HER/ MICHAEL CAINE/ BILL NIGHY/ ROBERT REDFORD/ TIO BOONMEE

ELA/HER de Spike Jonze com Joaquim Phoenix, Scarlet Johanssen
Sei lá. Nem lembro mais. É alguma coisa sobre um cara que se apaixona por uma voz. E essa voz, que vem de um PC, quer ser real. Mas não se anime, nada de profundo, nada de belo, nada de funny. A coisa depois de meia hora fica beeem entediante. Nota 3.
QUESTÃO DE TEMPO de Richard Curtis com Domhnall Gleeson, Rachel McAdams e Bill Nighy
Curtis fez a fama com o roteiro de 4 Casamentos e um Funeral. Depois disso começou a dirigir. Vi tudo o que ele fez desde então. Ele não tem um só filme ruim, mas também todos são frustrantes. Curtis ocupa uma região estranha, ele faz cinema clássico, mas com ideias teen. Aqui um adolescente timido descobre que pode voltar no tempo. É um dom dos homens da familia. Isso faz com que escolhas sejam feitas, escolhas duras. O filme não escolhe nada: não é comédia e nem fantasia. Temas fascinantes são tratados com rapidez. Well...Rachel é excelente, uma atriz com cara de gente. E eu adoro Bill Nighy! Os bons momentos são todos com ele. Nota 3.
TIO BOONMEE, QUE PODE RECORDAR VIDAS PASSADAS de Apichatpong Weerasethakul
Este estranho filme tailandês ganhou a Palma em Cannes em 2008. Dificil entrar nele, a barreira cultural é enorme. Fala de um homem que ao morrer, na agonia, recebe visitas de espíritos. Eles podem ser recordações de suas outras vidas. O filme é assustador. Morte e alma são tratados com absoluta naturalidade. Esquisito.
O ÚLTIMO AMOR DE MR.MORGAN de Sandra Nettelbeck com Michael Caine, Clemence Poésy, Justin Kirk e Jane Alexander
Quando estrear por aqui, fuja! Um homem velho, rico, viúvo inconsolável, se aproxima de uma jovem professora de dança. Nada de romântico entre os dois, mas ela o cativa. O filme é de um vazio irritante! Pra que fazer isso? Caine está assustadoramente velho...pena....Nota 1.
ATÉ O FIM de J.C.Chandor com Robert Redford
Redford, o querido Redford, ganhará mais um Oscar? ( Tem um de diretor ). O filme é surpreendente! Acompanhamos, detalhe por detalhe, a luta de um homem a deriva no oceano. Seu barco está danificado. Nada de trilha sonora, nada de vozes, só o som do mar e a ação do homem em meio a ondas, sol, cordas, reparos, comida em lata e solidão. Não deixa de ser o mesmo tema do filme com Sandra Bullock. Mas é um filme cansativo. Longo. muito longo. E estranhamente sem suspense. Nota 5.

RUSSOS

   Sochi 2014 me faz pensar. E lembrar. Os americanos e seus filmes fizeram com que a gente pensasse nos russos como frios e calculistas. A KGB e Stálin ajudaram. Mas eles nunca foram assim. E não adianta fazer filme de máfia russa. Pensar que o caráter russo é esse é como achar que todo americano é John Wayne ou que todo brasileiro é bicheiro. Aprendo que eles são eslavos, nem europeus e nem asiáticos. E que o que define um eslavo é o fatalismo e o sentido familiar. Familia: se voce é bisneto de alemão, não importa onde nasça, voce é um alemão. Sua nacionalidade não é dada pelo chão onde voce pisa, mas sim pelo sangue de onde voce brotou. Fatalismo não é melancolia ou pessimismo. Também é mas é além. Fatalismo é saber que o que é sempre há de ser.
   Minha amiga Eliana Llorca me ensina que no mundo só existem duas línguas que vivem essa mania do diminutivo: o português, com suas mãezinhas, barquinhos e Paulinhos, e o russo, que se trata por irmãozinho, patriazinha e amorzinho.
   Houve um tempo em que eu amava a Rússia. Tempo frio ( que saudade do inverno! ), em que Dostoievski e Pushkin me pareciam mais próximos que Machado ou Lima Barreto. Mas tinha mais, tinha Rimsky-Korsakoff, Tchaikovsky e Prokofiev. ( Tolstoi só descobri adulto ). Tinha a bio de Tchaikovsky de Ken Russell ( uma visão inglesa sobre a Rússia ). Eu amava o fatalismo russo, o frio escuro, o exagero da dor. Um russo não sofre, ele uiva, um russo não ama, padece de amor. Mas a ideologia estragou tudo. Os comunistas, logo descobri, eram tão fanáticos que tratavam a Rússia como o Eden na Terra. A Rússia virou uma máquina, um relógio perfeito. O povo era soldado. Esqueci da velha mãezinha russa.
  Russas, as meninas russas, são especiais. Porque são tristes e submissas como as mamães de 1900, são duras como as operárias de 1920 e tentam ser modernas como as americanas de 1980. São russas, variam entre a camponesa e a estrela do Bolshoi.
  Planícies imensas onde o gelo e a lama se confundem. Um passado.

The Who live at the Isle of Wight Festival 1970



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The Who - Baba O'riley (live Keith Moon)



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PETE TOWNSHEND, A AUTOBIOGRAFIA

   Pete é um solitário. Mesmo casado por 24 anos, filhos, banda, fãs, ele sempre foi um homem só, e muito consciente disso. Na verdade ele sempre amou a solidão. Individualista, egocêntrico, mas nunca vaidoso, Pete é um complicado. Em 50 anos de banda ele nunca conseguiu se sentir um dos caras. Em 50 anos de rock, nunca se sentiu como um cara do rock. Sempre fora, um casado que tinha casos e se sentia culpado, um pai distante, rei dos palcos que logo se cansou de tocar. Insatisfeito. sempre.
 Termino o livro e falo aqui da segunda parte ( a primeira está abaixo ). O auge foi em 69/71, depois disso, a lenta decadência. Lendo notamos que The Who sempre foi palco, os discos eram secundários. Ou não? Pete é um workaholic. Composições para teatro, filmes, solo, banda, produtor. Em 1970 ele começa a lidar com música eletrônica. Um projeto, Lifehouse, imenso, ambicioso, que acaba por dar em nada. Faz palestras sobre o novo som ( é visto por Eno, que sente na palestra qual seu futuro como um não-músico ). Pete trabalha pela música do futuro, música programada, aleatória, ou livre. Quadrophenia surge como um novo Tommy. Ele fala das várias versões de Tommy, do sucesso de Tommy nos palcos. Os anos 70. A loucura exagerada, as brigas com Keith Moon. A morte do baterista louco, Pete não disfarça, a morte de Moon foi um alivio. 
  Os anos 80. Pete se liga em Clash, Jam, Specials. Mas acontece com ele o que amaldiçoou toda a época: cocaína, bebida, ego. Albuns solo, excursões em o Who. Roger Daltrey surge no livro como um herói. Pete sem querer lhe dá um perfil muito admirável. O cara íntegro, apaixonado pela banda, lutando para a manter forte. Um grande cantor, um conquistador, um cara legal.
  Pete se torna editor da Faber, a mítica editora de TS Eliot. Convive com Pinter, Ted Hughes, Byatt. O livro se fecha em sua vida fora do rock. Livros, familia, Broadway. E neste século, enfim, a volta do Who. E a acusação de pedofilia.
  Pete Townshend seguiu Meher Baba, fez terapia, casou, foi pai, escreveu algumas das melhores músicas do século XX. Fã de Kinks e Stones. Livre. Um homem que se diz feliz, finalmente feliz.

The Who - I Can See For Miles - "Twice A Fortnight" (1967)



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The Who Substitute I Can't Explain 5 18 66



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SEM SEXO, SEM DROGAS E SEM ROCK`N`ROLL....PETE TOWNSHEND, UMA BIOGRAFIA PARA QUEM NÃO GOSTA DE ROCK

   Ando lendo a Bio de Pete Townshend. É a menos rock`n`roll de todas, muitas, que li. O oposto de Keith Richards, pois ao contrário de Keith, Pete viu tudo com clareza, e viu de fora, viu muito. E em oposto a Rod Stewart, Pete não tem humor, não ama verdadeiramente os blues e sua atração por mulheres equivale a paixão por roupas e por moda. Pete chega a falar que desejou ir para a cama com Mick Jagger. ( well.... quem em 1967 não quis? ).
   O centro da vida de Pete é a arte, mas a Arte. Enquanto todos pensam em sex. drugs e rocknroll, ele pensa em neurose, jazz e pintura. Quando ele fala de música, Pete fala de técnicas de gravação, novos amplificadores, novos tapes. Sua abordagem é científica. Ele inventava coisas, feedback, volume, fitas, loops. E era parte do Who, uma banda que ele sentia como performance e não como música. O Who era um campo de provocação, um ato de arte desafiadora. Não ato de amor, ato de arte. De certo modo eles fazem aquilo que o Velvet fazia em NY e que Bowie faria mais tarde, Rock usado para um fim, rock feito de fora e não de dentro. Uma linguagem aprendida e não a coisa tipo "rock é minha vida".
  Ele cresceu em meio a pais artistas. O pai era músico de jazz, a mãe cantora. Boa situação material, desleixo em carinho. Os pais brigam e ele é dado aos 6 anos a uma avó. Promiscua e doida. Sádica. Ela dava para todo caminhoneiro de Londres. O menino via. Tímido, ele volta após dois anos para os pais. Que continuam a trair um ao outro. Entra numa escola de arte, estuda pintura, adora Charlie Parker, Ella e Billie. Aos 15 anos conheceu o movimento mod. Jovens estilosos, vaidosos, com ternos, gravatas, lambretas, sapatos italianos, écharpes de seda. Esses caras ouvem R and B: Sam Cooke, Marvin Gaye, Pickett. Pete toca guitarra, mas sua paixão é o design moderno, arte performática, as provocações de galeria. Perto de Pete, Keith, Lennon ou Eric são analfabetos. Mick não. Pete é fã dos Stones. Os Stones têm visual, androginia, são provocativos e sexys. Mas sua banda favorita são os Kinks. Pete considera Ray Davies um igual. Perversos, estilosos, afeminados, agressivos. Novo modo de ser: delicados desafiadores.
  Pete entra para o Who convidado por Roger Daltrey. Ele não conhecia ninguém da banda. Eles precisavam de um guitarrista e ele conseguiu o lugar. Simples assim. Nada de amizades de infância. Os 4 mal se conhecem. Roger é briguento e anda com marginais. Tende a resolver tudo na briga. Quer uma banda de rock. Pete é delicado e complicado. Quer fazer arte. John Entwistle bebe muito e faz piadas. Muda o modo como se toca baixo no mundo do rock. E há Keith Moon, que é louco. Ele é o foco de tensão na banda. Fã de surf music, Keith só quer festejar. E beber. Falta ensaios, leva soco na cara de Roger ( que mal o suporta ), ameaça sempre sair da banda, um chato escroto....só que adorável na bateria. O melhor, o mais original, descontrolado e o maior carisma do grupo.
  Eles se tornam mito entre o público undergound da Inglaterra. E logo estouram com seu primeiro single, I Cant Explain. A vida de Pete muda ao ser procurado por um bando de desajustados que lhe diz que "ele fala aquilo que eles não conseguem falar". Pete Townshend será o porta voz dos desajustados.
  E chega a era da psicodelia. Townshend toma ácido, mas não perde o poder de observar. Descreve a coisa melhor que qualquer outro. Sua apreciação de Pet Sounds e de Sgt Peppers é ferina: São grandes discos, mas sem nenhum legado. Nada comentam sobre o mundo real, nada falam de relevante socialmente, e não apontam nenhum futuro. São belos, porém estéreis.
  Estou lendo essa época. 1967. Página 100.  Lançando Sell Out, o disco com anúncios. Pete cheio de grana, com namorada, andando pela noite com Clapton, vendo Hendrix no palco, escutando música erudita e jazz, pensando em pintura. Roupas. Cenários. Design. Infeliz.
   Um livro fascinante.

The Kills, Live from Abbey Road, Goodnight Bad Morning



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What? trailer for Roman Polanski film



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MOMENTS THAT MADE MOVIES- DAVID THOMSON

   Com a morte de Pauline Kael, Thomson é considerado o melhor critico de cinema vivo. Mais que isso, ele é considerado um grande escritor. Seu texto é elogiado por gente como Michael Ondaatje e Benjamin Schwartz. Já lançou livros sobre E O Vento Levou, A História de David O. Selznick e um dicionário sobre filmes que poucos viram. Aqui, em livro rico em fotos, ele traça um panorama das cenas que o impactaram em filmes. Deixa claro, como qualquer pessoa séria faria, de que não são as melhores ou as mais importantes cena, são aquelas que ele sentiu vontade de escrever sobre neste momento. O que não impede que muitas delas sejam as melhores, claro.
  Existem textos excelentes sobre RASTROS DE ÓDIO, AURORA, M, A CARTA, THE RED SHOES E THE RIVER. O diretor com mais filmes é Hitchcock, com 3, e não há nada de Woody Allen, Clint Eastwood, Almodovar ou Spielberg. Os maiores elogios são para Tokyo Story de Ozu, mas ele tembém se esparrama em odes soberbas a A RODA DA FORTUNA e O PASSAGEIRO. Aliás, cometi um erro, Antonioni tem O ECLIPSE, BLOW UP e O PASSAGEIRO. Três como Hitch.
  A lista é deliciosa, e ela me faz tentar uma lista também ( na verdade mais de uma )...

  FILMES MAIS ALEGRES, aqueles que te tiram de qualquer deprê mata monstro
  SETE NOIVAS PARA SETE IRMÃOS de Stanley Donen
  SHALL WE DANCE! de Mark Sandrich
  HATARI! de Howard Hawks
  LEVADA DA BRECA de Hawks
  AS FÉRIAS DE MONSIEUR HULOT de Jacques Tati
  NO HOTEL DA FUZARCA de Irmãos Marx
  AFRICAN QUEEN de John Huston
  INTRIGA INTERNACIONAL de Hitchcock
  BEIJOS ROUBADOS de Truffaut
      Vale aqui repetir o que diz Thomson, o século XXI não sabe mais fazer filmes alegres. Existem engraçados, irados, tristes e desesperados, mas não alegres.

  FILMES MAIS TRISTES, todo filme ruim é triste, principalmente quando ele se acha genial. O que falo aqui são so tristes E geniais. Mas todos devem ser evitados pelos deprê.
  UMBERTO D de Vittorio de Sica
  O INTENDENTE SANCHO de Kenji Mizoguchi
  GRITOS E SUSSURROS de Ingmar Bergman
  VIVER! de Kurosawa
  UM BONDE CHAMADO DESEJO de Elia Kazan
  STALKER de Tarkovski
  LADRÕES DE BICICLETAS de Vittorio de Sica
  PARIS TEXAS de Wim Wenders
  HIROSHIMA de Alain Resnais
  O RETRATO DE JENNIE de William Dieterle

  FILMES MAIS CHICS, são aqueles que dão aulas de etiqueta, de glamour, de ambiente. Festa para os olhos, mas também para os ouvidos. E são sempre muito inteligentes!
  FUNNY FACE de Stanley Donen
  ALTA SOCIEDADE de Charles Walters
  MY FAIR LADY de George Cukor
  CHARADA de Stanley Donen
  ROMAN HOLIDAY de William Wyler
  RED SHOES de Michael Powell
  ORFEU de Jean Cocteau
  O SOL POR TESTEMUNHA de René Clement
  LIGAÇÕES PERIGOSAS de Stephen Frears
  INTRIGA INTERNACIONAL de Hitchcock

  OS FILMES MAIS BONITOS DE SE OLHAR. Acho que não preciso explicar.
  AURORA de Murnau
  L ATALANTE de Jean Vigo
  O ROSTO de Ingmar Bergman
  ...E O VENTO LEVOU de Victor Fleming
  OITO E MEIO de Fellini
  MADAME DE... de Max Ophuls
  RAN de Kurosawa
  THE RIGHT STUFF de Philip Kauffman
  CONTOS DE HOFFMAN de Michael Powell
  O BOULEVAR DO CRIME de Marcel Carné

  OS MAIS ERÓTICOS. Não os mais pornôs, pois ponografia é empaturramento e erotismo é ser um gourmet.
  O filme mais erótico que já vi não tem uma cena de nú. é JUVENTUDE, de Bergman.
  Os demais...
  A CHAVE de Tinto Brass
  WHAT? de Roman Polanski
  HISTÓRIAS QUE NOSSAS BABÁS NÃO CONTAVAM com Adele Fátima
  MEMÓRIAS DE CASANOVA de Luigi Comencini
  PECADO VENIAL com Laura Antonelli
  RIO BABILÔNIA de Neville Dalmeida
  Qualquer filme com a jovem Jessica Lange.
  ARIELLA  com Nicole Puzzi
  Qualquer filme com a jovem Ludivine Sagnier

      Claro que todas essas listas podem mudar. Mas algumas escolhas são para sempre. Como diz Thomson, o cinema é uma janela para fora que reflete aquilo que vive dentro. Um espelho. Falar de um filme é revelar quem voce é e aquilo para onde voce vai.
  
 

FAZ CALOR

   Alguns dias de calor excessivo e toda a nossa vida se modifica. O ar-condicionado, a irritação aumentando, a água acabando, a geladeira cheia, as roupas suadas, os banhos a mais. Dormir fica dificil. Somos bichos frágeis, é fácil nos deixar em miséria, um pequeno desequilibrio e tudo muda.
   E se tivermos dois anos seguidos de seca? E se cada um dos verões, de agora para sempre, forem cada vez mais quentes? Ora, desde 1943 não era tão quente! Em 1943 foi quente como agora, pois! Mas se a gente pegar os dez verões mais quentes nos últimos cem anos, nove são de 1990 pra cá. Daí a coisa pega. Sim, o clima muda e a culpa não é toda nossa. Precisamos de 20 graus, e com pouco mais, pouco menos já ficamos no desconforto. Nosso mundo de 20 graus existe a pouco tempo, e ele tem um momento para acabar. Nossa culpa é estarmos apressando o processo, que é irreversível. Nossa culpa é não unir esforços para adiar a coisa.
   Entenda, não é exatamente que o mundo vá acabar. Na idade média ele era bem mais frio e mesmo assim a coisa andou. O que deve acontecer é que as regiões habitáveis vão diminuir. Muito instável ao norte e muito quente ao centro. E um monte de plantas, corais, peixes, anfibios irão pras cucuias. A cultura do trigo tende a cair, assim como a cevada, o centeio e a aveia. Pão de soja é o futuro. E milho. Espero que desistam da carne, afinal.
   A gente faz o possível para ignorar mas precisamos de um ambiente muito bem protegido. Tá calor pacas! E eu bebo água e me irrito fácil. E de madrugada espero esfriar para poder dormir.
   Chegue logo inverno e me dê o conforto de seus vinte graus.