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JAMMIN WITH THE BLUES- LESTER YOUNG, DEZ MINUTOS DE COOL

   O fotógrafo é Robert Burks. O ano é 1944. O som é blues. Jazz. Lester Young e mais...
   A modernidade do clip impressiona muito. Mais que moderno, atemporalidade. Todo chique aspira, desde 1944, a ser assim. As sombras, as roupas cool, a fumaça, o p/b brilhante, os cortes. Aqui temos o máximo do cool, mas por ser cool negro, nunca é fake, gelado, sem emoção. Aqui é aquilo que Bogey chamou de pressão sob controle. Esses caras são netos de escravos! O salto que eles dão é inimaginável. Da pré-história de uma cultura iletrada eles saltam e atingem o top do seu tempo e do nosso tempo. Isso é um milagre!
  Burks foi descoberto depois adivinhe por quem? Hitchcock! Foi Robert Burks o fotógrafo de Vertigo, de Intriga Internacional, de Janela Indiscreta....o favorito de Hitch é o cara que aqui faz essa mágica com luz. Clima. Ele entendeu a coisa.
  A cantora tem a voz quente e o trompete eleva a alma. A bateria de jazz é isso, ritmo, ritmo sem esforço aparente. Em jazz não tem essa do rock. No rock a maioria faz cara de quem está dando tudo, morrendo, suando, é a procura pelo êxtase todo o tempo. No jazz não. Tudo tem de parecer relax, sem esforço, natural, simples, sempre cool. O truque é brincar, to play, sem teatrinho.
  Esses dez minutos são o máximo do máximo. E tem Lester. O sopro mais natural do sax, o suave, o soft, o sexy, o let it loose....assista....