ASPECTOS DO MASCULINO - C.G. JUNG

Li este e o outro volume, o que fala sobre os aspectos femininos. Para mim não foi uma leitura muito instigante, isso porque os dois volumes são coletâneas editadas de Jung sobre o tema da força masculina e feminina no inconsciente. Anima, a força impessoal feminina que habita o inconsciente do homem, e o animus, equivalente da mulher, sendo essa uma força masculina. Grosso modo, é o lado mulher que habita a psique dos homens e o lado homem que vive na psique da mulher. Mas não vulgarize, meu lado feminino não é um eu travestido de mulher, nem mesmo é um eu mais sensível. A Anima não é uma pessoa, é, como o inconsciente, um espírito coletivo, comum a todos, puro instinto, puro hábito, pura força sem começo e sem fim. Anima que não fala, não se vê, que age como natureza, não humana e também super humana. É o desejo que sentimos pela MULHER, aquela imagem feminina que não tem rosto ou voz, a síntese de todas as mulheres e que é nenhuma sendo tudo. Procuramos em toda mulher essa MULHER e não a encontramos, pois ela vive dentro de nós mesmos, é a força que nos faz viver. Não é o que nos falta, pois ela é nós mesmos, mas é o que queremos encontrar. ------------------ Jung, como sempre faz, cita milhares de referências, filosofia hermética acima de tudo. Hermes-Mercúrio, como símblo de transformação, pois o encontro com a anima transforma o homem de dentro para fora. Jung enfatiza a necessidade desse encontro, do entrar dentro para poder haver a individuação, o encontro consigo mesmo que faz de um homem natural um homem ele-mesmo, um homem racional. Para isso é preciso criar uma ponte que faça o inconsciente ser entendido e assim reavivar toda a força da vida. ---------------- Pois vive no mais fundo caminho a força que criou vida e que existirá para sempre. Eis um tema junguiano: o inconsciente é a digital, eterma e imaterial, do criador, seja ele Deus, deuses ou o que for. O inconsciente é portanto imortal, pois ele existe em toda vida e a vida existirá após a minha ou a sua morte. Meu inconsciente, como minha anima, é igual a sua, pois ela é a sua. Apenas a sinto diferente de voce, pois é meu ego que a percebe ou a nega, e meu ego, que perecerá, sou eu e não voce. Minha história é meu ego, minha memória consciente é meu ego. O que não é ego é eterno, ou seja, a história da vida, a memória da vida, o tempo da vida. ---------------- Jung foi um suiço de língua alemã, portanto impregnado de filosofia alemã. Schopenhauer é uma influência imensa, como foi em Freud, mas Freud pega de Schopenhauer o conceito de Vontade como força que move a vida e o transforma em libido. Jung é mais sutil, ele mistura Kant e faz da vontade uma força inconsciente sem nome, uma espécie de vida surgida antes da vida, um imperativo. ----------------- Sempre bom o ler.

ANOTHER TIME, ANOTHER PLACE

leia e escreva já!

SOBRE A TV

Estava vendo um programa de culinária na TV. Oberve, não é gastronomia, é culinária. Uma senhora cozinha um peixe e leva quarenta minutos nisso. Com vagar, ela corta os ingredientes, dá a lista, cozinha. É quase impossível voce não aprender a fazer o tal peixe. ------------- Em outro canal, americano, 3 chefes disputam um prêmio. O que vemos? Uma sucessão hiper editada de facas que cortam, panelas sendo colocadas ao fogo, liqueidificadores triturando, relógio que corre. Nessa confusão nervosa, é impossível voce aprender a cozinhar aquilo que eles fazem. Então porque voce assiste tal programa? Porque ele dura apenas 15 minutos. Porque ele parece correr. PORQUE ELE TEM O RITMO DA MINHA VIDA HOJE. E assim não me causa estranhamento. Ele é apenas um ruído de fundo que eu observo sem ver. ------------------- A TV nunca foi tão sem razão de ser. Ela não serve para mais nada. Não informa, não forma, não diverte também. Ela se assumiu como aquilo que sempre foi, um eletrodoméstico, um aparelho que emite som e cor e para o qual olhamos como quem olha a janela. Um olhar apagado de quem nada tem para fazer. ------------------ Um casal pelado sobrevive no mato por 21 dias. O que eles fazem ? Sofrem. Só isso, sofrem. As pessoas observam aquilo sabendo que não irão morrer, mas vão sofrer. Caso voce não saiba, LARGADOS E PELADOS é o cinema de aventura em sua pobreza máxima. O casal de herois colocado numa situação de perigo controlado. O enredo previsível. O final de alívio. Venceram. Aventura sem enredo. Personagens sem caráter. Atores sem atuação. Um esqueleto. --------------- Assim como é o BBB, caso voce não saiba, um grupo de pessoas interagindo num espaço restrito é o Teatro levado também à sua máxima pobreza. --------------- Tudo hoje é assim, quando não é pior. Pessoas reformando casas. Gente consertando carros. Documentários em que o documentarista é mais importante que o tema do documentário. ( O tema passa a ser o homem que faz o doc e não aquilo que ele mostra ), programas de viagem em que a paisagem é hiper editada, quando não tapada pelo rosto do apresentador que nos diz como aquele lugar é lindo ( mas tudo que vemos é seu rosto olhando a paisagem ). Dessa mixórdia de programas, são doze canais, a impressão que fica é que além de tudo ser barato, pobre, rasteiro, são programas que não só apresentam algo, como também USUFRUEM DO QUE É MOSTRADO. É como se ao espectador nem mais fosse dado o direito de ver e ouvir, apreciar e tirar conclusões, pois eles mesmos fazem isso por nós. ------------- Por isso hoje se mostra o cozinheiro comendo o que fez, o apresentador elogiando o programa onde ele atua, o BBB sendo um personagem que não é dubio pois é ele mesmo. É uma TV sem ficção, onde até mesmo aquilo que se apresenta como ficção tem de ser baseada em fatos reais ou ser uma biografia de uma vida dita real. --------------- Uma das mais belas características do homem é a ficção. Conseguimos criar algo do nada, inventar algo que não existia e fazer com que um grupo de pessoas participe de nossa invenção. Não mais. Pois mesmo quando uma completa ficção como Batman ou Conan são feitos, não é mais uma invenção que surge do nada, é uma produção baseada numa invenção que já se tornou fato cultural. --------------- Estaremos perdendo o dom de criar e de crer na criação?

O PRETO E O BRANCO

O que vejo é uma pele negra, e nada mais que isso. Tal característica nada significa para mim e nunca nada importou em minha vida. Basta raciocinar: Se voce diz que te devo desculpas por sua antiga escravidão, então sua alma é diferente da minha e não apenas sua pele. Haveria algo em seu interior que mantém a identidade dos escravos de 1860. Alma, DNA ou seja lá o que for, uma vez escravo sempre escravo. É claro que para mim isso não faz qualquer sentido. Para mim voce tem a mesma alma, DNA que eu. Nada no seu cérebro, espírito ou modos é diferente dos meus. ------------ Mas digamos que voce esteja certo. Sua alma, eternamente escrava, seu DNA, marcado com a chaga da escravidão. Sendo assim, e seguindo esse pensamento, então eu tenho do espírito daqueles que foram escravizados pelos norte africanos na idade média. Tenho a chaga dos que foram estuprados pelos romanos. Vou eternamente ter direito à vingança sobre os povos bárbaros que mataram e escravizaram minha família. Mais que isso, devo aceitar o fato de que sou DIFERENTE de voce, de que não somos participantes da mesma matéria ou o que seja. Sua alma é outra, estrangeira à minha. -------------- Eu considero esse pensamento mais que horroroso, profundamente idiota. Mas entenda, quem o divulgou nada tinha de idiota, ele era esperto. Seu objetivo era desunir, e conseguiu. Ele sabe que um povo desunido em grupos que se odeiam será dominável. ----------------- Homens e mulheres, negros e brancos, heteros e gays, asiáticos e índios, TODOS são gente que vive AQUI E AGORA, com uma alma como a minha, desejos como os meus e medos em comum. Propor algo diferente disso é imbecilidade ou maldade pura.

VOCÊS PENSAM?

Assusta muito o modo como as pessoas pensam hoje. Elas não tentam pensar em profundidade e jamais procuram ajuda para pensar melhor. Jovens consideram seu intelecto pronto e nada que fuja daquilo que eles já sabem, ou melhor, pensam saber, lhes importa. Em 2005 eu falava que a divisão das pessoas em tribos iria cegar a percepção dos outros, dos fora da tribo, e em 2010 notei que as comunidades na internet faziam com que um participante de um grupo de cinema anos 2000 passasse a achar que tudo feito antes de 2000 não existia. A coisa em 2024 piorou muito. -------------------------------- O pensamento se atrofiou e esta é a geração que pela primeira vez é menos inteligente que a anterior. São dados da ONU. O que ocasionou isso? Primeiro o fato de que ao publicar e receber vinte curtidas qualquer um passa a se sentir dono da verdade. É a mais frágil inflação de ego da história, mas ela acontece. Esse narciso irá então ler e seguir apenas quem concorda com ele, porque ele é dono da verdade não é? Faz-se um círculo: minha ignorância é mantida porque voce a apoia e eu te apoio por me apoiar. Qualquer um que for diferente desse círculo será jogado fora, pois ele ameaçará a segurança da ciranda egocêntrica. Um segundo fator de castração do pensamento é o próprio meio. Vivendo na rede, nossa mente se torna visual, apressada e unilateral. A tela não tem profunidade. Ela não para de se mover. E não perde tempo com buscas que podem dar em nada. ---------------------- Desse modo, por não mais pensar além da superfície, vemos o crescimento de pensamentos infantis como os que se seguem. ---------------- A psicanálise foi criada por um homem branco da Europa, logo ela não serve para uma mulher preta dos USA. Por que não trocar History por Herstory? No século XIX houve escravidão, logo todo homem branco do século XIX era escravocrata. Na matemática africana, dois mais dois não são quatro, pois essa soma não foi criada lá. Eu não preciso ouvir Bach porque Bach acreditava em Deus e eu não. Tudo que é novo é melhor que aquilo que é velho, pois se não fosse não teria sido feito. --------------- Esses são exemplos de pensamentos que não se pensam, frases soltas sem porque, mas que ao serem emitidas são consideradas claras e lógicas por quem as emite. E pior, por serem ditas por alguém de determinado grupo, elas são apoiadas pelos colegas sem qualquer questionamento. Eu pergunto: a quanto tempo voce não lê uma notícia baseada em investigação profunda e não em um imenso "parece que" ou "eu creio que" ? ------------------------- Convivo com gente que ao ouvir eu dizer algo como: Aquilo é mais bonito que aquilo, respndem automaticamente com um " voce tem preconceito". Preconceito a que? Ao que é feio? Não. O preconceito que eles me acusam, sem que o percebam, é o preconceito que eles têm contra qualquer um que olhe-julgue-e emita uma opinião própria. ---------------------- Como dizia Huxley, a ditadura perfeita é aquela em que os oprimidos não só amam a opressão como desejam cada vez mais limites. A ditadura do pseudo prazer sem fim, ditadura que domina a classe média e é desejada por todos os de fora, é a mais perfeita construção fascista de toda a hsitória. Drogas, sexo e esportes em troca do embotamente e da passividade absoluta. Voce se sente livre para transar em grupo ou ser um multi poli humano, voce engole drogas prescritas e outras recreativas, voce ouve música 100% do tempo, voce se cansa na academia, voce viaja o mundo todo, voce TEM DE SER feliz e LIVRE, e gente feliz e livre não pode reclamar....não é? Pois se reclamar o errado só pode ser ele e não o mundo onde ele vive, mundo que lhe dá tudo. ----------------- Como um jovem vivendo nessa mundo permissivo e festivo poderá aceitar alguém que lhe cobre algo? Qualquer frase óbvia que vá contra seu falso prazer, será vista como "repressora", antiquada, quando não "fascista". Nada poderá ser dito que coloque em dúvida seu mundo, pois a dúvida desmancha a ilusão tão frágil. Um homem menstrua e uma mulher é igual um homem. Não importa a biologia ou o fato de que uma mulher possa ser MELHOR que um homem, o que se deve dizer é que CADA UM É O QUE DESEJA SER. O pesamento deles é tão pueril que não percebem que falam em cada um ser o que deseja ser e ao mesmo tempo que todos são iguais. Duas ideias que se anulam, pois se sou o que EU desejo nunca serei como VOCE é. Mas esse é um raciocínio óbvio que eles não podem ter. Assim como não entendem que ao dar chances melhores a um determinado tipo físico voce está diferenciando ele de todo o resto. É como se todo o tempo jogassem na cara de todos "ELE NÃO É COMO VOCE". O objetivo do racismo não é esse? Mostrar que aquele homem não é como eu? -------------------- Eu me livrei da BOLHA de maneiras simples e objetivas. Não dando mais a menor importância para aquilo que é moda. Não me unindo a grupos que nada proponham de sacrifício. ( Não existe prazer sem preço e nem verdade sem coragem ). Provando por mim mesmo aquilo que não conheço e nunca me guiando por intermediários. E principalmente observando minha reação ao que ocorre no mundo. Ser coerente, condição que apenas o raciocínio nos dá.

Serge Gainsbourg - Des laids des laids (au Palace + videoclip)

Serge Gainsbourg - No comment

AMBROISE VOLLARD FALA DE SEUS ENCONTROS COM RENOIR

O amigo marchand, talvez o comerciante de arte mais mítico da história, escreve sobre suas conversas com Renoir. Agradáveis, reveladoras, solares. Como todo gênio, Renoir trabalha muito e ama seu trabalho. Para quem pensa que Renoir era um tipo de "amante da vida", uma surpresa: feliz ele foi, mas seu amor era pela pintura e ela tomava 99% do seu coração. Católico, Renoir dizia que os protestantes eram sombrios, enfadonhos, e que só conseguiam fazer coisas uteis. ( Não acho que ele estivesse errado. A alegria sensual em países como Alemanha ou USA é sempre um tipo de afronta ). Renoir, o homem que fez uma revolução, se mostra um conservador. Ele detesta carros, trens, a arte que vem depois dele, odeia a pressa, fábricas, barulho. Cercado de mulheres, principalmente a ex modelo que virou esposa, ele luta contra as visitas que não param de chegar, os compradores, a falta de tempo. Reumático, vemos o artista em sua cadeira de rodas, com os filhos Jean, o grande Jean Renoir, e Claude, que seria fotógrafo de cinema dos grandes. ------------------ Para quem não entende onde a revolução de Renoir: as cores. Eram consideradas erradas, fortes demais, não naturais. O desenho, era chamado de ruim, fraco, sem habilidade. Os temas eram chamados de vulgares. Mas ele logo venceu. Na maior parte de sua vida, quase 80 anos, foi rico. --------------------- Renoir foi o primeiro artista que chamei de favorito. Isso quando eu tinha 15 anos. Os nus voluptuosos conquistaram, óbvio, um adolescente que era meio tarado. As mulheres eram bonitas, alegres, felizes, radiantes. No livro Renoir não esconde o prazer de pintar uma bunda que reflete a luz. Seu horror era a pele opaca, sem brilho, sem cor. Depois eu descobri Gauguin, Matisse, Klee, mas Renoir foi o primeiro. ------------------- Outro fato interessante é pensar em como a pintura foi importante em certa época da história. E não foi por falta de riqueza na literatura ou na música. O impressionismo acontece no tempo de Flaubert, Mallarmée, Rimbaud, Debussy, Ravel, Bizet, isso para falar apenas da França. Entre 1860-1930, durante 70 anos, a pintura foi centro da vida intelectual. De Ingres e Delacroix até Picasso e Braque. Depois, talvez o cinema, as revistas, a popularização das câmeras fotográficas, mataram a pintura como arte central. Os novos pintores tentaram então expressar a alma ou o inconsciente e perderam o público. ------------------ Hoje volto a valorizar Renoir e não só eu. Ele se reabilita como clássico. Como monumento. Quem já viu uma tela de Renoir cara a cara sabe o efeito que ela causa. As cores parecem explodir, o desenho se move, ela nos chama, nos seduz, hipnotiza. E nos faz feliz. Era tudo o que ele queria. E venceu. Arte viva. Sensual, tem cheiro, canta, impressiona.

Complete performance: Schoenberg's Pierrot lunaire

PIERROT LUNAIRE - SCHOENBERG. NASH ESEMBLE- SIMON RATTLE.

Pleno modernismo do começo do século XX. A voz, de Jane Manning, paira como uma assombração. Música feita de fragmentos que pipocam como meteoros de ilusão. Ouço e sinto que tudo aqui é um ponto de interrogação. A música é não emocional ou pós emocional? De onde vem esse estilo de compor e mais importante: como devo a escutar? Fascina. Mas o prazer existe aqui? Talvez um outro tipo de prazer, pois a vontade de ouvir mais uma vez existe. É preciso penetrar nesta música, como? eu não sei. Schoenberg ainda é guia da música dita moderna, cem anos passados. Diziam que ela anunciava as guerras mundiais. Não. Ela anunciava nosso tempo. Aparente desordem que esconde ordem absoluta. Sim, há seus clichés: não há como ouvir isto sem pensar nos filmes expressionistas de então. Voce vê os postes com sombras negras e as ruas com pessoas sinistras. Desconfiança. E paranoia. Sim, é a trilha sonora da neurose, a velha neurose clássica, pesada, soturna, freudiana. Minhas neuroses soavam exatamente assim. Caminhar com frio nas noites de 1980, na avenida Paulista, era assim. Isso percutia na minha mente. Exatamente Schoenberg, que eu nunca ouvira até então. --------------- Necessário.

SINFONIA 9 DE GUSTAV MAHLER, SOB A REGÊNCIA DE ESCHENBACH COM A SINFÕNICA NDR.

Mahler não é fácil. Sua obra, hiper valorizada hoje, dá enfase à orquestração e nunca à melodia. Isso nos aliena. Precisamos de tanta concentração para a penetrar que acabamos por nos cansar. A Nona, mais de hora e meia de música, é uma massa pós romântica que o tempo todo parece ir mergulhar num wagnerismo século XX, mas escapa se fazendo universo de células sugestivas. De tudo que ouvi de Mahler, é a mais difícil e por isso confesso ter sentido tédio, um tédio digno de...Mahler. ----------------- Ele não comunica, é música que nasce e caminha da alma do artista para dentro da mesma alma. Ela como que cozinha nas profundezas do ego e não lança um anzol para fisgar outro coração. Eu sei que no mundo erudito de 2024, criticar Mahler parece heresia. Mas sou o que sou, e digo que dificilmente irei escutar esta obra novamente.

MEPHISTO - JOHN BANVILLE

Considero Banville um grande autor. Se voce ir ao índice verá que escrevi bastante sobre esse irlandês. Mas este livro me deixou insatisfeito. Na história de um jovem estranho que se torna um gênio matemático, nada acaba por nos interessar. Não há uma só personagem que fascine o leitor e o texto não tem o ritmo e a perspicácia esperada. Esqueça Mephisto mas não John Banville.