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DE NIRO/ WC FIELDS/ BLAKE EDWARDS/ PT ANDERSON/ LAUREL AND HARDY/ TRUEBA

   A DANÇARINA E O LADRÃO de Fernando Trueba com Ricardo Darín e Abel Ayala
No Chile dois homens cruzam suas histórias. Um é um ladrão famoso recém saído da prisão, o outro é um jovem gatuno que se envolve com bailarina traumatizada pela morte dos pais por Pinochet. Trueba, vencedor do Oscar de filme estrangeiro pelo ótimo Belle Epoque, erra muito aqui. O filme tenta ser tão poético que se perde. A gente procura gostar do filme e não consegue. Há uma coisa ótima: Abel Ayala brilha. Faz um garoto das ruas que é belo e tolo na medida exata. Mas o resto é tão vago...Nota 3.
   ENCONTRO ÀS ESCURAS de Blake Edwards com Bruce Willis e Kim Basinger
Este é o filme que transformou Bruce em ator de cinema. Famoso na TV, é aqui que ele passa a viver como astro da telona. Blake foi um grande diretor de comédias ( e de dramas também ) nos anos 60. Mas de repente ele se perdeu. Após 1970 sómente "VITOR OU VITÓRIA" foi digno de sua fama. Mestre do humor visual, há aqui apenas uma cena que demonstra esse dom, a do restaurante em que Kim fica bêbada. Aliás ela está excelente como a garota que fica doida quando bebe. Mas o filme é até mesmo desagradável, tem apenas um pretexto de tema que não se sustenta. Uma decepção. Nota 3.
   OS FILHOS DO DESERTO de William A. Seiter com Laurel and Hardy
Cresci vendo O Gordo e o Magro na Tv Tupi. Este é um dos seus bons longas. São dois maridos que desejam ir a convenção de seu clube masculino, mas suas ferozes esposas não querem permitir. Então armam um plano para enganar as esposas... A dupla demonstra um dos segredos do humor, o afeto. Não há tipo de ator que precise ser mais "gostável" que o humorista. Para o humor funcionar deve ser criada uma cumplicidade entre público e artista. E os dois são muito amáveis. Nós sentimos afeto pelo abobado Hardy, que sempre se vê como esperto, e o infantil Laurel, que nunca percebe o que acontece. A reunião dos dois é um desses acidentes milagrosos que aconteciam nos primórdios do cinema. Vemos com carinho, com prazer calmo e familiar, a tentativa tola que os dois fazem. Seus filmes são como canções de roda, comida da mãe, cobertores velhos. Uma ilha de inocência e de vida simples. Eu realmente amo essa dupla. Nota 8.
   AS IDADES DO AMOR de Giovanni Veronesi com Robert de Niro, Monica Bellucci e Michele Placido
São 3 histórias sobre as 3 idades do amor. O amor jovem, o maduro e o da terceira idade. A primeira história é a pior. Um advogado descobre os prazeres da vida na Toscana. A terceira é a melhor, De Niro é um senhor desencantado que redescobre o amor com uma prostituta de luxo quarentona. Triste cinema da Itália... Aquele que já foi o mais forte dos cinemas é hoje irrelevante. Uma simples e simplória cópia de milhares de historinhas de amor made in USA feitas para senhoras românticas. Banal. Nota 1.
   SANGUE NEGRO de Paul Thomas Anderson com Daniel Day-Lewis
Upton Sinclair foi um dos escritores socialistas americanos dos anos 20/30/40.  Steinbeck, Sinclair Lewis, Sandberg, Lillian Hellman e mais tarde Arthur Miller são outros desses nomes. Escreviam grandes painéis sobre o capitalismo, os trabalhadores e as convulções sociais. Neste filme Anderson abre mão do caráter mais social do livro e se concentra no individuo ( reflexo de nosso tempo não-politico ). Anderson tem um estilo de que não abre mão. Seus filmes, sempre sentidamente cristãos, mostram a perda da inocência, a treva e ao final a catarse redentora. A chuva de sapos em Magnólia é seu momento mais bíblico e este filme é aquele que menos admite redenção. O personagem de Lewis vem do fundo da terra, um diabo que destrói os conceitos de familia, de natureza, de paternidade e na cena final aniquila a simplória figura da igreja. Vence. Não pode haver redenção porque não há aqui um só personagem que mereça a salvação. É um mundo sujo, pecaminoso, e estranhamente sem mulheres. Críticos incultos chegaram a falar de influências de John Ford !!!! Ao final dos letreiros Anderson dedica o filme a seu mentor, Robert Altman. Este filme tem o espirito e o visual de "ONDE OS HOMENS SÃO HOMENS", assim como Magnólia era uma citação de Short Cuts ( Cuts é profundamente ateu, Magnólia é uma leitura cristã da obra-prima de Altman ). Para mim, este filme falha naquilo em que mais foi elogiado, seus atores. Dano, que faz o pastor, está inconvincente, e, sorry, Day-Lewis beira o caricato. Jamais sinto o horror que o personagem exige. Ele parece um inglês fazendo um caipirão americano. Mas fora isso é um filme forte. Nota 7.
   THE BANK DICK de Edward Cline com WC Fields
É o mais odiado dos humoristas. Da grande geração de Buster Keaton, Chaplin, Laurel e Hardy, Harold Lloyd, é Fields o menos lembrado. Fácil saber o porque, ele é completamente anti-politicamente correto. Odeia crianças, mulheres, cães e trabalho. Fuma e bebe galões de qualquer coisa alcoólica. Seus filmes são um kaos. Aqui ele é um pai odiado pela esposa, sogra e filha. Por acaso dirige um filme de cinema, captura um ladrão e se torna um guarda de banco. Desvia dinheiro do banco e tudo acaba da forma mais implausível possível. Nada tem sentido, não há um fio condutor, qualquer coisa vale. E é delicioso! Fields era um´péssimo ator, mas era engraçado, de um modo desligado. Ele interpreta com preguiça, sem vontade, com sono. Poucos filmes são tão mal feitos e ao mesmo tempo tão interessantes e atraentes. Um humorista para poucos, Fields é um ícone do cool. Nota 7.
   FESTIVAL W.C. FIELDS
Um dvd que traz uma série de curtas de Fields. Todos são engraçados, mas alguns beiram o sublime ( e sempre naquele estilo amador e "qualquer coisa" de Fields ). O Dentista é uma loucura onde as situações vão ficando cada vez mais absurdas. Já O Barbeiro é genial. Desde o modo como ele toca contra-baixo, até o final com o bandido, tudo é um prazer. Fields nos libera do bom-gosto, do verossímel, da coisa certa. Há um relaxamento que funciona, um acaso que leva à graça. Este dvd funciona como um tesouro secreto para os amantes de cinema. Nota 7.
   O NOIVO DA GIRAFA de Victor Lima com Mazzaropi e Glauce Rocha
Tenho meu gosto "pecaminoso", gosto de Mazzaropi. E não é nostalgia, pois até recentemente eu o detestava. Ele é péssimo ator, mas seu tipo tem algo que me atrai. Há ali uma paz, um modo à toa de levar a vida que me encanta. Este é seu melhor filme. Tem bom roteiro e boa produção. Fala de tratador do zoo que é dado como doente terminal. Claro que é um engano. Uma bela diversão inocente. Nota 5.

KUBRICK/ ROBERT REDFORD/ EASTWOOD/ KING VIDOR/ HUSTON/ GEORGE C. SCOTT

   O GRANDE GOLPE de Stanley Kubrick com Sterling Hayden
Segundo filme de Kubrick. Dá pra perceber que é um filme de um novato, ele se exibe demais. Várias cenas lembram a técnica de "KANE" de Welles. Sterling Hayden era um ator admirável. Aqui ele repete seu tipo de bandido "marcado" exibido em "THE ASPHALT JUNGLE" obra-prima de Huston feita cinco anos antes. Este é um bom filme de assalto, um pouco exagerado, mas forte. Nota 7.
   GOLPE DE MESTRE de George Roy Hill com Robert Redford e Paul Newman
Grande vencedor dos Oscars de 73, grande sucesso de bilheteria. Passado nos anos 30, temos aqui Redford em seu auge, como um malandro do baixo mundo. Logo na primeira cena vemos um belo golpe aplicado por ele e comparsa. Tudo na malandragem pura. Mas ele dá o azar de mexer com chefe poderoso ( um impagável Robert Shaw ). Descoberto, foge e começa a "trabalhar" com famoso golpista veterano ( Paul Newman, explêndido em seu carisma de picareta desencanado ). Num trem há um dos mais emocionantes jogos de poker do cinema e depois eles armam um golpe milaborante em cima do tal chefe poderoso. Redford, com o mesmo diretor de BUTCH CASSIDY, tem todo o filme para sí. Está ótimo, mas Newman e Shaw estão ainda melhores. Shaw faz um chefão ofendido que é pura jóia. A trilha sonora, velhos números de Scott Joplin foi hit em 73. Sublime. Uma diversão citada por Soderbergh entre seus filmes favoritos de sempre. É matéria obrigatória nos cursos de cinema da UCLA. Nota 9.
   O PLANETA DOS MACACOS de Franklyn J. Schaffner com Charlton Heston, Kim Hunter e Roddy MacDowell
Adoro Heston. Um ator que consegue misturar dois mundos: sério e bonitão, ágil para aventuras e sisudo para dramas. Este filme é drama e aventura juntos. E funciona. Enervante, nos confunde em seu final inesquecível. A estátua caída no chão, o silêncio, as ondas do mar... a perfeição em termos de finais de filmes. Mas ele é muito mais que isso. Ecológico, crítico, contundente. Nota 9.
   MENINA DE OURO de Clint Eastwood com Clint Eastwood, Hilary Swank e Morgan Freeman
Clint faz filmes tristes. BRONCO BILLY é das coisas mais melancólicas já feitas e BIRD não fica atrás. Ele fez comédias também, mas tem óbvias preferências pelo drama. E este tem um terço final muito dramático! Que no meu ver desequilibra todo o filme. Se em seus dois terços iniciais é um maravilhoso conto sobre um velho amargo e uma adorável perdedora, no fim faz-se um mero "filme pra chorar", tipo "ESCAFANDRO E BORBOLETAS" e que tais. Mesmo assim o elenco está de arrasar. Morgan faz um velho derrotado pela vida de um modo suave, todo em tons menores, e Clint mostra-se grande ator. O dono do ginásio é criação de quem aprendeu tudo sobre interpretação. Hilary, dizem, tem uma bio parecida com a da lutadora. Foi pra LA com 75 dólares e tinha de dividir um hamburger por três refeições. O modo como ela se empolga, como sorri é das melhores coisas que uma atriz fez na década. Apesar de suas falhas, é dos poucos vencedores do Oscar dos últimos vinte anos a não ser contestado. Lindo. Nota 9.
   GRAND PRIX de John Frankenheimer com James Garner, Yves Montand e Toshiro Mifune
Acompanhamos a temporada de 1966 da fórmula Um. Monaco, Monza, Spa, Nurburgring, Watkins Glen... Circuitos dos tempos heróicos, não eram feitos para a TV, eram feitos para assustar. O filme é visualmente deslumbrante. As corridas são muito bem filmadas ( são corridas reais com os pilotos da época, Jack Brabham, Jackie Stewart, Jochen Rindt, Jacky Ickx, Bruce Surtees, Ken Tyrrell... ), vemos os F1 mais belos, sem propaganda, longos e elegantes, Lotus, Ferrari, BRM, Honda, March. A trilha sonora de Maurice Jarre se tornou tema da F1 por vinte anos. Pra quem gosta de carros é obrigatório. Frankenheimer foi um dos grandes diretores dos anos 60. Seus filmes eram sempre inquietos. Este é brilhante em sua técnica. A falha: os dramas da vida pessoal dos pilotos são óbvios e tolos. Nota 7.
   MEU VIZINHO MAFIOSO 2 de Howard Deutch com Bruce Willis, Mathew Perry e Amanda Peet
Atores de Tv raramente dão certo no cinema. Será??? Clint Eastwood foi ator de Tv por dez anos. Steve McQueen fez Tv por dois anos. E George Clooney, que não começou na Tv, só brilhou após passar por ela. Mas a turma de Friends não vingou na tela grande. Mesmo Jennifer Aniston se tornou apenas uma boa atriz classe B. Perry neste filme é patético. Passa duas horas fazendo as mesmas caras e tropeções de Friends. Mas o filme é todo pavoroso. Uma mixórdia sem pé nem cabeça que não consegue provocar um sorriso. Comédias são filmes muito perigosos. Um drama ruim é apenas chato. Uma comédia ruim é irritante. Bruce Willis faz seu tipo cool-brega e se perde junto com o filme. Não há nada pra se fazer aqui. Zero.
   GUERRA E PAZ de King Vidor com Henry Fonda, Audrey Hepburn, Mel Ferrer e Vittorio Gassman
Vidor, um dos pioneiros do cinema, já era um veterano quando aceitou fazer este filme. É uma super-produção de Laurentiis. As cenas de batalha são grandiosas e belas. Conseguiram vinte mil homens para espalhar no campo, todos com uniformes napoleônicos e cavalos. Hoje os custos seriam impossíveis. Mas é bacana ver a diferença de multidões digitais e estas, de carne e osso. Nos envolvemos mais, nos assustamos menos. Mas fora isso, este filme é chatésimo! Não há como filmar Tolstoi. É impossível, mesmo nestas quatro longas horas. Audrey faz uma Natasha que se parece com uma americana mimada. Fonda luta para dar vida à Pierre, não consegue. Tolstoi faz livros sobre almas, são anti-cinema. O que temos aqui acaba por ser apenas mais um épico sobre Napoleão ( e o Napoleão de Herbert Lom está idêntico o Dreyfuss da PANTERA COR DE ROSA ). Nota 4.
   A LISTA DE ADRIAN MESSENGER de John Huston com George C. Scott e Kirk Douglas
Até hoje só dois atores recusaram os Oscars que ganharam: Brando em 72 pelo Chefão, e George C.Scott, por Patton em 1970. Foi um grande ator totalmente avesso a estrelismos. Quando vemos alguém como Sean Penn, que se faz de rebelde, mas que agradece seu prêmio como caipira emocionado, entendemos a seriedade que se deve ter para ser um verdadeiro outsider. Aqui Scott é o detetive que desvenda, na Inglaterra rural, um caso de assassinatos em série. Douglas é o vilão, que se esconde em máscaras e tipos soturnos. Com belas mansões, caçadas à raposa e atores excelentes, Huston nos oferece uma gostosa diversão. Um passatempo de classe. Nota 7.

SODERBERGH/ JACKIE CHAN/ TONY CURTIS/ ROBERT RODRIGUEZ/ BRAD PITT/ OLIVIER

   VIVO PARA CANTAR de Frank Ryan com Deanna Durbin
Em 1999 Haley Joel Osment, eu juro, foi chamado de gênio. O menino do Sexto Sentido era tido como "o maior talento infantil da história do cinema". Anna Paquin recebera a mesma dádiva alguns anos antes e na época Matrix era considerado na Set "o maior filme da história dos filmes". Nada como o tempo para colocar tudo nos eixos. Matrix é encalhe de sebos, Paquin luta por papéis na TV, e Joel.... sei lá. Atores infantis costumam quebrar a cara quando crescem. Judy Garland, Natalie Wood e Jodie Foster são os únicos que tiveram como adultos o mesmo sucesso de crianças. Roddy MacDowall também teve uma boa carreira adulta, mas como criança ele era bem mais. Deanna Durbin foi uma big star aos 14 anos. Cantava e tinha uma imagem simpática, calorosa, do bem. Mas aqui, já adulta, dá pra se notar a proximidade do fim. Ela se tornou "comum". Sem grande diferencial. Sabiamente ela largou o cinema e foi viver na França. Poupou seus fãs de assistir seu ocaso. Ela era ótima, mas este filme é um lixo. Nota 1.
   O ESCUDO NEGRO DE FALWORTH de Rudolph Maté com Tony Curtis, Janet Leigh, Herbert Marshall e Barbara Rush
Finalmente lançam este DVD no Brasil!!! Um dos mais reprisados filmes da Sessão da Tarde dos anos 70, é surpreendentemente bom. Maté foi um grande diretor de fotografia. Começou com Dreyer e foi para Hollywood onde dirigiu alguns filmes médios. Este é seu melhor. Tony Curtis era lançado a época como a nova estrela da Universal. Ele funciona em aventuras muito bem. Faz aqui um tipo estourado, meio bronco. O filme fala de jovem, estamos na idade média, que é o filho de um nobre arruinado sem o saber. Vai para a corte, onde é hostilizado por jovem nobre e ajudado por velho mestre de espadas. Eu não sei porque o filme me lembrou muito Star Wars. De qualquer forma, ele é alegre, movimentado, muito colorido. Boa amostra do antigo filme juvenil, do antigo filme "B", que hoje seria tratado como filme "A". Nota 7.
   EL MARIACHI de Robert Rodriguez
Eis o primeiro filme de Rodriguez, famoso na época por ter sido feito com a grana de um carro. Ele é pobre, claro, tem uma fotografia miserável, mas é cheio de ação, clima e promete aquilo que seu diretor faria em seguida. Filmes pop levados com leveza e rapidez. Vale conhecer. Nota 5.
   FÚRIA DE TITÃS de Desmond Davis com Judi Bowker, Laurence Olivier, Claire Bloom e Maggie Smith
Não se empolgue com os nomes veneráveis de Olivier, Bloom e Maggie Smith. Muito menos com os efeitos de Ray Harryhausen. É uma insuportável aventura mitológica sobre Perseu etc... Incrivelmente ruim, até os efeitos de Ray estão ridiculos. A magia que ele criava antes, aqui está perdida. O ator central é um dos piores já vistos. A câmera insiste em dar close de seu rosto e tudo o que ele faz é ajeitar os cachos dos cabelos e aumentar seu biquinho. Olivier é Zeus. Porque, ao fim da carreira, ele aceitava filmes tão ruins? Vaidade? Grana? Pior: este lixo foi refilmado no ano passado com o mesmo nome. Pra que? ZERO!!!!
   HORA DO RUSH 2 de Brett Ratner com Jackie Chan e Chris Tucker
O cinema americano não soube usar os talentos de Chan e de Chris. Assim como ocorreu com Jim Carrey, os executivos os rotularam de "astros para filmes ligeiros" e fim. Jackie Chan merecia aventuras mais caras, mais ambiciosas ( mas talvez nessas aventuras ele fosse sufocado em efeitos digitais ) e Chris merecia filmar mais, muito mais. Este filme, delicioso, é aquele que voce já sabe: os dois vão para Hong Kong, se envolvem com máfia e depois tudo se resolve nos EUA. Eu queria mais, mais lutas, mais piadas, mais duração. Mas é um filme legal para dias de tédio. Nota 6.
   SET UP de Mike Gunter com 50 Cent, Ryan Philippe e Bruce Willis
Muito rap, massacres, vida de cão na prisão, guitarras, tiros e mal caratismo. Que lixo é isto? Como é possível que uma coisa que já foi tão nobre como o cinema, possa agora, como uma rameira sifilica ou um traficante de veneno produzir algo tão do mal, com intensões tão ruins. Ele glorifica a bandidagem, a violência, a vida sem moral alguma. Depois não venham reclamar do rumo que o mundo toma. Bruce se especializou em pequenos papéis "especiais" de chefões do crime. Morro de saudades do "bom e velho" Duro de Matar. Ali tínhamos ação com boas intenções, humor e tiros, explosões e suspense. Nada disso aqui. ZERO!!!!!!
   PÁGINA OITO de David Hare com Bill Nighy, Rachel Weisz, Judy Davis e Michael Gambom
Bom filme inglês. Bill, sempre sério e elegante, é um velho funcionário da segurança britãnica. Ele descobre que o primeiro-ministro tornou-se conivente com a politica americana de tortura e combate ao terror. Mais que isso, que há uma outra agência de segurança dentro do governo, mais imoral, mais corrupta, para agenciar as coisas desse ministro. O filme mostra sua intenção: a Inglaterra é agora apenas um apêndice dos EUA. Bill Nighy é um agente à velha moda, ético, trabalha para o país, para o defender de inimigos e não para acomodar interesses globais. Amargo e com final dúbio, é um digno veículo para um bom ator. Rachel faz uma vizinha ativista da causa árabe. Seu papel, melhor do que parece, é que faz com que Bill se mova. Não sei se esse filme foi exibido aqui. Nota 7.
   ONZE HOMENS E UM SEGREDO de Steven Soderbergh com George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Julia Roberts, Elliot Gould e Andy Garcia
Revejo-o após dez anos. O filme tem poucas semelhanças com o original de Sinatra. O que fica de mais próximo é o aspecto cool da produção. Temos um fascinante desfile de roupas elegantes, cenários bonitos e figurantes bem dirigidos. A trilha sonora de David Holmes é exuberante, ninguém hoje faz trilhas sonoras melhores. Vejo o filme, excelente, e penso que ele é uma bela amostra daqueles filmes espertos feitos por volta de 1960, com seus ladrões amorais e seu clima chique. Nos extras do DVD, Soderbergh fala de Golpe de Mestre ( um espetacular filme com Paul Newman e Redford que ganhou melhor filme em 1973 ), e mais, atrás de Soderbergh há um poster de um filme: Bande a Part de Godard. Um filme com Anna Karina que trata de roubo. O que tem Bande a Part? É o nome da produtora de Tarantino e agora surge no escritório de Soderbergh...filme influente é assim que se revela... Voltando, dá pra notar um monte de furos no roteiro, o plano não é assim tão genial; mas a coisa é muito bem dirigida e tudo o que sentimos durante o filme é prazer. George Clooney está em casa, nasceu para esse tipo de papel. Mas Brad Pitt está ainda melhor. Seu rosto é pura diversão. É este filme que exibe melhor o tipo de filme pop que eu adoraria ver mais na Hollywood de hoje. Absolutamente sem erros. Nota 9.

TYRONE POWER/ HENRY FONDA/ ROBERT RODRIGUEZ/ JERRY LEWIS/ BRUCE WILLIS/ DEANNA DURBIN/ RED DOG/ LANTERNA VERDE

   PRIMEIRO AMOR de Henry Koster com Deanna Durbin e Robert Stack
No começo da década de 30 todos os estúdios de Hollywood, com excessão da MGM, estavam no vermelho. Reflexo da crise de 29 e dos salários absurdos dos deuses do cinema silencioso. A Paramount, que foi a companhia mais ameaçada, foi salva graças a De Mille e aos musicais de Jeannette MacDonald. A Warner se salvou com seus filmes de gangster com James Cagney ou Edward G. Robinson, a Columbia se safou com os filmes de Frank Capra, a Fox com westerns baratos e temos a Universal que deveu sua salvação a filmes de monstros, tipo Drácula e Frankenstein e a descoberta da estrela juvenil Deanna Durbin. Eu nunca havia visto um filme dela, este é meu primeiro. Deanna me conquistou só com um olhar. Ela não é bonitona ou glamurosa, é comum, banal, simples, mas é simpática. O que a define é uma simpatia doce, sem nada de forçado, anti-artificial. Voce olha pra Deanna e sente uma imensa vontade de a proteger. Dizem que foi ela quem criou essa coisa chamada de "teen americana", que antes dela adolescente era pequeno adulto. Não sei e não creio muito nisso. O que interessa é que este filme, uma atualização da história de Cinderela, é muito agradável, gostoso de ver, encantador até. Ele é como um bom sofá, uma lareira, um amigo, nos dá paz, tranquila fruição. Existe algum tipo de filme hoje que ainda procura ser essa coisa calma, plácida e feliz? Deanna Durbin foi uma das maiores estrelas dos anos 30. Começou aos 14 anos sempre em filmes que exibiam seus dotes vocais ( ah, ela canta divinamente ). Quando começou a ficar adulta teve a inteligência de largar o cinema, casou-se e foi morar na França. Viveu mais de 90 anos, e espero que tenham sido anos muito felizes. Deanna mereceu. Nota 7.
   DÚVIDAS NO CORAÇÃO de Sidney Lanfield com Tyrone Power e Sonja Henie
No cinema hiper pop dos anos 30, quando surgia um campeão do esporte logo se pensava em transformá-lo em star. Assim foi com Weissmuller como Tarzan, com Buster Crabbe como Flash Gordon, Esther Willians e suas piscinas musicadas e com a campeã de patinação Sonja Henie, uma norueguesa muito má atriz, mas que por ter uma imagem tão sorridente e pouco pretensiosa, deu muito certo por alguns anos. Aqui ela é uma professora que sem querer se torna uma estrela do cinema. O legal do filme é que ele mostra o processo de construção de uma estrela: os romances forjados, a falsidade das biografias. Tyrone Power ao contrário de Sonja, foi uma estrela no cinema do começo ate´sua morte nos anos 50. Tyrone era um ator apenas razoável, mas era bonito, elegante e podia tanto ser um industrial de Boston como um cowboy do Texas. Seu rosto, meio latino meio irlandês ( na verdade ele era totalmente irlandês ), comportava uma gama imensa de caracteres. Aqui, bastante jovem, ele faz um tipo que James Stewart faria alguns anos depois, o jovem ambicioso e atrapalhado que se revela um bom coração. Um filme que se deixa ver, exemplo da linha de produção dos anos 30/40. Nota 6.
   BLOQUEIO de William Dieterle com Madeleine Carroll e Henry Fonda
Fonda tinha uma caracterísitca que às vezes me irrita: ele era sério demais. Parece que tudo nele tinha de ser relevante, comprometido, nobre. Em filmes como O Jovem Lincoln ou Consciências Mortas esse modo de Henry Fonda ser, casa a perfeição com a obra. Mas em outros filmes esse seu jeito bom demais, correto demais parece fora de lugar. Este filme, uma bagunça esquisita, uma produção sem rumo, que fala sobre a revolução espanhola, é muito desagradável. Madeleine, que era um atriz deliciosa, é uma espiã dos fascistas, Fonda é um comunista que luta pela  causa. O filme, feito durante a própria revolução, termina com um apelo ao mundo. Fonda se volta ao público e pergunta: Onde está a consciência do mundo? A mensagem do filme é clara, o mundo deixou que a Espanha fosse massacrada, mal sabia o mundo que a consequencia seria Hitler. Que a Espanha era um campo de treino para o exército nazi. Mas em que pese sua visão e o fato de Dieterle ser um ótimo diretor, as coisas aqui são tão sérias e tão politicas que a diversão vai pro espaço. Nota 4.
   O QUINTO ELEMENTO de Luc Besson com Bruce Willis, Gary Oldman, Chris Rock, Ian Holm e Milla Jovovich
Claro que já vi este filme N vezes. E após alguns anos o revi nesta semana. E mais uma vez me diverti. É uma comédia juvenil ao estilo dos seriados bobos dos anos 40. Nada é sério e tudo é uma fantasia sem compromisso com nada. Toda produção de HQ deveria ter este espírito. Besson dá um belo visual cafona a tudo, é um futuro colorido, gay, festivo, purpurinado. Gaultier cuidou do visual e se percebe em sua mistura de cafonice com luxo tecno espacial. Os efeitos digitais aqui ( 1995 ) ainda não haviam dominado toda a produção, então há algo de humano neste mundo brilhoso. Bruce Willis sabe unir tudo, sabe ser engraçado e heróico ao mesmo tempo. Ele tempera o filme com olhares de ironia e atitudes de bronco. Inteligente, ele sempre foi um ator muito mais inteligente do que os críticos perceberam. Chris Rock faz um DJ baseado em Prince. Comediante maravilhoso, até hoje ninguém entendeu porque sua carreira não engrenou. Talvez ele seja amoral demais. Asssistir este filme bobíssimo é como ver um grande desfile de escola de samba ou um belo jogo de futebol, uma baita diversão. Nota 7.
   MOCINHO ENCRENQUEIRO de Jerry Lewis
Um amigo escreveu reclamando da critica que fiz a Jerry postagens atrás. Acho que não deixei claro que gosto muito de Jerry. Cresci vendo seus filmes na TV. Tardes em que eu, meu irmão, minha mãe e minha tia chorávamos de rir vendo seus filmes. Para mim, então, os criticos franceses estavam certos, Jerry era um gênio. O cara produzia, escrevia, interpretava um ou dois filmes por ano, e sempre era engraçado. Os americanos iam ver seus filmes, mas achavam risivel os franceses, Jerry na América era apenas um humorista, jamais um gênio. Pois bem, vendo seus filmes agora percebo que as duas visões são corretas e erradas. Jerry não era apenas um humorista, era um muito criativo cineasta. Seus filmes são criações de uma mente original. Então, sim ele é um autor. Mas ao mesmo tempo ele erra muito. Demais até, e piadas que poderiam ser excelentes são estragadas por sua ambição sem freio. Minha critica é a de que Jerry hoje não tem graça, mas, sobrevive como um diretor original e cheio de boas ideias. De qualquer modo, este filme, sobre um empregado de estúdio de cinema, nos dá a chance de ver a Paramount em seus interiores e tem ao menos uma piada hilária, a cena no elevador é muito boa. Nota 6.
   RED DOG de Kriv Stenders
Nos anos 70 um cão se tornou famoso no norte da Austrália. Era um cão sem dono, que vagava por meio continente e que era adotado por toda cidade. Essa história real foi filmada em 2010, produção australiana que ganhou prêmios locais. É óbvio que não passou no Brasil, mas vale muito a pena baixar. Todo mundo sabe que sou louco por cães. Mas me revolta a ruindade da maioria dos filmes com cachorros. Eles humanizam os bichos, fazem com que eles falem, tenham expressões faciais de humanos, se tornem crianças espertas ou pior, santos sofredores. Não é este caso. Red Dog é todo o tempo um cão. Nada de gracinhas, nada de olhares de gente. O filme, passado entre mineradores do sertão, é como cinema um filme muito bom. E em seu final, sem apelar muito, é profundamente emocionante. Não me recordo de filme com cachorro melhor que este. É ao mesmo tempo um filme estradeiro, uma comédia sobre broncos, uma descrição de uma região do mundo que ninguém conhece e uma lição sobre amizade. Adorei. Nota 8.
   O INCRIVEL HOMEM QUE ENCOLHEU de Jack Arnold
Clássico cult de sci-fi. Baseado num conto de Richard Matheson, acompanhamos a saga de  um homem que ao sofrer radiação no mar, começa a encolher dia a dia. O filme é muito, muito triste. O desespero do pobre sujeito nos desespera. Não há cura e ele se torna um anão, um boneco e logo um inseto. Até o final do filme, belissimo, em que ele chega ao nivel das bactérias e encontra a paz. Dá sim pra chamá-lo de pequena obra-prima. Não faz a menor concessão, nada ali pode o salvar. Filme barato que é hoje um dos gigantes de seu tempo. Nota 9.
   WINTER, O GOLFINHO de Charles Martin Smith com Harry Connick Jr., Ashley Judd, Kris Kristoferson e Morgan Freeman
Smith foi ator nos anos 80, Conta Comigo por exemplo. Tem se revelado um muito bom diretor. Sensível sem nunca parecer apelativo. É outra história veridica. Aqui é sobre golfinho ferido que é ajudado por equipe de aquário na Flórida. Há menino timido que encontra seu lugar no mundo, mãe abandonada, doutor bonachão. Tudo cliché, mas nada disso atrapalha a beleza das imagens e o encanto da história. O golfinho verdadeiro está vivo e pode ser acompanhado pela internet. A proteção animal é uma das melhores coisas do nosso mundo tecnológico. Se voce tem filhos este é o filme certo! Nota 7.
   LANTERNA VERDE de Martin Campbell com Ryan Reynolds
Vou falar do porque dos efeitos digitais me incomodarem. Vejo um stuntman dirigir um carro num filme. Me emociono e fico ligado. Vejo um carro digitalizado correr, não consigo atingir o mesmo nivel de adrenalina, Porque? Preconceito meu? Tenho uma teoria. Quando vejo uma cena de luta em filme chinês, ou Statham numa cena de carros, sei que ali há um limite. O limite humano. E a emoção está em ver até onde vai esse limite. Mesmo que existam efeitos digitais ali ( e os há ), a ênfase é na habilidade do homem. Existe suspense porque existe um limite. Isso não ocorre, nunca, em filmes cem por cento em digital. Tudo pode acontecer, e se tudo pode acontecer não existe um limite a ser desafiado. Em Os Eleitos, obra-prima de Philip Kauffman sobre entre outras coisas aviões, vemos Chuck Yeager voar. Ele sobe e sobe e sobe e nosso nervos enlouquecem. Aqui sabemos que o piloto Hal Jordan pode voar até o sol, e daí? Ele pode vencer um destruidor de mundos como quem dá um chute numa bola.  O bom do filme é o visual do espaço, mas o que dizer de uma aventura sem emoção? E ainda com todo aquele cliché de herói que se humaniza, de bandido que é enlouquecido pelo poder, de menina que ama o cara mas não admite isso....quantos bocejos!!!! E de humor, de fantasia pura, de inesperado, nada.... Nota 2. ( há piores ).
   A BALADA DO PISTOLEIRO de Robert Rodriguez com Antonio Banderas, Salma Hayeck, Steve Buscemi, Quentin Tarantino, Joaquim de Almeida e Danny Trejo
Adoro Robert. Adoro a trilha sonora, adoro as cores, as mulheres, a loucura, o humor escrachado, a atitude rocknroll. E adoro esse lado humorista de Banderas, um ator que nasceu para ser engraçado e que pouco encontrou papéis a sua altura. Ele pode fazer uma coisa que é das mais dificeis, ser engraçado e ao mesmo tempo sedutor, ser ridiculo sem perder a elegancia. Nesta terceira revisão o filme me lembrou muito Yojimbo de Kurosawa. Aliás, acho que Yojimbo se gravou no sub-consciente de Rodriguez e Tarantino. Salma nunca esteve tão bonita e o filme é uma deliciosa diversão. Explosão de sangue, elegancia e muito sol. Nota 7.
  

MANKIEWICZ/ REX HARRISON/ BRUCE WILLIS/ BING CROSBY/ HUSTON/ SINATRA/ OKLAHOMA!

   CHARADA EM VENEZA de Joseph L. Mankiewicz com Rex Harrison, Susan Hayward e Cliff Robertson
Um velho milionário em Veneza se finge de doente terminal para avaliar a reação de suas três ex-mulheres. Mankiewicz, o grande diretor de A Malvada, famoso por seus roteiros exemplares, não consegue criar aqui o interesse para manter o filme de pé. Sua intenção é a de fazer uma sofisticada comédia levemente cínica. Cínica ela é. De qualquer modo, Rex Harrison é sempre um mestre nesse tipo de personagem. Vê-lo atuar salva o filme do meramente ruim. Nota 5.
   CATCH.44 de Aaron Harvey com Bruce Willis, Forest Whitaker e Malin Akerman
É um compêndio de cenas roubadas de filmes de Tarantino e Rodriguez. Será que esse Aaron é um pseudônimo de um dos dois? Este filme não tem história, são apenas cenas de diálogos pseudo-espertos e tiros sanguinolentos. Forest faz seu tipo "sou um pobre diabo" e Bruce Willis faz Bruce Willis. Mas... que diabos, é divertido! E dura apenas oitenta minutos. Nada de tentativa de fazer arte, nada de tristezinhos sensíveis, nada de denúncias para festivais. É apenas um filme adolescente-macho, cheio de rocknroll ( tem Bowie cantando Queen Bitch ). E eu adoro Bruce Willis!!!! Nota sei lá....cinco tá bom.
   O BOM PASTOR de Leo McCarey com Bing Crosby e Barry Fitzgerald
É um dos filmes mais detestados pelos críticos moderninhos. Isso acontece por ele ter, no Oscar de 1944, "roubado" os prêmios de PACTO DE SANGUE, a obra-prima de Billy Wilder. Que culpa este filme tem? É um bom filme otimista e tolo. Bing, muito bem, faz um padre moderno e sempre de bom humor, que é enviado a paróquia decadente para a salvar. Fitzgerald, ator irlandês que chegou a trabalhar no Abbey Theatre, é o velho padre veterano e antiquado. Acontece um milagre no filme: ele não é meloso e nem chato. Tem uma leveza, uma falta de pretensão maravilhosa. Mérito de Leo MacCarey, diretor formado em filmes de Harold Lloyd, e diretor dos irmãos Marx em Duck Soup. Bing Crosby canta Swimming on a Star...é divino!!! A perfeita canção pop. Delicioso passatempo. Nota 8.
   A BÍBLIA, NO INÍCIO de John Huston com George C.Scott, Ava Gardner, Peter O'Toole...
Um dos grandes desastres de Huston. Mas este não é um soberbo desastre, é apenas um filme muito ruim. O antigo testamento é infilmável. Ele é poesia, feito de imagens simbólicas e prosa intrincada, nada menos filmável. Mas Huston amava textos não-filmáveis. Aqui quebrou a cara. O filme é chato, longo, tolo, infantil e feio de se ver. Um caos. Nota Zero.
   JACK, O MATADOR DE GIGANTES de Nathan Juran
Na época em que este filme foi feito ( 1962 ), Ray Harryhausen era o rei dos efeitos especiais ( Ray é o ídolo de Tim Burton ). George Pal vinha logo em seguida. Pois bem, este filme tem efeitos que Não são de Ray ou de George. Portanto são efeitos muito ruins. Não possuem a perfeição de Ray e nem a poesia de George. Isso derruba esta aventura cheia de bruxos, monstros e que tais. Tudo tem jeito de carnaval e nunca de magia. Nota 2.
   ROBIN HOOD DE CHICAGO de Gordon Douglas com Frank Sinatra, Peter Falk, Dean Martin
Chicago dos anos 30. Falk e Sinatra estão em gangues rivais. Sinatra acaba por se tornar um tipo de Robin Hood da máfia. E o roteiro é só isso. Não fossem duas coisas geniais: Peter Falk faz um mafioso "italiano" hilário!!! Tudo que De Niro faria depois está aqui. A voz enrolada e as palavras saindo como cascata, os trejeitos das mãos, o modo debochado de sorrir, é uma criação maravilhosa de um grande ator. E há Bing Crosby, que faz um almofadinha nerd, que acaba por se unir ao grupo. A cena em que Sinatra e Dean ensinam a Bing como se vestir para sair é ótima. O filme, fora isso, é bastante assistível. E ainda vemos os Rat Packs fazerem seus tipos espertinhos de sempre. Nota 6.
   OKLAHOMA! de Fred Zinnemann com Gordon McRae, Shirley Jones e Gloria Grahame
Agnes de Mille fez as coreografias e isso é muito bom. As cenas de dança, infelizmente poucas, são fascinantes. Este filme mostra o porque dos musicais começarem a ruir em cinema. Deixou-se de criar musicais para cinema, e apostando no certo, se começou a transpor para a tela sucessos da Broadway. O que funciona no palco pode ser um fiasco na tela. Este filme, imenso, caríssimo, não foi um fiasco, mas foi pensado como um clássico, e nem sequer é um bom filme. Como cinema, as cenas melhores são aquelas com Gloria Grahame, que faz uma moça incapaz de dizer não a um moço. Gloria foi uma atriz original, meia feinha e muito sexy. Sua vida pessoal foi mais interessante ainda... Zinnemann que é um grande diretor, não sabe fazer um musical. Percebemos seu desconforto, ele não corta quando devia, não estica o que merece ser apreciado. Tudo isso faz deste filme uma coisa esquizo, sem rumo, artificial. Nota 4.
   MILAGRE NA RUA 34 de George Seaton com Maureen O'Hara, Edmund Gwenn e Natalie Wood
É a história do velhinho que pensa ser Papai Noel. Ele passa a trabalhar na Macy's, onde conhece mãe solteira que tem um filha sem ilusões sobre a vida. Este filme, simples e bonito, ganhou um Oscar de roteiro. Mereceu. Embora pareça apenas um filme bacaninha de natal, ele é na verdade um muito sério debate sobre o que é real e o que parece ser a verdade. Seaton, que escreveu a história, dirige tudo como um quase documentário, cenas cruas, sem muita produção. Para quem quiser ver um filme de natal sem nada de piegas ou de bobo, este é o filme. Encantador. PS: Natalie Wood, ainda criança, dá um show como a menina "realista". Gwenn faz um Santa Claus próximo do perfeito. Nota 8.

DASSIN/ SCORSESE/ ARONOFSKI/ DEL TORO/ PETER BROOK/

LÁGRIMAS DO SOL de Antoine Fuqua com Bruce Willis e Monica Bellucci
Um grupo de soldados vai resgatar americanos em país africano. É um filme dos anos 80 com tintas de bom mocismo típicas dos anos 2000. A ação é banal e dá pra notar que Willis está desinteressado. Não é um filme ruim, é menos que isso. Nota 1.
O LABIRINTO DO FAUNO de Guillermo del Toro
Um filme infantil com cenas adultas. Tem um belo visual, mas a visão que ele tem da vida, seja politica seja sentimental, é de uma criança. Mas o filme não é sobre as fantasias de uma criança? Sim e não. Se fosse a visão de uma criança não teríamos certas cenas que traem um desencanto adulto. De qualquer modo, mesmo não sendo tão bom quanto alguns querem crer ( lhe falta densidade, há uma constante sensação de frustração nele ), é um filme interessante. Em alguns poucos momentos sente-se realmente o que é ser criança e viver nesse mundo dúbio, entre ver e intuir, pensar e sentir, criar e se conformar. Nota 6.
OLD BOY de Chanwook Park
Há um público gigantesco hoje que confunde apuro visual e ousadia superficial com arte. Vejam este exemplo: pega-se uma história simples, simplória até, e através de toda a perfumaria e maquiagem de modismos sem razão de ser, confunde-se tudo. Os tolos acreditarão nessa confusão com as "sacadas espertas" e o visual nervoso será chamado de "estilo". Necas! O filme é comum como qualquer porradaria de Charles Bronson ( prefiro Bronson ). Vazio, sem qualquer emoção, vive daquilo que George Lucas dizia:" É fácil criar sensação no cinema: pegue um gatinho e o esmague, eis a sensação-nojo e pena, revolta e asco; nada a ver com emoção". Old Boy é um lixo. Nota ZERO.
A ILHA DO MEDO de Martin Scorsese com Leonardo di Caprio, Ben Kingsley, Michelle Willians e Max Von Sydow
Frustrante. Quando descobrimos a verdade não nos sentimos surpresos, nos sentimos logrados. O roteiro é seu ponto ruim, e mesmo a direção de Scorsese, cheia de clima e de amor a seu tema trash, não consegue salva-lo. Os atores estão bem ( há algum ator hoje mais importante que Leo? E ainda há o bergmaniano Sydow, o cara que fez O Setimo Selo e O Rosto ). Nota 4.
ENCONTRO COM HOMENS NOTÁVEIS de Peter Brook
Filme sobre a juventude de Gurdjieff. Gurdijieff foi um russo que se tornou um tipo de divulgador de crenças orientais alternativas. Brook como diretor de teatro é figura central do século XX, como pensador é um grande homem, mas como cineasta é um ambicioso, um ambicioso que nunca chega lá. O filme está muito abaixo de sua ambição. Nota 4.
CORAÇÕES DESEPERADOS de Jules Dassin com Melina Mercouri, Romy Schneider e Peter Finch
O MacCarthismo fez bem a Dassin ( e a Losey ). Esse americano começou como um excelente diretor de amargos policiais nos anos 40. Ao ser expulso da América renasceu europeu, passando a fazer filmes muito modernos e muito ousados na França, Inglaterra e Grécia. Foi na Grécia que ele conheceu Melina, sua esposa. Este filme, maravilhoso, é uma homenagem a sua musa. Vemos na Espanha um casal em crise viajando com sua filha adolescente, e também com a amante do marido, que vai junto. A esposa ( Melina ) sabe de tudo e se martiriza com a situação. O filme acompanha 24 horas dessa viagem, de Toledo a Madrid. Noite de chuva forte e manhã de sol. Para quem quer saber o que é um filme adulto, eis aqui sua chance. Os três atores se batem com sutileza e se vêem presos numa vida boba, sem desejo e sem coragem. A fotografia é um primor: os telhados da velha Toledo na chuva, a aparição do Espanhol foragido, as ruas com sombras e a cena belíssima do amanhecer no campo nú. Eu havia visto este filme na tv Bandeirantes aos 12 anos de idade e só o revi agora, mais de trinta anos depois. Os telhados à chuva e o rosto de Melina ficaram em mim como minhas primeiras imagens do que seja o tal "filme de arte". O final, ruas vazias ao sol do meio-dia é para não se deixar de ver. Jules Dassin era duca!!!! Nota 9.
FONTE DA VIDA de Darren Aronofski com Hugh Jackman, Rachel Weisz e Ellen Burstyn
As 3 encarnações de casal que se ama. Ou também a sabedoria de uma mulher agonizante que descobre que viver é aceitar a morte. Morte que é transformação. Aronofski sempre tem boas intenções, é um cineasta que se interessa pelo que importa. Mas ao mesmo tempo, como todos nós, ele é filho de seu meio. E americanos têm uma enorme dificuldade em lidar com símbolos. A pragmática e não-simbólica igreja americana os isolou desse universo inconsciente. Quando se metem a tentar penetrar nesse universo não-racional acabam explicando demais, expondo demais, iluminando em excesso. Budismo, Jung e neurociencia são tocadas, mas de uma forma que se aproxima perigosamente da new-age. Mas não deixa de ser um filme louvável. Fico apenas chateado ao pensar no que um Kubrick ou um Tarkovski fariam com esse tema. Nos extras, na entrevista com um dos roteiristas, vejo que há um poster de Kurosawa em sua sala... Aronofski tem essa coisa niponica da morte sempre presente, mas lhe falta um pouco mais de discrição, rigor, menos disneylandia. Nota 6.

BRUCE WILLIS/ MICHAEL DOUGLAS/ CAPRA/ DEMME/ ASTAIRE/ FLYNN

RED de Robert Schwentke com Bruce Willis, Mary-Louise Parker, John Malkovich, Helen Mirren, Richard Dreyfuss, Ernest Bognine e Karl Urban
Este filme, absurdamente estrelado, tem um grave defeito: um inicio confuso e muito sem sal. Depois melhora e sua hora final é bastante divertida. Bruce envelheceu bem e segura o filme com seu carisma tranquilo. Mas Mary-Louise está excelente e Malkovich tem uma cena hilária ( correndo atrás dos bandidos ). Helen Mirren tem momento relax em carreira exemplar: desde a ninfeta de A Idade da Reflexão ( obrigatório!!!! ) passando por teatro shakespeareano e filmes de arte, até o Oscar e a atual popice. Este filme, tolo, diverte por ter atores certos e gostáveis em papéis adequados. E é isso. Nota 5.
O SOLTEIRÃO de Brian Koppelman e David Levien com Michael Douglas, Mary-Louise Parker, Jesse Eisenberg e Susan Sarandon
Douglas em atuação perfeita e emocionante. Adianta eu falar que é o filme do ano? Com essa avalanche de lançamentos pré consagrados, quem liga para um filme fora do hype? Muito bem escrito, ele mostra o homem-masculino como urso polar ou lobo europeu: em processo de fuga. Douglas se reafirma como grande personalidade do cinema e o filme é drama sem choro e arte sem afetação. Brilhante! Nota DEZ.
O RIO DAS ALMAS PERDIDAS de Otto Preminger com Robert Mitchum e Marilyn Monroe
Nem Mitchum consegue salvar este western frouxo. Falta melhor trama e falta um bom personagem. Das divas do cinema, MM é de longe a pior. Só foi boa atriz com Billy Wilder. Preminger quando acertava era rei, mas quando erra é quase insuportável. Nota 3.
O HOMEM FORTE de Frank Capra com Harry Langdon
Langdon foi humorista famoso hoje esquecido. Seu tipo era muito estranho: um tipo de crianção inocente fofo e bobo. O rosto como o de um anjo irritante. Mas o filme é bom, graças ao talento de Capra para o movimento. Vemos Langdon zanzando pela cidade atrás de seu amor. Nota 6.
MELVIN E HOWARD de Johnathan Demme com Paul Le Mat, Mary Steenburgen e Jason Robards
É um dos filmes favoritos de PT Anderson. E foi a zebra de 1980. Um filme modesto que foi aclamado pelos criticos. Demme depois se tornou o cara de Silencio dos Inocentes e Filadelfia. O filme trata de Howard Hughes ( um comovente Robards ) que vaga pelo deserto. Um operário lhe dá uma carona. Acompanhamos o cotidiano desse operário americano, um simplório. Hughes lhe deixa a herança e ele a perde nos tribunais. Me diga: faz quanto tempo que o cinema americano não faz um filme sobre simples trabalhadores? Fosse hoje ele seria um drogado terminal ou um engraçado trapalhão. Mas aqui não, é vida real. Demme já demonstra seu talento para conduzir atores. Um belo filme pobre. Nota 7.
A ALDEIA DOS AMALDIÇOADOS de Wolf Rilla com George Sanders
Uma cidade fica isolada do mundo. Quando volta ao normal, todas as mulheres engravidam. Os filhos que nascem são muuuito estranhos. Uma parábola sobre filhos e pais. O medo que os pais têm de uma nova geração. É um pequeno clássico inglês. Nota 7.
UM AMOR DE DANÇARINA de Robert Z Leonard com Joan Crawford e Clark Gable
Anos 30. Gable super macho, Joan como a sexy com fibra. Escapismo para a era da depressão pós 1929. Tudo é previsivel, mas a MGM faz as coisas correrem tão depressa que acabamos caindo "no samba" e nos envolvendo com toda aquela besteira. Isto é cinema profissional. Nota 6.
MELODIAS DA BROADWAY de Norman Taurog com Fred Astaire e Eleanor Powell
Tudo brilha quando Astaire dança. Ele não era deste planeta! Flutua e nos passa uma imensa gama de sentimentos e significados com o bailar de seus pés. Um milagreiro! O filme, de rotina, fala de shows e estrelato. Powell era super-estrela, mas era ruim. Fria e distante, não funciona. Mas Fred salva tudo quando em cena, nós o amamos e penetramos em sua terra de sonho. Amar cinema e não amar Astaire é como amar rock e não gostar de Beatles, impensável Nota 6.
GENTLEMAN JIM de Raoul Walsh com Errol Flynn e Alexis Smith
Walsh foi um dos gigantes da Warner. Um mestre da ação, seus filmes fluem e envelheceram muito pouco. É mestre em narração, as cenas se ligam, a história é contada com leveza e mal percebemos seus cortes e o tempo que passa. Errol Flynn era o ator fetiche de bom humor, beleza, rapidez, economia, glamour. Os dois juntos fazem aqui o ponto mais alto da longa carreira de Walsh ( 80 filmes!!!! ). È a história de Jim Corbett, o campeão peso-pesado que inventou o bailado no ringue, o jogo de pés. Jim é exibido como um muito alegre e muito esperto irlandês ambicioso. O filme, festivo, se concentra na vida familiar de Jim ( muito alegre ) e em suas lutas ( muito emocionantes ). Errol Flynn está perfeito: adoramos aquele tolo rapaz simplório, deslumbrado com a fama, bailando no ringue e nas ruas. É um filme perfeito. Nenhuma cena é fraca. Tudo é vida e ação. Aula de como se fazer um filme. Nota DEZ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

PIRATAS DO ROCK/ BRUCE WILLIS/HITCHCOCK/PETER FONDA/DEMÔNIOS SOBRE RODAS

ZAROFF de Irving Pichel com Fay Wray e Joel McCrea
Um dos piores de todos os tempos. A história do náufrago em ilha que é caçado por conde louco. Mal escrito, péssimamente interpretado. Ridículo. Nota Zero.
DEMÔNIOS SOBRE RODAS de Richard Rush com Jack Nicholson
Turma de Hells Angels andam de moto e arrumam brigas. O filme é só isso. Mas tem um muito jovem Jack, fazendo um cara que se mistura com eles e no final vê o quanto eles são tolos. Machismo de montão num filme monótono. Nota 3.
SURPRESAS DO AMOR de Seth Gordon com Reese Witherspoon, Vince Vaughn, Sissy Spaceck, Jon Voight, Robert Duvall
Com esse elenco se conseguiu fazer um muito medíocre filme. Um casal que viaja para passar o natal com os pais. Não há uma só fala razoávelmente bem pensada, nem um minuto de bom cinema. Tudo é tolo, previsível, bobo, infantil. Os rostos estão tão retocados digitalmente que é impossível se ver qualquer sinal de interpretação. Reese, atriz que gosto muito, já não encontra papéis e está estranhamente parecida com Nicole Kidman ! Um lixo ! Nota Zero.
O HOMEM ERRADO de Alfred Hitchcock com Henry Fonda e Vera Miles.
O mais moderno dos filmes de Hitch. Um músico casado e bom pai, é acusado de assalto. É preso e tudo se volta contra ele. Não há suspense, não acompanhamos nenhuma investigação, nada. Tudo o que o mestre nos dá é a via-crucis de Fonda, sua prisão em cada detalhe, sua muda estupefação, suas reações discretas. É filme de imensa tristeza, de nenhuma concessão. Filmado com coragem exemplar, traz ainda um Henry Fonda estupendo ( ele comove o tempo todo usando apenas olhares e movimento de mãos ). Um filme para ser jamais esquecido. Nota DEZ !
PIRATAS DO ROCK de Richard Curtis com Philip Seymour Hoffman, Kenneth Branagh, Bill Nighy e Rhys Ifans.
Maravilhosa surpresa ! História real sobre as rádios piratas inglesas que em 65/69 mantiveram vivo o rock quando ele ainda era combatido na Inglaterra. A Radio Rock realmente existiu, transmitindo de um navio ancorado no mar do norte. O filme, bem-humorado sempre, acompanha a vida desses DJs. O filme é cheio de boas cenas, mas há uma, com uma xícara de chá e som de Leonard Cohen, que é genial : engraçada e humana, que milagre ! A trilha sonora é impossivelmente ótima, tem de Kinks ( começa com ALL DAY AND ALL OF THE NIGHT ) e não esquece Pretty Things, Small Faces, Who e Yardbirds. Um filme que te deixa lá em cima, que te faz gostar dos personagens, com lindas garotas ( uma faz o estilo Anna Karina, outra faz um tipo Anita Pallemberg ) e diálogos muito bons. O que mais voce quer ? O único senão é uma certa melancolia no final... sentimos que dalí em diante fazer rock seria mainstream e que o heroísmo ficava para trás... Porque este filme não fez sucesso ? Será que o público se imbecilizou tanto assim ? Nota 9.
OS SUBSTITUTOS de Johnathan Mostow com Bruce Willis e Rhada Mitchell
No futuro as pessoas ficam em casa controlando seus clones que vivem por elas. Sacou ? Não é genial ? Não é mudernu e ousado ? Não, não é. Trata-se de uma completa e muito burra bomba. Não sei quem foi que escreveu que com menos de oito segundos por take a reflexão num filme se torna impossível. Me dei ao trabalho de contar : 3 segundos em média. Chegou um momento em que tive a impressão de estar vendo um trailer : juro, parecia que aquilo não era um filme, era o anúncio de um filme que ainda ia começar ! Não tem diálogos, os personagens são bonecos sem pensamento algum, os atores estão digitalizados. Um absoluto exemplo do pior lixo de uma época descerebrada. Isto é o fim. Qualquer chance de cinema razoável morre aqui. Um dos mais detestáveis filmes que já ví. E olha que gosto muito de Bruce !! Nota ZERO !
THE TRIP- VIAGEM AO MUNDO DA ALUCINAÇÃO de Roger Corman com Peter Fonda, Dennis Hopper e Bruce Dern
Um cara toma um LSD. O filme é sua viagem. É exatamente o que voce leu : o filme mostra Peter Fonda viajando de ácido. Sabe de quem é o roteiro ? Jack Nicholson !!!! E tem Dennis Hopper, muuuuuito jovem, como um hiper maconheiro. Peter toma um ácido com seu gurú e viaja : cores, sexo, nóia, viagem ao passado, mergulho...... O filme é muito ruim, muito pobre, mas jamais irrita. Talvez porque ele seja estranhamente honesto, simples, bem intencionado. Um toque sobre Peter : filho do grande Henry Fonda. A mãe de Peter se matou quando ele tinha 7 anos. Aos 10 anos de idade, Peter enfiou uma faca na própria barriga. Na época deste filme ele era o segundo ator mais doido da Califórnia ( o primeiro era Hopper, imbatível ). Nicholson era o terceiro mais louco ( a mãe de Jack fugiu de casa e nunca voltou ). O trio faria Easy Rider um ano depois... Não dou nota a este filme. Tô viajandão....
A ARMAÇÃO de Robert Altman com Kenneth Branagh, Robert Downey Jr., Famke Janssem e Robert Duvall
Não deu certo. O modo livre, relax de Altman não combina com este suspense de Grisham. Além do que Branagh como um sulista americano está terrível. Altman fazendo suspense é tão estranho como seria Tarantino fazendo Bergman. Nota 3.