Mostrando postagens com marcador donovan. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador donovan. Mostrar todas as postagens

DONOVAN- HUXLEY-ANTONIO CALLADO- LAURENCE OLIVIER- PAULO FRANCIS

   No bosque do psicodelismo inglês nasceram muitos cogumelos envenenados. Syd Barret, Arthur Brown, Brian Jones são alguns. Mas também nasceram flores e Donovan é uma das mais primaveris. Tudo nele sempre foi inocência, ele é uma criança do Peace and love.
   Começou como cantor folk de protesto, mais um fã de Dylan. Catch the Wind e Colors são dessa fase, 1965, e são lindas. Causa estranhamento o sotaque escocês que ele nunca escondeu. À partir do final de 1966 ele se torna psicodélico e o sucesso popular vem junto. Suas canções têm o perfeito equilíbrio entre Pop e Psico. As melhores, e são muitas, atestam talento genuíno. Ele fala de amor e sua voz transmite esse amor.
   Mellow Yellow estourou inclusive no Brasil. Me recordo de escutar essa canção, linda e sexy, no rádio de casa enquanto minha mãe cozinhava. Eu tinha 4 anos. John Paul Jones fez os arranjos e MacCartney faz as vozes de fundo. Donovan é o mais alegre dos hippies. Sunshine Superman usa o Led Zeppelin antes que ele existisse. JP Jones está no teclado, Page na guitarra e é Bonham, aos 17 anos, na batera. Jeff Beck dá um show de acidez em Hurdy Gurdy Man. Mas, apesar do povo ilustre, é Donovan o dono de tudo isso. Um Shelley da época. Paul fez em sua homenagem uma de suas mais belas canções: Mothers Nature Son.
  Dando uma arrumação em recortes. Antônio Callado escreve sobre Huxley no Brasil. Ele foi ao Xingú. E esteve na macumba do Rio. Huxley queria achar Deus. Achou a si-mesmo. E algo mais, sem nome. Para ele, a iluminação poderia nascer na hora da morte. Desde que não houvesse medo. Desde que fosse vivida a aceitação. Um grande homem.
  Um recorte fala de excêntricos. Um psiquiatra escocês diz que eles são necessários. Sem eles não haveria avanço. O que faz de um cara estranho um excêntrico: o pouco se importar com a opinião geral. A facilidade em travar contatos e o amor à solidão. A Inglaterra tem uma multidão deles porque o sistema social reprimia muito toda individualidade. O excêntrico é aquele que foge disso e cria um mundo seu. Um esquizo do bem. Sem delírios.
  Que beleza reler Francis falando de Olivier no dia de sua morte! Que bom que Laurence Olivier morreu a tempo de ainda ter espaço no jornal !