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   O CICLO DO PAVOR de Mario Bava
Bava hoje tem o status de ser cult. Bobagem. Ele é apenas um diretor ruim. O povo cult tem um desejo imenso de descobrir novos nomes e nos anos 80 encontraram este italiano, autor de filmes de horror gore. Se voce tiver muito bom humor dá até pra rir, mas é um filme ruim. Fala de um cara que chega numa cidade maldita.
  LOBO SAMURAI de Hideo Gosha
Feito em 1966, este maneiroso filme de samurai já apresenta influências do western italiano. Música alta e gritante, ângulos de câmera ousados, violência gráfica. Um samurai solitário e pobre chega a cidade e resolve a vida de uma moça cega. Engraçado que foi Kurosawa, com Yojimbo, quem criou o  molde de Leone e Clint, e aqui a influência volta ao Japão. Este é um filme barato, mas divertido.
  DERSU UZALA de Kurosawa
Em 1974, em crise moral, esquecido no Japão, o mestre foi à URSS filmar esta história simples e ecológica sobre um velho mongol que ajuda soldados russos na Sibéria. É um filme belíssimo e franciscano. Percebemos Kurosawa em seu momento de renascimento. Dersu é como uma vela na noite escura.
  CIÚME À ITALIANA  de Ettore Scola com Marcello Mastroianni, Monica Vitti e Giancarlo Giannini.
Era 1976, e eu assisti este filme com meu irmão na TV Sharp nova. Engraçado como tem coisas tão distantes que a gente não esquece. Eu e ele nos apaixonamos pelo filme, por Marcello e por Monica. Lembro de ficar imitando Oreste, o tipo de Mastroianni aqui. Nunca mais o revi. E agora penso ser difícil o rever, pois é um filme feito em 1970, no auge da Itália comunista, de Gramsci. E, sim, o filme é sujo, filmado em meio a pobreza, entre operários, Marcello faz um comunista típico. Mas o filme é tão bom que sobrevive. Marcello ama Monica que conhece Giancarlo e trai Marcello. Os atores brilham de um modo comovente. Oreste é patético, burro, sensível, tonto, correto, humano. É talvez a maior atuação de Marcello, esse ator, esse italiano, talvez o maior dos atores em qualquer língua. Mas Giancarlo é sublime. Seu pizzaiolo, malandro ingênuo, nos conquista. É o melhor filme de Scola.
   PROFISSÃO: LADRÃO de Michael Mann com James Caan e Tuesday Weld.
O primeiro filme de Mann é seu melhor. Caan faz um ladrão de joias que aceita um último trabalho. Todo noturno, feito em 1981, este filme antecipa o cinema policial da década inteira e ao mesmo tempo resume os anos 70. É quase uma obra-prima. Fatalista, simples, seco, bonito, com um Caan brilhante. ( Ele foi uma estrela tão Grande quanto Pacino, De Niro e Jack ).
  CAÇADOR DE MORTE de Walter Hill com Ryan O'Neal e Isabelle Adjani.
Continuo vendo o box policial e encontro este filme de 1978. Ryan faz um calado motorista de aluguel. Bruce Dern é o policial que tenta o pegar no flagra. Ryan aceita um grande assalto e os dois jogam o gato e rato. Hill tem uma imensa influência do cinema japonês. Suas personagens são samurais em roupas ocidentais. É um bom filme. O roteiro tem furos, mas a gente relaxa e se diverte.
   O HOMEM QUE BURLOU A MÁFIA de Don Siegel com Walter Matthau e Felicia Farr.
Numa cidade pequena acontece um roubo a banco. E sem saber, o dinheiro que eles roubam é da máfia. Agora eles devem escapar da policia e dos mafiosos. Matthau é o ladrão. Siegel é o cara que fez Dirty Harry. O filme é um dos bons policiais dos anos 70. A trilha sonora de Dave Grusin é brilhante. Aquele funk sincopado com piano elétrico da época. Tempo das grandes trilhas sonoras. O filme é divertido pacas.
   OS AMIGOS DE EDDIE COYLE de Peter Yates com Robert Mitchum e Peter Boyle.
Peter Yates é o inglês que fez com Steve McQueen o genial Bullit. Este é um policial soturno. Nos extras eles dizem que este filme lembra Grisbi, a obra prima de Jacques Becker sobre um gangster velho e cansado. Não. Este é muito mais trágico. Mitchum é um ladrão assustado. Ele está cercado por delatores e ladrões fracassados. O filme é lento, pesado, duro. Mitchum faz a perfeição esse homem em fim de linha. Um quase morto. veja.