAVER, OCEAN RAIN, LUCKY MAN...

Gary Wright- dream weaver/ Echo and The Bunnymen- ocean rain/ The Verve- lucky man/ Foo Fighters- walking after you/ REM- talk about the passion/ Queen- somebody to love/ Steve Mac Lean- you and me/ Jorge Ben- amante amado/ Cat Stevens-oh very young/ Cliff Richards-delilah/ Tom Jones-whats new pussycat?/ Nancy Sinatra- you only live twice/ Double-captain of her heart/ Marc Almond- you only live twice/ Ringo Starr-photograph/ Ronettes-be my baby/ Otis Redding-pain in my heart/ Velvet Underground- pale blue eyes/ T.Rex- slider/ Pretenders- brass in pocket/ Joy Division- love will tear us apart/ Blind Faith- can`t find my way home/ Stevie Wonder-i dont know why/ Marvin Gaye- let`s get it on/ Sly Stone- time/ Smokey Robinson-the tracks of my tears/ Elvis Presley- suspicious mind/ Everly Brothers- bye bye love/ Bruce Springsteen- tunnel of love/ Roy Orbinson- only the lonely/ JOHNNY CASH- I WALK THE LINE/ Led Zeppelin- i`m gonna crawl/ Pink Floyd- us and them/ Beatles- and i love her/ Roberto Carlos- detalhes/ RAY CHARLES- I CAN`T STOP LOVING YOU/ Minnie Ripperton- lovin you/ Elton John- Roy Rogers/ Wings-bluebird/ Roxy Music-just another high/ David Bowie- kooks/ Bob Dylan- sarah/ The Flamingos- i only have eyes for you/ Harold Melvin- the love i lost/ Bee Gees- how deep is your love/ Barry White- the first, the last, my everything/ Stylistics- you make me feel brand new/ The Floaters-  float on/ Renaissance- can you understand?/ Eric Clapton- have you ever loved a woman/ Robert Johnson- love in vain/ THE ROLLING STONES- NO EXPECTATIONS/ Traffic- no face, no name, no number/ The Cars- you can`t hold on too long/ The Knack- my sharonna/ Madness- yesterday`s man/ Demis Roussos- rain and tears/ Annie Lennox- a whiter shade of pale/ Tanita Tikaran- twisting my sobriety/ QUESTION MARK AND THE ?- 96 TEARS/ Cowboy Junkies- sweet jane/ Prince- take me with you/ Chris Isaak- somebody`s cryin`/ Kevin Ayers- lady rachel/ Gram Parsons- christine`s tune/ Fleetwood Mac- never goin back again/ Donovan- jennifer juniper/Abba- dancing queen/ Sam Cooke- another saturday night/ Visage- night train/ Culture Club- make mistake number three...

O MUNDO DEVERIA OUVIR MAIS CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL

   O mundo deveria ouvir mais Creedence Clearwater Revival. E se voce quer que eu explique o porque disso, bom, então voce nunca vai entender.